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Algumas considerações sobre Cattleya unifoliada
venezuelana
por
Jan Pahl, Gerardo Castiglione e Rafael
Vaamonde
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Introdução
Venezuela
é um país bem representado no que diz respeito ao
gênero Cattleya, subgênero Cattleya,
um grupo de orquídeas que nós, freqüentemente,
chamamos Cattleya unifoliadas. Venezuela tem 6 das 20-21
espécies reconhecidas, 5 endêmicas e 1 quase completamente
endêmica. Somente a Colômbia ultrapassa a Venezuela
em termos de número de espécie dentro deste subgênero.
Evidência
genética nos mostra que Cattleyas (unifoliadas e bifoliadas)
e Brassavolas são, realmente, grupos estreitamente relacionados
e que a Cattleya derivou bem recentemente de uma espécie
semelhante à Brassavola que teve a sorte de cruzar o pré-histórico
hiato oceânico existente entre a América Central
e do Sul, encontrando novos nichos ecológicos evoluindo
para um tipo de Proto-Cattleya, que seria o ancestral comum dos
dois grupos de Cattleya que temos hoje.
Como
dissemos, ambos os grupos de Cattleya recentemente evoluídos
de um ancestral comum e as espécies de cada grupo são
ainda mais recente na história, assim, conseqüentemente,
as atuais espécies unifoliadas se originaram das arcaicas
populações remanescentes de unifoliadas advindas
de anteriores disseminações que ocorreram durante
as mudanças climáticas globais nas precedentes eras
glaciais, no Pleistoceno posterior.
Colonização
com isolamentos posteriores estão ocorrendo ainda hoje e
isto é evidente entre duas grandes populações
descontínuas de Cattleya dowiana da Colombia/sul do
Panamá (Cattleya dowiana ssp aurea), e Costa
Rica/norte do-Panama (Cattleya dowiana ssp dowiana),
ou entre as duas populações isoladas de Cattleya
labiata no Brasil. Estas disseminações bastante
recentes com o isolamento ecológico e geográfico posterior
são responsáveis pela riqueza de espécies que
vemos hoje nas populações de unifoliadas encontradas
na natureza mesmo fora de seu berço original do norte andino.
Considerando
estes fatos, não é de se estranhar que as grandes
unifoliadas compartilhem mais similaridades do que diferenças,
geneticamente e anatomicamente falando, no entanto, não
há necessidade de se ter evidentes diferenças estáveis
para admitir que a especiação realmente ocorreu,
evidentes diferenças estáveis são um luxo
que somente antigos e bem estabelecidos gêneros ou subgêneros
possuem.
Unifoliadas
venezuelanas, como a maior parte de suas irmãs, preferem
vegetar em cadeias de montanhas desde as encostas de baixa altitude
até 2000 m acima do nível do mar onde ficam expostas
aos elementos naturais. Nós podemos encontrar espécie
adaptada a quase cada uma das circunstâncias mencionadas,
vegetando em quase cada cadeia de montanhas da região andina
até a costa e da costa até a cadeia de Turimiquire
de lá até as terras altas do platô da Guiana.
Apenas a cordilheira de Perijá, localizada na fronteira
oeste com a Colômbia, não tem a sua própria
espécie, um mistério insondável considerando
que Perijá apresenta quase todas as condições
preferidas por este sub-gênero.
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Cattleya
lueddemanniana Rchb. f. 1854 |
C.
lueddemanniana ´María Gabiela´
x ´Maruja´ |
Cattleya lueddemanniana é uma das unifoliadas mais
fáceis de ser reconhecida entre as outras espécies
assim como de possíveis híbridos primários.
É também uma das Cattleya de melhor forma
na Venezuela. A coluna é coberta pelo labelo de uma maneira
notável formando os perceptíveis lobos laterais
onde manchas (olhos) amarelas estão localizados de cada
lado, com algumas poucas exceções encontradas em
raras 'cegatas'. O labelo é normalmente espalmado e arredondado
com bordas claramente franjadas. Com exceção das
albas, elas possuem pigmentações ametista-púrpuras
que ocorrem sem interrupção da parte interna da
garganta, atingindo a parte frontal do labelo. Elas também
possuem uma coluna floral particular com antera bicornuta bem
desenvolvida que é fácil de ser notada, especialmente
quando comparada com antera tipo 'gancho' das outras unifoliadas.
Muitas candidatas a possíveis híbridos naturais
as desenvolveram parcialmente, com algumas poucas exceções.
