Photo/Foto:Sergio Araujo
Nosso entrevistado é
Carlos Antonio Akselrud de Gouveia.
Engenheiro químico, ex-presidente da OrquidaRio e atual editor da revista Orquidário

e-mail: gouveia@novanet.com.br






Pequeno perfil profissional:


CG - Sou engenheiro químico,
minha vida profissional foi quase
toda dedicada ao desenvolvimento
de processos de refino de petróleo
no Centro de Pesquisas da PETROBRAS.
Como orquidófilo fui Coordenador de Ensino,
Diretor Técnico e Presidente da OrquidaRio,
além de Coordenador (junto com o Roberto Agnes)
do Julgamento da XV World Orchid Conference.
Atualmente sou o Editor da Revista Orquidário.





- Por que começou a cultivar orquídeas? Qual foi o momento mágico da atração?


CG - Na verdade eu sempre tive atração por flores e até tinha duas orquídeas em árvores em minha casa (1 Cattleya intermedia e 1 Oncidium flexuosum).
Creio que foi uma Exposição no Hotel Othon que me envolveu. Isto foi em 1984 ou 1985.


- Como começou?

CG - Comprando plantas em uma loja que a Florália mantinha na COBAL de Botafogo. Um dia eu consegui o endereço do Binot e aí não parei mais de visitar orquidários e comprar plantas.


foto/photo: Gouveia
- Quantas plantas possui?

CG - Um orquidófilo nunca sabe quantas plantas tem. Eu estimo em 900 plantas a minha atual coleção.
O tamanho de uma coleção é sempre função do espaço disponível, nunca de outros fatores menos relevantes, tipo bom senso ou custo...
foto/photo: Carlos Gouveia
- Quais as orquídeas que você mais cultiva?

CG - Hoje em dia vandáceas.
Mas eu tenho muitas micro orquídeas, espécies pouco comuns e híbridos de Broughtonia e Brassavola. Se pudesse teria também Masdevallia, Dracula, Lycastes e híbridos de Odontoglossum, mas o meu clima não permite.

- Por que a escolha do tipo de orquídeas?

CG - É uma coisa difícil de precisar. As vandáceas eu comecei a me interessar por que era complicado conseguir no Brasil, quando conseguia eu comprava. Na Conferência Mundial em 1996 eu comprei um monte, foi a chance de obter plantas de qualidade, daí para a frente virei um estudioso no assunto. Com relação as outras, eu gosto de plantas originais, diferentes e busco novas tendências.
- Onde você cultiva?

CG - Numa pequena estufa, em minha casa, na Penha - Rio de Janeiro.
As temperaturas no verão atingem 40o C com facilidade.

- Quanto tempo você gasta cuidando das orquídeas, por dia?

CG - Ao menos 2 horas por dia. Quando necessário posso passar 6 - 8 horas enfiado na estufa.
Não sei, lá dentro o tempo passa diferente.


- Houve alguma inspiração ou alguém que lhe inspirou a começar a cultivar orquídeas?

CG - Na verdade não. As orquídeas foram minha inspiração. Quando eu descobri que existia tanta diversidade formas, cores, tamanho e habitat eu fiquei fascinado e não parei de ler, comprar e admirar.
foto/photo: Gouveia

- Qual a planta preferida, entre as suas?

CG - Minha planta predileta? Eu gosto de tantas...
No momento eu ando entusiasmado com híbridos envolvendo Paraphalaenopsis, estou com um Paraphal. Kimmy que é o diabo. Diria que é a predileta do momento.
Foto/Photo: Carlos Gouveia
- Diz-se que a orquidofilia é uma manifestação branda de loucura, Você já fez alguma loucura orquidófila?

CG - Várias!!! Desde comprar além do possível, até viajar (2 vezes) até a Florida só para ir a Exposições e visitar orquidários.
Mas a maior de todas foi me meter a julgar orquídeas em exposições. Minha mãe, que nada teve a ver com minha escolha é quem sempre acaba pagando o pato. Seja qual for o resultado de um julgamento, o único consenso é que os juízes são cegos, ignorantes e mal intencionados!

- Muito obrigado, Gouveia.


foto/photo: Carlos Gouveia


Todas as fotos aqui apresentadas são © Carlos Gouveia e não podem ser copiadas sem permissão do autor


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