No presente artigo, dou continuidade às minhas pesquisas em taxonomia, sistemática, fitogeografia, ecologia, biologia reprodutiva, conservação e manejo de plantas ornamentais, com ênfase na família das orquídeas, na Amazônia Ocidental. Aqui trato apenas das variedades conhecidas de Cattleya eldorado Linden, citadas na Lindenia e na Martii Flora Brasiliensis, entretanto continuo fazendo vários estudos com a espécie em questão, que serão publicados oportunamente. |
Ao longo da minha carreira botânica no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em Manaus, trabalhei principalmente, no ecossistema de Campina, com a família Orchidaceae (BRAGA & BRAGA, 1975; BRAGA, 1976; 1977; 1978, 1979; 1981A; 1981B;1981C; 1982A; 1982B; 1983; 1987A; 1987B; BRAGA & VILHENA, 1981; BONATES & BRAGA, 1992 e BRAGA, 1994). |
Nesta
volta a Amazônia, além da pesquisa em Biossistemática tenho coletado orquídeas
e plantas ornamentais em geral, em áreas que estão sendo impactadas ou que
estão prestes a ser, principalmente a Cattleya eldorado Linden, que
possui 10 variedades descritas (LINDEN, 1894; COGNIAUX,
1896-1906; MIRANDA, 1982; BRAEM (1986), sinonimizou a Cattleya eldorado Linden e suas variedades a Cattleya |
Cattleya eldorado
Linden
var. tipo e o autor deste artigo na Campina, vegetação em solo arenoso,
com bastante penetração de luz, o seu principal habitat natural. |
trichopiliochila Barb. Rodr., entretanto considero, a primeira espécie,
com suas respectivas variedades válidas;LACERDA (1991), propôs
uma classificação das variedades da Cattleya eldorado
baseado na coloração destas). |
Esta
orquídea, possui alto valor ornamental e, é pelas informações disponíveis,
restrita a Amazônia central. Ocorre no entorno de Manaus, nos dois lados
do rio Negro, principalmente nas Campinas, no presente, sob forte ação antrópica,
esporadicamente no Igapó e raramente na Terra-Firme.A
referida espécie de flores muito ornamentais vem a muito tempo, desde o
Brasil colônia, sendo coletada indiscriminadamente. Uma das suas áreas de maior ocorrência foi submersa, com a formação do lago da Hidrelétrica de Balbina, que fornece parte da energia elétrica consumida em Manaus, estando desta forma vulnerável à extinção. Neste período de festas de fim de ano e no começo deste ano em curso, esta maravilhosa orquídea apresenta-se em plena floração, dessa forma penso que o presente artigo brinda os leitores com essa "jóia" da natureza amazônica. |
Tipo: C. labiata Lindl., Coll. Bot. : t. 33. 1821. Erva epifítica a saxícola ou pseudoterrestre. Pseudobulbos oblongos, carnosos. uni ou bifoliados, folhas dispostas no ápice dos pseudobulbos. Inflorescência terminal, simples, ereta, pauciflora. Sépalas livres, subiguais. Pétalas geralmente maiores do que as sépalas, raramente iguais. Labelo geralmente membranáceo, séssil, livre ou adnato a base da coluna, trilobado, lobos laterais geralmente envolvendo a coluna. Coluna grande. Políneas quatro, ceróides, caudículo evidente. |
|
Cattleya eldorado Linden,
Fl. des Serres,
28 (13): tab.1826. 1869.
