|
Introdução e Definição
O
que é uma “Anomalia” ?
Anomalia
é o desvio acentuado de um padrão normal. Quando
este desvio ocorre num vegetal, esta anomalia é chamada
de “Pelória”ou “Pelórica”.
Pelória - Anomalia floral, comum
nas orquídeas, que consiste na transformação
de uma flor “Zigomorfa” em “Actinomorfa”. |
Zigomorfa -
Tipo de simetria floral em que o órgão só admite
um plano de simetria. É pois uma simetria bilateral, isto é,
onde há órgãos medianos e órgãos diferentes,
o que obriga a admitir um plano mediano de simetria, plano em geral antero-posterior,
não oblíquo. Ou seja, dentro do conceito que se admite como
flor perfeita. No caso das orquídeas, a flor deve ter 2 pétalas,
3 sépalas e um labelo.
Actinomorfa - Diz-se de qualquer órgão ou parte de uma
planta que tenha simetria radiada e que permita traçar vários
planos de simetria. O que é considerado como uma flor imperfeita,
ou seja, os segmentos são deformados.
Analisemos a sua ocorrência nas orquídeas.
A incidência das anomalias pode ocorrer tanto nos seus segmentos
florais quanto na sua parte vegetativa.
Mencionemos algumas anormalidades florais que registramos
na orquidofilia horticultural:
Trilabelo - quando a anomalia ocorre nas extremidades
das pétalas, transformando-as como se fossem
falsos labelos;
Labeloide- quando a anomalia ocorre nas sépalas
inferiores, apresentando características de labelo.
A sépala superior pode ser mais alargada;
Gamossépalo - Que têm as sépalas
concrescentes num corpo único;
Gamopétalo - Cujas pétalas são
unidas entre si;
Homochlamydea - Flor de perianto formado de sépalas e pétalas
iguais.
As
Anamolias Florais e seus registros na Orquidofilia
No
decorrer de muitos anos de orquidofilia, observei algumas orquídeas
florirem apresentando várias anomalias nos seus segmentos florais
como: pétalas transformadas em labelo; sépalas em pétalas;
sépalas em labelo; falta de labelo mas com a coluna exposta;
segmentos soldados um no outro; distorções de colorido
e muitas outras aberrações.
Dentro das imperfeições registradas, muitas apresentavam
um encanto todo especial, chegando muitas vezes a mostrarem uma formação
de defeitos que eram “perfeitos”.
Este trabalho não é revestido de princípios técnicos,
tendo por finalidade registrar algumas mutações, com um
belo tão exótico, que me entusiasmaram de tal forma me
induzindo a coletar dados em livros e revistas sobre estas ocorrências.
Aprofundando-me nos estudos feitos sobre as “Anomalias Florais”,
constatei que este assunto já é pesquisado há mais
de um século.
Temos ilustrado na “ Lindenia” o exemplar da Cattleya
labiata “ Alfrediana”, mostrando as pétalas e
sépalas com as características do desenho do frontal do
labelo. Esta ocorrência foi atribuída a virus.
Lucien Linden, filho de J.J. Linden , em seu livro “Les Orchidées
Exotiques”, editado em 1894, menciona algumas anomalias que considerou
como “Monstruosidades”.
Uma das anotações se refere a flores de Paxtonia
-Thelymitra, onde o labelo aparece igual as pétalas, de
forma que o perianto é composto de 3 pétalas e 3 sépalas.
Menciona também, que outras orquídeas, como o Epipogium
gmelinii e a Corallorhiza, não apresentavam raízes.
Observou que a Corallorhiza - o Limodorum - a Neottia
(nidus-avis), não tinham folhas que, neste caso eram reduzidas,
em forma de escamas.
Cita que Reichenbach f. descreveu uma espécie, Arundina petandra,
que apresentava 3 estames ligados ao ginostêmio, que tinha 2 corpos
laterais alongados e que eram semelhantes a outros 2 estames. Esta foi
a razão de ter dado para esta espécie, o nome de “petandra”.
