Lou Menezes


fala sobre uma nova ocorrência na Bahia:
a Stenia pallida
Foto/Photo: Sergio Araujo




 



photo/foto:Lou Menezes
 
photo/foto:Lou Menezes
 
Stenia pallida
   
 
O gênero Stenia Lindley possui o seu centro de irradiação geográfica no Peru com a ocorrência de nove espécies.
Stenia pallida Lindley é encontrada no Peru, Equador, Bolivia, Colômbia, Venezuela e nas Guianas.
Na literatura pertinente a citação para o Brasil menciona apenas a possibilidade da espécie ser também encontrada nas áreas limitrófes de nosso território com os citados países.
A descoberta da espécie no sul da Bahia, vegetando epifiticamente em áreas montanhosas com elevada umidade atmosférica, foi surpreendente embora essa região da Bahia seja conhecida por apresentar muitos elementos botânicos da Amazônia compondo a sua vegetação nativa. Isto explicaria a hipótese de que no passado remoto a floresta amazônica se estenderia como um todo até o sudeste brasileiro, pelo menos.
   
 
Mapa: IBGE



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Conheça um pouco mais sobre o gênero Stenia
por

Delfina de Araujo
 
photo/foto:Sergio Araujo



Stenia Lindley
Tribo: Maxillarieae
Subtribe: Zygopetalinae
Etimologia:
Do grego "stenos" que quer dizer estreito e segundo Shultes, o nome se refere às polínias da espécie-tipo do gênero, Stenia pallida Lindley, que são longas e estreitas.

Em l837, Lindley descreveu o gênero baseado em planta coletada na Guiana.
É uma planta epífita e o gênero possui oito espécies conhecidas cuja área de dispersão geográfica vai de Trinidad até à Bolívia. Ocorre nos Andes, Peru, Equador, ocorrendo também no Brasil e na Guiana.
Stenia pallida ocorre desde as Índias Ocidentais até a Bolívia, incluindo Guiana, Trinidad, Venezuela, Colômbia e Brasil (Estado do Amazonas). Suas flores podem atingir 4cm de diâmetro.
Suas pétalas e sépalas são amarelo-esverdeadas e seu labelo (formando um bolsa) é amarelo com internamente pintalgado de vermelho. A flor solitária nasce lateralmente de um caule curto.
Na Colômbia, ocorre nas regiões mais quentes das montanhas. No Brasil, ocorre na região amazônica.

Bibliografia:
Native Colombian Orchids, Volume 4, Colombian Orchid Society (Pedro Ortiz V)
The Illustrated Encyclopedia of Orchids - edited by Alec Pridgeon
Orchidaceae brasilienses, vol II - Guido Pabst and Dungs
Dicionário etimológico das orquídeas do Brasil, Pe. José Gonzáles Raposo, CPMF