VAR. TIPO. Cattleya wallisii Reichb. f., Gard. Chron. 17: 557. 1882. |
|
Epifítica. Raízes numerosas, subfasciculadas, filiformes, ca. de 70 -100 cm de comprimento. Rizoma cilíndrico, liso, esverdeado, ca. de 1 cm de largura. Pseudobulbos distantes entre si, ca. de 3-5 cm, eretos, oblongos, sulcados quando velhos, verdes, ca. de 5–15 cm de comprimento, ca. de 2 cm de largura. Unifoliada, folhas coiáceo-carnosas, oblongas, verdes, ca. de 5-25 cm de comprimento, ca. de 3-4 cm de largura. Inflorescência simples, ereta, pauciflora, de 2-5 flores, inserida no ápice do pseudobulbo, ca. de 10 cm de comprimento. Pedicelo e ovário grandes, sulcados, verdes, ca. de 3-4 cm de comprimento. Sépalas subiguais, acuminadas, as laterais falcadas, a dorsal oblonga, coloração rósea, ca. de 4-6 cm de comprimento, ca. de 1-1,5cm de largura. Pétalas ovadas, apiculadas no ápice, coloração rósea, ca. de 4-7 cm de comprimento, ca. de 2-2,5cm de largura. Labelo membranáceo, séssil, trilobado, lobos laterais envolvendo a coluna, o apical com os bordos crispados, coloração róseo-clara com axila amarela ou alaranjada e no lóbulo apical com mácula transversal roxa a roxa-avermelhada, ca. de 4-7 cm de comprimento ca. de 3-4 cm de largura. Coluna grande, branca, ca. de 3 cm de comprimento. Antera rósea. Polinário: dois pares de políneas, amarelas, ceróides. | |
|
No Brasil, esta variedade esta citada para os Estados do AM e PA, no entanto, só examinei material de herbário ou encontrei-a em condições naturais, no Estado do Amazonas. Na Amazônia brasileira geralmente é encontrada nas Campinas e raramente nas Florestas de Terra firme. | |
|
Epifítica principalmente em Aldina heterophylla Spr. Ex Benth. (Fabaceae =Leguminosae Papilionoideae), uma árvore forófita (que abriga muitas epífitas), na Campina aberta, sombreada e na Campina alta (=Campinarana), umbrófila a heliófila. | |
|
A planta é perene e sempre verde. Nos meses de setembro e outubro ocorre o crescimento vegetativo. A seguir dá-se desenvolvimento da haste floral para nos meses de dezembro a fevereiro florescer. Às vezes, podemos encontrar até em abril plantas floridas, mas isto é muito raro. A frutificação começa em dezembro e vai até começo de outubro. Em julho começa a deiscência dos primeiros frutos e os mais retardados terminam a frutificação em outubro. As outras variedades que ocorrem no Igapó ou próximo a este florescem em agosto-outubro. Geralmente são encontradas no forófito denominado popularmente de "macucú", Aldina heterophylla Spr. Ex Benth. (Fabaceae =Leguminosae Papilionoideae). |
|
|
|
Cattleya
eldorado
var. treyeranae Linden, Lindenia, 9(39): tab. 402. 1892. VAR. CONCOLOR. |
Sépalas e pétalas róseo-claras; Labelo róseo-claro com a fauce maculada de amarelo-alaranjado. | ||
|
Ocorre na Campina sombreada. | |
|
Florescem nos meses de dezembro até abril. |
Cattleya eldorado
var. splendens Linden, Ill. Hort. 17(36): tab. 7. 1883. VAR. ESPLÊNDIDA. |
Sépalas e pétalas rosadas; Labelo rosa escuro com a fauce maculada de amarelo-alaranjado; lóbulo apical e parte dos laterais roxo-escuros. | ||
Ocorre no Igapó ou próximo
desse em áreas de baixio e Campinas alagáveis (Campinas hidromórficas
ou Campinas de Carana, onde é freqüente a palmeira Mauritia
carana). |
||
Florescem nos meses de agosto a outubro |
Cattleya eldorado |
Sépalas e pétalas rosadas; Labelo branco com a fauce maculada de amarelo-alaranjado; margens dos lóbulos laterais e apical orlados de roxo. | ||