Fritz Müller, refere-se a um Epidendrum, originário
do Brasil, que possuia 2 estames, quando o normal são 3. Por
volta de 1875, Reichenbach f. descreveu uma orquídea, Masdevallia
muscosa, originária de Nova Granada, que tinha uma particularidade
sensitiva. O labelo desta flor possui uma crista onde está localizada
a sua sensibilidade e, que ao menor contato, fica ativada. Quando este
contato é demorado, o labelo sobe rápido projetando-se
contra a coluna. Se um inseto pousar sobre a flor e tocar na crista
do labelo, ele é levado e fechado numa prisão formada
pelo labelo e pressionado contra a flor. O inseto só pode sair
por uma abertura junto da antera, levando, grudadas no seu corpo, as
massas polínicas, que possivelmente irá depositar em outra
flor. A haste floral e os ovários são recobertos de cílios
que não permitem os insetos rastejadores penetrarem na flor.
Há anotações de um Cypripedium volonteanum
que apresentava 3 estames quando o normal são 2. O estaminóide
era substituído por um estame mediano.
Encontramos registros feitos por M. Rolfe, em 1891, de que na coleção
de M. Raphael, floriu um Epidendrum vitellinum, com 5 racimos,
cujas flores eram dobradas, com armação normal. O labelo
foi transformado em uma pétala comum e a coluna dividida em 6
segmentos, semelhantes às pétalas, que ocuparam o centro
da flor, produzindo uma flor dupla com 12 segmentos florais.
Diante desta ocorrência, Lucien Linden fez uma referência
à teoria defendida por Barbosa Rodrigues.
D. Maxwell T. Master, Diretor do jornal “Gardners’ Chronicle”
que fez profundos estudos sobre Teratologia (estudo das monstruosidades)
menciona uma Laelia pumila que apresentou, no mesmo pedúnculo,
uma flor normal e outra com o labelo transformado em pétala.
Registrou também, outra Laelia que apresentava as pétalas
transformadas em labelo.
Em 1897, James Davidson expôs uma Laelia tenebrosa cujo
exemplar se chamava 'Janus', com uma flor que apresentava uma metade
em labelo e a outra metade numa pétala.
Como vimos, estas “Anomalias Florais”, monstruosidades,
aberrações, mutações, ou formas pelóricas
serviram para os botânicos criarem diversas hipóteses e
teorias, sobre a forma básica das orquídeas, nos deixando
uma herança de valor inestimável.
Barbosa
Rodrigues, Cattleya intermedia aquinii e outras
anomalias
Muito já se falou sobre Dr. João Barbosa
Rodrigues, mas mesmo assim, tenho que ser repetitivo,
pois não podemos fazer referências ao tema
“Anomalias Florais”, sem evidenciar esta
celebridade da botânica brasileira, que nasceu
em 22/6/1842 e faleceu em 6/3/1909.
Dr. João Barbosa Rodrigues, em 1884, fundou o
Jardim Botânico de Manaus-AM , dirigindo-o até
1890, assumindo mais tarde a direção do
Jardim Botânico do Rio de Janeiro, onde permaneceu
até o final de sua vida.
Em 1877, Barbosa Rodrigues classificou a Cattleya trilabiata
que apresentava as pétalas e o labelo normais. A sépala
superior era mais larga parecendo uma pétala e as sépalas
inferiores transformadas em falsos labelos. Esta ocorrência foi
registrada na publicação “Genera et Species Orchidearum
Novarum”. Esta planta, que mais tarde, foi reclassificada como
uma Cattleya warneri, foi encontrada, em 1876, nas redondezas
de Lagoa Santa, em Minas Gerais.
Diversas foram suas obras, sendo uma das mais importantes
a “Iconografia de Orquidáceas Brasileiras”.
Dr.
