Microlaelia
lundii (Rchb.f)
Chiron & V. P. Castro
Tem ocorrência registrada para o Distrito Federal e para os estados
de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, |
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Paraná
e São Paulo.
Embora esta espécie não seja muito comum para o estado do Minas
Gerais, foi descrita a partir de uma planta coletada naquele
estado (Otia Botanica Hamburgensia 2: 92), como Bletia lundii
Rchb. f. & Warm. em 1881. No entanto, logo depois, aparentemente
na mesma publicação, Reichenbach f. a descreveu novamente como
Laelia. Ainda em l881, Barbosa Rodrigues descreveu a
mesma espécie como Laelia regnellii
e a publicou em Genera et Species Orchidearum Novarum 2: 154.
Em l892, outra descrição foi feita sob o nome de Laelia reichenbachiana
H. Wendl. & Kraenzl e publicada em Xenia Orchidacea 3(6):
97.
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Em 2000, foi proposta a transferência para o
gênero Sophronitis como Sophronitis
lundii (Rchb. f. & Warm.) C. Van den
Berg & M.W. Chase, Lindleyana 15(2):117.
Em 2002, foi proposto, por Chiron & V. P. Castro, o estabelecimento
do gênero Microlaelia para abrigar apenas esta espécie
[Microlaelia lundi (Rchb.f) Chiron & V. P. Castro],
com publicação em Richardiana. II(1).24, emprestando o nome
da seção Microlaelia, de acordo com a classificação
do gênero Laelia, adotado por Pabst & Dungs
em sua obra Orchidaceae Brasilienses, vol I, 1975.
Este espécie cresce em pequenas árvores em afloramentos rochosos
ou diretamente na pedra, em lugares sombreados de matas ciliares.
Floresce no inverno, em hastes pequenas carregando
de 1 a 3 flores que não ultrapassam 4cm de invergadura.
Cultivo indicado para clima mais ameno, local bem ventilado,
umidade ambiental elevado e, aparentemente, necessita de mais
luminosidade do que em seu habitat.
Em São Paulo, ocorre o híbrido natural resultado
do cruzamento com Cattleya loddigesii
Lindl.conhecido como Lc x fredna
e descrita com o nome L cattleyioides
Rich. e transferida para Microcattleya por
V.P.Castro & Chiron [Microcattleya
cattleyioides (Rich.) V.P.Castro & Chiron] |
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Histórico
de ocorrências:
No Brasil, Microlaelia lundii (Rchb.f) Chiron & V.
P. Castro tem ocorrência registrada para o Distrito Federal
e para os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul,
Paraná São Paulo e na Argentina, para Missiones.
- Para os estados de DF, GO, MG e MT
Dungs & Pabst. Orchidaceae Brasilienses, 146;
- Ocorrência nos estados do Paraná e São Paulo podendo ir até
o sul de Minas Gerais (não citando Goiás, Mato Grosso e Distrito
Federal).
Francisco Miranda - Orquidário Vol 2(3) 46.51.1988;
- Confirmação de ocorrência para o estado do Paraná
Eduardo Ferrarezi e Ricardo Faria, Orquidário 16(2):36.38.2002
- Missiones - Argentina por Correa, M. N., et al (http://mobot.mobot.org/cgi-bin/search_vast)
- Laelia lundii var. alba descrita por Lou Menezes a partir
de planta encontrada por Antonio Schmidt, em Assis, SP.
Sinônimos:
Laelia regnellii Barb. Rodr.
Laelia reichenbachiana H. Wendl. & Kraenzl
Sophronitis lundii (Rchb. f. & Warm.) C. Van den
Berg & M.W. Chase
Laelia lundii Rchb. f.
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Bibliografia:
- The illustrated Encyclopedia of Orchids - Edited
by Alec Pridgeon;
- Orchidaceae Brasilienses - Dungs & Pabst.
- Francisco Miranda - Orquidário Vol 2(3) 46.51.1988
- Missouri Botanical Garden - http://mobot.mobot.org
- Orchids of Brazil - Jim & Barbara McQueen
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Cattleya
loddigesii Lindl.
Esta espécie ocorre nos estados da Bahia, Espírito
Santo, Paraná, Rio de Janeiro mas sobretudo
em Minas Gerais e São Paulo, em encostas de
montanhas cobertas pela Mata Atlântica, em áreas
alagadiças e beira do rio, em locais de bastante
nevoeiro e com temperatura mais amena, situados
entre 500 e 900/1000m de altitude. Em geral,
protegida da luminosidade excessiva e com umidade
ambiental elevada durante os meses mais quentes
e um inverno mais seco. No entanto, pode ocorrer
também em cumieiras, nos troncos de árvores
recebendo bastante luminosidade.
Seu período de florescimento vai do outono até
a primavera
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com
flores de até 9cm de diâmetro que, em plantas
de qualidade excepcional, podem chegar a 12cm.
É uma espécie bem próxima da Cattleya harrisoniana
Batem. ex Lindl.