Ocorre no Igapó ou próximo
desse em áreas de baixio e Campinas alagáveis (Campinas hidromórficas
ou Campinas de Carana, onde é freqüente a palmeira Mauritia
carana). |
||
Florescem nos meses de agosto a outubro. |
Cattleya eldorado
var. crocata Rand., Journ. des Orch. 3:17. 1892. VAR. AQUINADA. |
Sépalas e pétalas rosas. Pétalas e as vezes as sépalas com as extremidades maculadas de roxo a vermelho-arroxeado; Labelo branco com a fauce maculada de amarelo-alaranjado; lóbulo apical com mácula roxa. | ||
Ocorre no Igapó ou próximo
desse em áreas de baixio e Campinas alagáveis (Campinas hidromórficas
ou Campinas de Carana, onde é freqüente a palmeira Mauritia
carana). |
||
Florescem nos meses de agosto a outubro. |
Cattleya eldorado
var. lindeni Linden, Lindenia, 9(53): tab. 409. 1894. VAR. AQUINADA. |
Sépalas e pétalas rosa-vivo; Pétalas e as vezes as sépalas com as extremidades maculadas de roxo a vermelho-arroxeado; Labelo róseo escuro, com a fauce maculada de amarelo-alaranjado; lóbulo apical e as bordas dos lóbulos laterais com mácula vermelho-arroxeada. | ||
Ocorre no Igapó ou próximo desse em áreas de baixio e Campinas alagáveis (Campinas hidromórficas ou Campinas de Carana, onde é freqüente a palmeira Mauritia carana). |
||
Florescem nos meses de agosto a outubro. |
Cattleya eldorado
var. oweni Hort., Jour. des Orch. 4: 245. 1893. VAR. SEMIALBA |
Sépalas e pétalas brancas; Labelo quase totalmente branco, com a fauce maculada de amarelo-alaranjado; lóbulo apical com mácula transversal rosa-vivo. | ||
Ocorre nas Campinas. | ||
Florescem nos meses de dezembro até abril. |
Cattleya eldorado
var. alba Rand. Gard. Chron. 23: 760. 1885 VAR. ALBA |
Plantas e flores de porte médio, com até 11 cm de diâmetro; Sépalas e pétalas brancas; Labelo quase totalmente branco, com a fauce maculada de amarelo-alaranjado. | ||
Ocorre nas Campinas. | ||
Florescem nos meses de dezembro até abril. |
Cattleya eldorado
var. virginalis Linden et André, Ill Hort. 23 (161): tab. 257. 1876. VAR. ALBA. Cattleya eldorado var. virginalis Du buyyss, L' Orchid. 236. 1878. |
Plantas e flores de porte robusto, com até 14 cm de diâmetro ou mais; Sépalas e pétalas brancas; Labelo quase totalmente branco, com a fauce maculada de amarelo-alaranjado. | ||
Ainda encontrada nos Igapós e baixios próximos a Manaus e Campinas alagáveis (Campinas hidromórficas ou Campinas de Carana, onde é freqüente a palmeira Mauritia carana). | ||
Florescem nos meses de agosto a outubro. |
Variedade de posição incerta O trabalho onde a variedade foi publicada não elucida muita coisa. |
Cattleya
eldorado
var. glebelands Hort., Gard. Chron. 3 (25): 403. 1899. |
A espécie em questão é muito variável e pode-se notar uma diferença marcante nos indivíduos que ocorrem no Igapó ou Campinas próximas das margens dos rios, em relação aqueles que ocorrem em Campinas da Terra-Firme. Os primeiros possuem plantas mais robustas e flores maiores do que as dos últimos. É importante citar que na época do descobrimento da espécie e suas variedades a Terra-Firme ainda não tinha sido desbravada por estradas, o que a tornava de difícil acesso. Na Lindenia, inclusive é citado, que as primeiras plantas que floriram provieram das margens do rio Negro e na Martii Flora Brasiliensis, do rio Negro e Urubu. O período da floração destas plantas também são diferentes. No Igapó florescem de agosto a outubro