João Barbosa Rodrigues defendia uma teoria que, de certa forma,
foi comprovada pela C. intermedia aquinii.
Em 1881, fez um grande estudo, sobre este assunto, que
foi publicado no “Journal des Orchidées”,
merecendo um grande elogio do sábio Dr. Eichler,
que era professor de morfologia vegetal, da Universidade
de Berlim (algumas publicações mencionam
- Viena) . Nesse trabalho, provava que organo-geneticamente,
a flor normal de uma orquídea, composta de 6
divisões, era uma flor anômala. Pois, deveria
se compor teoricamente de vinte e quatro órgãos
: um cálice de 6 sépalas, uma corola de
6 pétalas e doze órgãos reprodutores.
Façamos uma ligeira recapitulação
sobre esta famosa C. intermedia, que marcou um
grande acontecimento quando foi descoberta.
Entre 1874/1875, o Sr. Antônio J. da Silva Valadares, que morava
em Porto Alegre-RS, recebeu grande quantidade de Cattleya intermedia
vindas das matas, e que, quando floriram, uma desabrochou completamente
diferente do normal, pois apresentava as extremidades das pétalas,
estranguladas e com manchas purpúreas, da cor do labelo. Diante
do grande interesse que esta C. intermedia despertou em seu amigo,
Sr. Francisco de Aquino,um dos grandes orquidófilos da ocasião,
Sr. Valadares o presenteou. Tempos mais tarde, o Sr. Aquino fez deste
exemplar algumas mudas, distribuindo-as entre os amigos colecionadores.
Enviou uma muda ao Dr. Barbosa Rodrigues, então Diretor do Jardim
Botânico do Rio de Janeiro, que a considerou como uma espécie
nova, nativa do Estado do Rio Grande do Sul. Em 1891, fez um desenho
e um estudo analítico sobre esta C. intermedia publicando-os
em “Plantas Novas Cultivadas no Jardim Botânico do Rio de
Janeiro”.
Esta C. intermedia fez um grande sucesso na Inglaterra
sendo registrada, em 1900, na revista “Gardners’
Chronicle”. Em 1904, foi exibida pela primeira
vez, em Londres, pelo colecionador Sr. Trevor Lawrence,
que conseguira um exemplar, obtendo um grande sucesso
e recebendo um “Certificado de Mérito”.
Durante algum tempo, foi considerada como um híbrido,
mais tarde, ficou comprovado que era uma espécie
nativa. Com o decorrer do tempo, foram surgindo outros
exemplares com as mesmas características e que
receberam nomes identificativos, individualizados.
Hoje já há um consenso orquidófilo de que a designação
de aquinii só deve ser aplicada ao exemplar primitivo,
usando-se o derivativo de “aquinada" para identificar a forma
pelórica dos outros exemplares que surgirem com as mesmas características.
Ao analisarmos a C. intermedia aquinada que apresenta
as pétalas com suas extremidades estranguladas
e com máculas purpúreas, da cor do frontal
do labelo, vemos que o seu desenho se enquadra dentro
de um conceito horticultural que a identifica como uma
- “Pelórica -Trilabelo”.
Nesta espécie, encontramos também exemplares que apresentam
as mesmas características de colorido, mas sem apresentarem as
pétalas estranguladas. Dentro do conceito orquidófilo,
este desenho é identificado como “Flâmea”.
A rigor também, considero enquadrado como “Trilabelo”.
Hoje já temos a ocorrência deste desenho,
na variedade “Caerulea”.
Diante do que registramos sobre os conceitos horticulturais
da C. intermedia, aquinada e flâmea , consideramos
os seus desenhos, como integrados dentro do conceito
de “Anomalias Florais”, principalmente,
diante das variações que constatamos na
distribuição do seu colorido.