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Cattleya
lueddemanniana vegeta em dois diferentes tipos de habitat.
O primeiro está localizado em florestas semi-xerófitas,
decíduas e semi-decíduas florestas de terras baixas
do Caribe, faceando as encostas das serras da "Cordillera
de la Costa". Está localizada na parte mais ao norte
da cordilheira, em uma faixa limitada de altitude que começa
a 50/100 m acima do nível do mar e chega a 500 m (talvez
mais em outros lugares) onde a interação das serras
com a proximidade do mar fornece alguma umidade mesmo na estação
seca. Na parte oeste da "Cordillera de la Costa",
a espécie se dirige para o interior das florestas de
terras baixas da depressão Yaracuy e, no final desta
depressão, a espécie atinge o segundo tipo de
habitat, o sopé das montanhas de "Los Andes",
em uma área limitada pela depressão Carora (oeste),
valle Mirimire (norte) e a cadeia do Andes (sul). Neste lugar,
C. lueddemanniana está presente em altitudes mais
elevadas, entre 400 e 700 m acima do nível do mar, em
florestas xerófitas abertas, semi-xerófitas e
decíduas, criadas pela sombra orográfica da cadeia
dos Andes, num tipo de floresta composta principalmente por
árvores pequenas, arbustos espinhosos e cactos colunares.
Uma
vez que vegeta em dois diferentes tipos de habitat, esta espécie
tem duas populações distintas com adaptações
particulares para enfrentar as diferentes necessidades ecológicas,
e, por estas razões, a espécie forma dois diferentes
biótipos com a uma população de transição
localizada na depressão Yaracuy. Este população
de transição tem características intermediárias
e forma uma variação clinal natural entre ambas
populações contínuas. Uma vez que esta
transição de biótipo está localizada numa
grande e representativa área (Yaracuy central e ordeste
do estado de Carabobo), a continuidade entre as populações
garante um fluxo genético. Alguns colecionadores e cultivadores
não consideram a população distinta como
sub-espécies claramente separadas.
O
biótipo da costa forma grandes colônias em árvores
de pequeno e médio porte, de alguma maneira, tem as folhas
mais coriáceas do que a Cattleya tipo, devido ao fato
que as colônias de lueddemanniana permanecem, ao menos
parcialmente, desprotegidas do sol direto quando as árvores
perdem suas folhas desde os meses mais frios da estação
seca. As plantas ficam bem protegidas na estação
chuvosa mais quente quando as árvores estão com
folhas. |
Em
geral, a Cattleya lueddemanniana da costa tem flores
maiores que podem atingir 16-18 cm ou mais nos cultivares excepcionais,
quase todas possuem um colorido suave (suaves e suavíssimas).
Elas também possuem um labelo geralmente bem franjado
com manchas (olhos) amarelo-claras, bem mais suaves do que o
verdadeiro amarelo. A mancha frontal do labelo é, via
de regra, pontilhada, muitas delas por centenas de pontos ametista-púrpura
ou tem pequenas manchas circundadas pelas margens também
pontilhadas. Algumas plantas são conhecidas por terem
pétalas e sépalas de cor clara, algumas flameadas
(aquinii), com a mancha do labelo completamente sólida
e aveludada em direção à garganta, com
as manchas oculares de amarelo intenso, algumas vezes disfarçada
pela mancha púrpura sólida. Estes clones são
conhecidos como “labelo sólido”. Além
disto, é corrente que quase todas as albas, semi-alvas
e todas as caeruleas vêm deste região. Via de regra,
as melhores formas de lueddemannianas vêm deste biótipo,
ainda hoje, algumas plantas coletadas poderiam atingir os padrões
de uma exposição.
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Cattleya lueddemanniana ´Oscura´
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O
biótipo xerófito é mais tolerante a longa estação
de seca, mais calor e menos umidade do que a Cattleya lueddemanniana
da costa. Forma grandes colônias em árvores de pequeno
e médio porte e arbustos espinhos, mesmo quando exposto ao
sol nos cactos colunares. Na Venezuela, este biótipo é
conhecido como biótipo “Larense” porque a principal
população ocorre no estado de Lara.
O
biótipo xerófito tem folhas ainda mais coriáceas
do que o biótipo da costa, mais manchas, especialmente
os novos brotos e, para enfrentar as condições mais
secas e quentes, no aspecto vegetativo geral da planta, as adaptações
especiais tendem a ser mais perceptíveis. Geralmente, as
plantas da C. lueddemanniana xerófita têm
flores médias ou pequenas (11 to 16 cm). Este biótipo
tem pétalas estreitas e "ombros" eretos, fazendo
do biótipo da costa, em termos de forma e tamanho, muito
melhor do que o biótipo xerófito. Mas este biótipo
é apreciado por outras qualidades em termos de colorido.