e na Campina florescem geralmente de dezembro a fevereiro. Atualmente nas proximidades de Manaus as Campinas foram destruídas e as Campinas que visitei estavam em Terra-Firme a cerca de 60 a 90 km do perímetro da cidade. Pode ser este o mistério do porque daquelas variedades citadas na referida obra só terem sido reencontradas recentemente. Dito isso, penso que temos dois ecótipos que estão em processo de diferenciação ou mesmo podendo ser considerados como vicariantes de duas subespécies, entretanto, ambas populações possuem o mesmo perfume forte característico. Em relação ao formato das flores também é muito variável e a maioria das flores não mostram boa armação. Quanto a coloração variam do rosa-claro ao rosa-escuro ou de flores brancas. Todas as Cattleya eldorado possuem o labelo com a fauce maculada de laranja. De modo geral, é possível encontrar formas intermediárias entre as variedades o que sugere a hibridação destas em condições naturais. Como sabemos, a flora das Campinas Amazônicas foi em grande parte derivada do Escudo das Guianas. Por outro lado, com a retração da Floresta de Terra-Firme no Pleistoceno, a ligação entre os tipos não florestais foi ampliada. No Quaternário a Floresta tornou-se a expandir propiciando extensa diferenciação e isolamento relativo entre as tipologias vegetacionais, pois o isolamento não é total como em ilhas oceânicas. Em Roraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela, na serra de Pacaraima, a cerca de 900 km de Manaus entre cerca de 800-1200 m. s. m. ocorrem duas outras espécies do mesmo grupo da C. eldorado, o grupo das Cattleya labiata Lindley, com os pseudobulbos unifoliados. A primeira, Cattleya jenmanii Rolfe, apresenta coloração roxa com o centro do labelo maculado de amarelo-alaranjado a semelhança da C. eldorado. A segunda, Cattleya lawrenceana Rchb. f. têm flores roxas e as pétalas maculadas no ápice, como algumas das variedades da C. eldorado. que tratamos neste trabalho. Como as orquídeas possuem dispersão de sementes a longa distância pelo vento pode-se supor uma possível derivação e ou hibridação com aquelas espécies. De qualquer forma estas observações necessitam de maiores confirmações e futuramente será tema de publicação específica. Serão necessários estudos populacionais dos seus DNA, para um melhor entendimento do processo evolutivo de diferenciação nesta(s) espécies(s), detectar possíveis poliploidias, hibridações e ou uma possível introgreção genética entre as espécies mencionadas!? |
(*)
(**) |
Prof. MSc., DSc., Titular do Departamento de Biologia, Setor de Genética,
Biologia Molecular e Evolução do Instituto de Ciências Biológicas, Universidade
Federal do Amazonas, Manaus-AM. E-mail: pisbraga@fua.br e/ou pisbraga@ig.com.br Trabalho enviado para publicação em janeiro de 2002. |
BONATES,
L.C. de M. & BRAGA, P.I.S. |
1992
|
Estudos
Ecofisiológicos de Orchidaceae da Amazônia I. - Identificação da via C3
e CAM em quatorze espécies que vegetam no estrato terrestre de uma campina
da Amazônia central. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi, sér. Bot., 8 (2): 163-189. |
BRAEM, G. J. | 1986 | Cattleya
Band II - Die unifoliaten (einblättrigen) Cattleyen. Germany, Hildesheim D-3200, Brücke-Verlag Kurt Schmersow. p.81-83. |
BRAGA,
M.M.N. & BRAGA, P.I.S. |
Estudos
Ecológicos na Campina da Reserva Biológica INPA-SUFRAMA, Km 45. Acta Amazon. Manaus, 5(3): 247-260. |
BRAGA, P.I.S.