Forma diversos híbridos naturais interespecificos,
intergenéricos e, inclusive, de segunda geração:
Híbridos naturais interespecíficos
x dolosa Rchb. f. - MG. (C. loddigesii
Lindl. x C. walkeriana Gardn.)
x hybrida Veitch - RJ x veitch - RJ (C.
guttata Lindl. x C. loddigesii Lindl.)
x o'brieniana Rolfe - MG (C. loddigesii
Lindl. x C. dolosa Rchb. f.)
x schroederaana Rchb. f. (ou schroederiana
Rchb. f.) - MG (C. bicolor Lindl.
x C. x dolosa Rchb. f.)
x sororia Rchb. f. - sine loco, (C.
bicolor Lindl. x C. loddigesii Lindl.)
(Sinônimo: C. x sanchesiana)
x valentine - ES (C. loddigesii
Lindl. x C. warneri Moore)
Hìbridos naturais intergenéricos - Laeliocattleya
x amoena Hort. - RJ (x L. perrinii
Lindl.)
x fredna (?) - SP (L. lundiiRchb. f.)
[Microlaelia lundi (Rchb.f) Chiron &
V. P. Castro]
x lambari Pabst - MG [L. crispata
(Thunb.) Miranda]
x leeana Rolfe - [L. pumila (Hook.)
Rchb. f.]
Registros
e ocorrência do híbrido Laeliocattleya x
fredna ou Microcattleya cattleyioides
(Rich.) V P Castro & Chiron
Laeliocattleya x fredna (?) (Laelia
lundii Rchb. f. X Cattleya loddigesii
Lindl.)
- Citação para SP sob nº 916
Pabst & Dungs. Orchidaceae Brasilienses.
147.
- Não foi considerada no trabalho do Cassio
Van den Berg & M. W. Chase
- Microcattleya cattleyioides (Rich.)
V P Castro & Chiron in Richardiana
Richardiana. II(1).26.2002
Sinônimos
Epidendrum violaceum Lodd.
Cattleya arembergii Scheidw.
Histórico de ocorrências:
- Para os estados de ES, RJ, SP, PR, MG
Dungs & Pabst. Orchidaceae Brasilienses,
144;
Hibridação artificial
Cattleya loddigesii foi utilizada
mais de 5.500 cruzamentos em 11 gerações, na
formação de híbridos interespecíficos, Brassocattleya,
Brassolaeliocattleya, Cattleytonia,
Epicattleya, EpycLaeliocattleya,
Sophrocattleya, Sophrolaeliocattleya;
Schombocattleya (e/ou Myrmecocattleya)
e Cattlychea (Prosthechea).
Em cultivo
Mais fácil de cultivar em locais de temperatura
mais amena mas pode ser cultivada em locais
mais quentes sobretudo se as noites foram bem
frescas ou frias.
Deve ser protegida da luminosidade excessiva,
tem necessidade de muita umidade atmosférica
durante os meses mais quentes quando deve ser
regada com freqüência. O inverno deve ser mais
seco, reduza, portanto a rega mas tome muito
cuidado com os pseudobulbos tipo cana pois quando
enrugam por falta de água, dificilmente
retomam seu estado normal. Fertilize com adubo
orgânico no início de cada estação,
com exceção do inverno ou use
um adubo inorgânico com fórmula
nitrogenada durante o período de crescimento
do novo broto e uma fórmula fosfatada
na fase adulta. Ou ainda, se preferir, use quinzenalmente,
um adubo um adubo balanceado.
Aprimoramento
Planta muito apreciada, a Cattleya loddigesii
é uma das espécies brasileiras mais aprimoradas
e vem passando por sucessivos melhoramentos
genéticos no sentido de se obter flores cada
vez mais redondas, sem intervalo entre seus
segmentos além de aumentar o leque de
cores. Em entrevista à Orchid News (a ser publicada
no próximo número), Álvaro Pessoa conta um pouco
da história do aprimoramento desta espécie.
Inicialmente, Adhemar Mannarini selecionou clones
especiais e colocou no mercado, na década de
80, um número bastante expressivo de variedades
obtidas em laboratório trabalhando sobre estriatas,
puntatas, puntatíssimas, escuras. Outras cultivadores
trabalharam com a espécie, como Harusi Iwasita
que obteve plantas albas de altíssimo padrão.
Sebastião Nagase fez excelentes trabalho obtendo
cores vivas a partir de espécimes escuras, além
de Nagkashima e Aldomar Sander (este último
no sul). No Rio, Siegweald Odebrecht trabalhou
com planta de cores claras a partir do clone‘Martinelli'.
O próprio Álvaro Pessoa também participou deste
grupo trabalhando a partir de plantas obtidas
por Mannarini cujos nomes do cultivar remetem
às cidades espanholas.
Assim hoje em dia, encontra-se uma grande variedade
de cores, que vai do do rosa claro até o rosa
escuro, punctata, punctatissima e a variedade
alba, muito apreciada.
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Fotos
dos habitats: Fernando Gallerani
Fotos
das orquídeas: Sergio Araujo |
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