Ilustrações
Fotográficas de Anomalias Florais
Ilustrando
este trabalho, apresentarei a seguir reproduções fotográficas
de algumas “Anomalias Florais” que observei nas florações
das orquídeas de minha coleção.
|
C. labiata
'Curinga'
As sépalas inferiores se transformaram em labelos perfeitos,
exatamente iguais ao labelo verdadeiro, somente não tendo
a coluna. Mostra no seu interior um amarelo escuro, que vem clareando
para o frontal, tornado-se quase branco, tingido pelo lilás-claro
dos segmentos. A sépala superior está transformada
numa pétala. Dentro das suas deformações
apresenta uma armação perfeita. Esta anomalia é
considerada como uma “Labeloide”. |
|
C. labiata 'Enjeitada'
Como forma, não há o que comentar. Apresenta, no
entanto, uma anomalia que lhe dá um aspecto todo diferente.
O frontal do labelo é totalmente espalmado, fugindo as
características normais e dando um maior realce a mácula
purpúrea do seu centro. |
|
|
C.
labiata 'Mercado'
Analisando a 1a. flor, vemos um colorido de labelo que não
é comum. É uma “Atro”, ou seja, o purpúreo
do frontal do labelo se estende por todo o seu contorno atingindo
a parte externa do tubo até a sua junção
com os outros segmentos. Os seus segmentos não apresentam
defeitos. Observando a 2a. flor vemos que as sépalas inferiores
se soldaram e o labelo esta todo deformado. As pétalas
e a sépala superior seguem uma armação normal.
|
|
C.
labiata 'Crista de Galo'
Esta flor apresenta defeitos belíssimos
que a enquadram como uma “Labelóide”.
Pétalas sem defeitos. A sépala superior
transformou-se numa pétala e as inferiores
em falsos labelos. O labelo não mostra
alterações. |
|
C.
labiata
'Carraspana'
Esta orquídea, nesta floração
apresentou a sépala superior bem mais larga
que as inferiores. Considero esta ocorrência
como uma simples aberração floral.
Ainda não tive outra floração
para verificar se este defeito se repete.
|
|
C.
intermedia 'Pandora'
Classifico esta intermedia como pertencendo a
variedade “Flâmea”. As manchas
purpúreas da extremidade das pétalas
não são estranguladas. Considero
sua forma, dentro da espécie e da variedade,
muito boa. Levando em conta o conceito que estamos
adotando, identifica-se como uma “Trilabelo”.
|
|
C.
labiata 'Porta Estandarte'
Se fossemos considerar sua forma, dentro do colorido “Lilás”,
diríamos que é boa. Pétalas largas e se unindo
nos bordos superiores. As sépalas são bem posicionadas.
Quando chegamos no labelo, vemos o colorido do seu frontal totalmente
defeituoso pois apresenta a metade do seu lóbulo com um
colorido purpúreo-estriado que, na outra metade, desaparece
totalmente. |
|
C.
warneri
É
uma flor “Pelórica”, conceituada pelos orquidófilos
como uma “Trilabelo”. É uma “Anomalia
Floral” e como tal não podemos exigir princípios
de perfeição. Mesmo assim, apresenta uma boa formação.
O seu colorido é muito original. |
|
C.
labiata
'Odilon'
Os
defeitos desta flor a enquadram como uma “Labelóide”.
As pétalas e o labelo não apresentam
deformações.
A sépala superior se transformou numa pétala e as
inferiores em falsos labelos. “BELA FLOR” . |
|
C.
labiata 'Conto do Vigário'
Podemos enquadrá-la como uma “Labeloide”. O
colorido lilás do frontal do labelo é quebrado por
uma estria central purpúrea, com ramificações
venosas. As sépalas inferiores apresentam na sua nervura
central um riscado amarelo da cor do interior do tubo do labelo,
quebrando o seu lilás. A sépala superior apresenta
um alargamento, quase se transformando numa pétala. As
pétalas mostram uma formação normal. |
|
|
C.