|
1976
|
Atração
de abelhas polinizadoras de Orchidaceae com o auxílio de iscas-odores na
Campina, Campinarana e Floresta Tropical úmida da região de Manaus. Ciênc. Cult, 28 (7): 767-773. |
1977
|
Aspectos
Biológicos das Orchidaceae de uma Campina da Amazônia Central. Acta Amazon. Manaus , 7 (2), Suplemento: 89p. |
|
1978
|
Estudos da flora orquidológica do Estado do Amazonas III- Brassocattleya
rubyi Braga (Orchidaceae) híbrido novo da flora amazônica. Acta Amazon. Manaus, 8 (3): 371-378. |
|
1979
|
Subdivisão fitogeográfica, tipos de vegetação, conservação e inventário florístico da floresta amazônica. In: Estratégias para a política florestal na Amazônia brasileira. Acta Amazon. Manaus, 9 (4): 53-80. Suplemento. | |
1981a
|
Orquídeas
da Amazônia brasileira. Bol. Assoc. Orquid. Amazon., 1 (2): 16-24 |
|
1981b
|
Orquídeas
das Campinas da Amazônia brasileira. Bradea, 3 (23): 170-173. |
|
1981c
|
Orquídeas
das Campinas da Amazônia brasileira. In: Anais do I Encontro de Orquidófilos e Orquidólogos do Brasil, Rio de Janeiro, Expressão e Cultura. p. 19-43. |
|
1982a
|
Orquídeas da Amazônia brasileira II. Bol. Assoc. Orquid. Amazon., 2 (1): 85-88. |
|
1982b
|
Aspectos
biológicos das Orchidaceae de uma Campina da Amazônia Central. II- Fitogeografia das
Campinas da Amazônia brasileira. Tese de doutorado apresentada no curso de pós-graduação do INPA-UFAM. 345 p. |
|
1983
|
Fitossociologia
da Família Orchidaceae I. Bol. Assoc. Orquid. Amazon., 3 (5): 185-188. |
|
1987a
|
Orquídeas-
Entrada e Dispersão na Amazônia. Ciênc. Hoje, 5 (28): 44-51 |
|
1987b
|
Orquídeas-
Biologia Floral. Ciênc. Hoje, 5 (28): 52-56. |
|
1994
|
Orquídeas
da Amazônia Brasileira III. Bradea, 6 (35): 293-296. |
BRAGA, P.I.S. & VILHENA, R. |
1981
|
Estudos
sobre a vegetação de campinas amazônicas VII.- Anatomia ecológica de Epidendrum
huebneri Schltr. e Phthirusa micrantha Eichl. In: Anais do I Encontro de Orquidófilos e Orquidólogos do Brasil. Rio de Janeiro, Expressão e Cultura. p. 86-106. |
CRUZ, J. da & BRAGA, P.I.S. |
1996
|
Considerações
sobre a relação das Orchidaceae Epifíticas com seus forófitos em floresta
de terra firme no campo petrolífero do rio Urucu, Médio Solimões, Amazonas
- Brasil. Rev. UA, Série: Ciências Biológicas, Manaus, 1 (1): 17-29 |
1997
|
Aspectos
taxonômicos e ecológicos de Orchidaceae epífitas no Campo Petrolífero do
Urucu, Amazonas - Brasil. Rev. UA, Série: Ciências Biológicas, Manaus, 1 (1): 1-129 |
COGNIAUX, A. |
1896
|
Orchidaceae.
In: Martii Flora Brasiliensis, 3 (4): 1 - 641. 133 tabs. |
1902
|
Orchidaceae.
In: Martii Flora Brasiliensis, 3 (5): 1 - 644. 119 tabs. |
|
1906
|
Orchidaceae.
In: Martii Flora Brasiliensis, 3 (6): 1 - 604. 120 tabs. |
GREUTER, W. ET AL. |
2000
|
International
Code of Botanical Nomenclature (St. Louis Code), Koeltz Scientific Publications, Königstein, Germany. |
LACERDA Jr. |
1991
|
K.
