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Para melhor conhecer um Herbário |
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Cada
exemplar de uma coleção - exsicata - é formado por um indivíduo vegetal ou partes dele que foram herborizadas, ou seja, desidradatas, prensadas e montadas em uma folha de papel cartolina branco, com uma ficha anexada onde estão descritas as características do espécime coletado, de seu habitat, bem como sua classificação segundo as normas botânicas. De acordo com o Código Internacional de Nomenclatura Botânica, um tipo nomenclatural é o elemento ao qual o nome de um táxon (qualquer unidade taxionômica, sem especificação da categoria. Pode ser gênero, espécie, etc.) está permanentemente vinculado, seja ele correto ou uma sinonímia e não é necessariamente o espécimen mais típico ou mais representativo de um táxon. O material botânico coletado e conservado num herbário possui categorias para sua classificação. São os tipos nomenclaturais (do latim: typus, i = figura, imagem, estátua) |
Um exemplar Tipo (Typus) é um material botânico coletado e conservado num herbário, a partir do qual foi feita uma descrição original (diagnose) de uma determinada espécie, ou seja, este material representa esta espécie e a torna conhecida para a comunidade científica.
"TYPUS" é o nome geral. |
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"HOLOTYPUS"
(holo = totalidade) é a excisata feita da coleta em que foi baseada a descrição da planta. Quem determina a exsicata que vai ser usada como holotypus é o pesquisador. Um holótipo é o único espécimen ou ilustração utilizado pelo autor, ou por ele indicado, como o tipo nomenclatural. |
Se este holotypus tem duplicata, ela é considerada "ISOTYPUS".
Ou seja, se existe outro ramo ou no caso das orquídeas, outro pseudobulbo, advindo da mesma coleta, será considerado um isotypus (isos = igualdade), com o mesmo número de registro do holotypus. O isotypus é muito importante e deve ser enviado para um herbário diferente daquele onde está depositado o holotypus como medida de segurança. Esta medida visa manter
a integridade do material caso o herbário onde o holotypus está depositado seja atingido por alguma catástrofe como foi o caso dos herbários europeus durante a 2ª guerra mundial, como por exemplo, o herbário de Berlim. |
Há
também o "PARATYPUS" (para = proximidade, semelhança) que é um outro material que o pesquisador cita ao lado daquele que ele indicou como holotypus. Se, por alguma circunstância, ele não conseguiu observar alguma característica da flor no holotypus, ele precisa usar um
outro material para observar, para comparar, neste caso, ele indica o paratypus.
É ele também que determina qual exsicata é o paratypus. |
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Stellis
-holotypus
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Stellis
- paratypus
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Uma
forma de diferenciar bem, para não se fazer confusão entre o isotypus e o paratypus,
é observar o fato de que o holotypus e o isotypus têm o mesmo número de coleta
e o paratypus tem um número diferente. O paratypus é uma coleta diferente que
ter sido feita em outra área inclusive. "OBRA
PRINCEPS" é a obra onde a espécie foi descrita pela primeira
vez , é neste momento que ela vem à luz da ciência. O pesquisador
coleta a planta na natureza, descobre que é uma espécie nova, publica
sua descrição e este trabalho, publicado numa revista científica,
é chamado de "obra princeps". Tem que ter uma descrição
em latim, ou somente uma diagnose, diferenciando-a de uma mais próxima.
Pesquisa
baseada em entrevistas concedida pela equipe de voluntários do Herbarium
Bradeanum assim como no material impresso cedido também pelo HB de autoria
da mesma equipe
Da esquerda para a direita:Jorge Fontella Pereira (diretor), Fernando da Costa Pinheiro, especialista em orquídeas, Miriam Cristina Pereira, bióloga e coordenadora de projetos e Leonor Ribas de Andrade, mestre em ecologia.
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