labiata 'Foleyana'
Temos, no primeiro quadro, uma flor que apresenta as características
normais. Já no segundo, vemos uma degeneração
floral difícil de se identificar. O segmento superior é
formado pela agregação das pétalas com a
sépala superior. Os segmentos laterais, correspondem as
sépalas inferiores. O labelo não apresenta nenhum
defeito na sua armação, nem no seu colorido. |
|
C.
intermedia 'Bandaleon'
A
flor apresenta as extremidades das pétalas deformadas,
com um estrangulamento peculiar das aquinadas. No entanto, o desenho
que apresenta difere do colorido tradicional. Nas suas extremidades
mostra apenas pequenos tracejados lilás escuro da cor do
frontal do labelo. As sépalas seguem uma perfeita armação
e são muito bem trianguladas. |
|
|
C.
intermedia
'Cara de Gato
Em princípio tenho dificuldades de determinar a classificação
desta intermedia. A mancha purpúrea das pétalas,
que começa como se fosse uma “Flâmea”
( pois não é estrangulada), estende-se pela nervura
central das pétalas como uma estria. Esqueçamos
as polêmicas e apreciemos a flor que é muito bonita.
Observemos agora a outra floração,
onde as manchas das pétalas se apresentam
com um pequeno tracejado, descaracterizando-a
do colorido básico inicial.
Pergunto: como classificar? Poderíamos
enquadrá-la como?“Maculata”,
“Flâmea” ou como uma “Estriata”
? |
|
C.
intermedia ' Brazão'
Como forma de intermedia, é excelente. Pétalas redondas
encobrindo as sépalas que mostram uma boa armação.
O labelo é perfeito. Esta flor mostra uma anomalia nas
pétalas onde se vê um tracejado amarelo ouro, da
cor do interior do tubo do labelo, percorrendo a nervura central.
Como as extremidades das pétalas não são
estranguladas, considero como uma “Flâmea”.
|
floração
normal |
floração
anômala |
Cattleya
labiata 'Schuller'
Como
“Rubra”, sempre mereceu ocupar um
lugar de destaque em qualquer coleção.
O seu colorido é “Lilás”
bem escuro e o seu porte é de tamanho médio.
Suas pétalas são arredondadas, unindo-se
nos bordos superiores. Sépalas e labelo
seguem uma posição perfeita. O frontal
do seu labelo é totalmente tomado por um
purpúreo.
Temos na segunda moldura uma floração
completamente diferente do normal, mostrando uma
anomalia onde as pétalas se uniram com
a sépala superior.
As sépalas inferiores subiram para o lugar
das pétalas. O labelo obedece uma formação
normal. Mesmo dentro desta imperfeição
o seu visual é bonito. |
|
Cattleya
intermedia 'Chapeuzinho Vermelho'
Esta "intermedia" mostra nas extremidades das
pétalas, um estrangulamento recoberto de um colorido purpúreo
da cor do frontal do labelo que a identifica como uma aquinada.
Dentro desta aberração, sua forma é muito
boa. É uma representante desta anomalia que merece um destaque
especial. |
floração normal |
floração anômala
|
Cattleya
warneri '
Itabirana'
É uma tradicional warneri - semi-alba.
Na primeira moldura, temos uma flor com sua armação
normal. Dentro da espécie e do seu colorido,
ainda podemos considerá-la ocupando um
lugar de destaque. Os seus segmentos são
brancos, mostrando no frontal do labelo uma estria
solferina com algumas ramificações.
Na segunda moldura, vemos uma flor que reúne
pétalas e sépalas normais, mas nota-se
a ausência do labelo, evidenciando somente
a coluna |
Expressamente
proibido qualquer tipo de uso, de qualquer
material deste site (texto, fotos, imagens, lay-out
e outros), sem a
expressa autorização de seus autores,
sob pena de ação judicial. Qualquer
solicitação ou informação
pelo e-mail bo@sergioaraujo.com |
|