Cattleya eldorado Linden. Boletim CAOB, 3 (4): 4-11. |
MIRANDA, F. L. |
1982
|
As
variedades da Cattleya eldorado Linden. Bol. Assoc. Orquid. Amazon., 2 (2): 91-95. |
PABST, G.F.J. & DUNGS |
1975
|
Orchidaceae
brasilienses, 1. Hildesheim, Brücke-Verlag Kurt Schmersov. 408 p. |
van den BERG, C. |
2001
|
Lindleyana 16(3):142-143. |
- Biologia reprodutiva - estudo da vida da planta que inclui o estudo da distribuição, fenologia, polinização, fecundação e dispersão das sementes. - Biossistemática - trata da distribuição geográfica bem como da citologia (com relação ao número e forma dos cromossomos), anatomia, microscopias ótica, de varredura e transmissão, pólen, eletroforese e análise de DNA. - Campina - tipo vegetacional que ocorre na Floresta de Terra-Firme, ou próxima ao Igapó, com solo arenoso, grande penetração de luz e árvores baixas com galhos tortuosos a semelhança ao Cerrado do Brasil Central ou aquela vegetação que ocorre nos Campos de Terra-Firme, que ocorrem no Pará, Rondônia, Roraima e Amapá. - Conservação - manutenção de áreas naturais preservadas, ou de espécies, através de um conjunto de normas e critérios científicos e legais. - DNA - ácido desoxirribonucléico, molécula orgânica complexa encontrada em todas plantas e animais e na maior parte dos vírus, que contém a informação genética transmitida de uma geração a seguinte. - Ecótipos - uma ou mais populações de uma determinada espécie diferenciada (s) genética e fisiologicamente, de tal modo a estarem adaptadas a condições específicas. - Fitogeografia - distribuição de plantas e tipologias vegetacionais na face da Terra. - Forófita - planta com todas às condições para abrigar epífitas, como casca rugosa, nutrientes, muitos galhos em posição horizontal ou próximo, que facilitam ao acúmulo de humos. - Igapó - vegetação típica dos rios de água preta como o rio Negro, mas podendo ocorrer nos lagos da Várzea. Impactadas - áreas que sofreram alterações naturais ou antrópicas bruscas, em todo o meio ambiente, ou em alguns de seus componentes. - Introgreção genética - introdução de um ou mais genes de uma espécie em outra espécie através da hibridação. - Manejo - dos recursos do ambiente, ar, água, solo minerais e espécies viventes, incluindo o homem de modo a conseguir a mais alta qualidade de vida sustentada. - Pleistoceno - período das eras geológicas, no início do Quaternário, onde ocorreu a última glaciação ou esfriamento da face da Terra. - Poliploidias - que têm três ou mais séries de cromossomos. - Pseudoterrestre - orquídeas encontradas vegetando na areia, latossolo e pedras, apresentando raízes com velame, característico de plantas epífitas. - Saxícola - que ocorre em plena pedra ao contrário da rupícola que ocorre entre pedras. - Sistemática - é o estudo das espécies e da diversidade dos organismos e de todas as relações existentes entre eles. - Subspécies - categoria hierárquica abaixo de espécie, que apresenta características evolutivas de diferenciação, que ainda não permitem considerá-la como espécie autônoma. - Taxonomia - é a ciência que trata da identificação, nomenclatura e classificação dos objetos de natureza biológica. - Terra-Firme - florestas que ocorre nas áreas não alagadiças da Amazônia. Podem ser dos tipos: Densa, Encosta, Cipó, Aberta, Campinas (abertas, sombreadas, Altas e ou Campinaranas). - Vicariantes - a ocorrência de um par de espécies congenéricas ou subspécies, vivendo em diferentes habitats de uma área geográfica e nunca encontradas na mesma comunidade |