O biótipo xerófito tem as flores de colorido mais
intenso (róseas, púrpuras e rubras), isto quer dizer
que as lueddemannianas xerófitas têm um desejável
estoque genético que carrega as cores mais intensas das
Cattleyas unifoliadas. O labelo deste biótipo tende a ser
notoriamente menor e não tão bem formado, normalmente
a mancha ametista-púrpura no labelo não é
sólida mas densamente estriada ou com veios e muito escura.
Cores muito intensas, quase iridescentes, e as manchas oculares
amarelas têm tendência ser amarelo-brilhantes (amarelo
canário).
A
estação de floração começa
em novembro e termina em março, com pico de floração
em fevereiro que pode variar de uma maneira ou de outra, em cultivo
devido aos fatores culturais e climáticas, como a falta
de um período de repouso ou condições de
mais frio. Dado isto, C. lueddemanniana pode florir uma
segunda vez no ano, normalmente entre agosto e setembro. Na natureza,
ficam em repouso por muitos meses, mas em cultivo não tem
necessidade de um período de repouso muito definido. As
flores se desenvolvem de uma espata simples, raramente sem ou
abrindo de velhas espatas secas. Excepcionalmente, alguns cultivares
podem produzir 5 flores.
È
difícil falar sobre a aparência que C. lueddemanniana
deveria ter em cultivo, só podemos dizer que o objetivo
desejado por diversos cultivadores comerciais, é ter sucesso
na melhor combinação de cada grande biótipo,
em outras palavras, deveria ter a aparência exatamente igual
a uma flor valiosa da zona de transição, com forma,
tamanho e padrão de labelo igual à lueddemanniana
da costa e o colorido intenso brilhante e denso da C. lueddemanniana
xerófita.
Alguns clones de destaque:
- tipo da costa: ´Maruja´, ´Haydé´,
´Calex´;
- labelo sólido: ´Tibisay´, ´Francis´,
´Centellas´;
- tipo xerófito: ´Yamilé´, ´Cecilia´,
´Morella´,
- alba: ´Morocha´, ´Candia´,
- semi-alba: ´Mamacita´, ´Isabel Nataly´,
´Stanley´s´, ´Orquilara´;
- caerulea: ´Mariauxi´, ´Siquisique´,
´Francisco´, ´Amparo´.
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Cattleya
lueddemanniana ´Maruja´ |
Cattleya
lueddemanniana ´Centellas´ |
Cattleya
lueddemanniana alba
´Candelaria´ x (´Morocha´x
´Paola´) |
Cattleya
lueddemanniana semi-alba
´Isabel Nataly´ |
Cattleya
lueddemanniana caerulea ´Mariauxi´ |
Cattleya
mossiae Hooker. 1838 |
Cattleya
mossiae ´Carlo Aulisi´ x self |
C.
mossiae é uma espécie estupenda fácil de
ser reconhecida. Duas características fazem com que esta
espécie seja única: Labelo largo, crispado e com venações
e pétalas largas que têm tendência a cair. Estas
características podem estar presentes de alguma maneira nas
plantas da natureza assim como em plantas cultivadas. A despeito
do forma da flor (que não é a melhor entres as cattleyas
venezuelanas), a C. mossiae foi declarada em 1951 como a
flor nacional da Venezuela. As razões que prevaleceram para
selecionar a C. mossiae em detrimento das outras espécies
venezuelanas foram: este espécie vive próxima às
áreas mais populosas da Venezuela; seu pico de floração
ocorre durante os feriados da Páscoa e o dia das mães,
produz muitas flores e duram quase 4 semanas.
C. mossiae é endêmica para a Venezuela. Cresce
em grande área ao longo da cadeia de montanhas chamada "Cordillera
de la Costa", assim como nas encostas do nordeste e do sudeste. |
Pode também ser encontrada na face sul das encostas dos
Andes venezuelanos. Prefere vegetar em florestas semi-decíduas
ou matas pluviais, de 800 a 1500 metros acima do nível
do mar. A "Cordillera de la Costa" é uma cadeia
de montanhas que se estende desde a parte nordeste do estado de
Miranda (perto de Caracas) até a parte oeste do estado
de Yaracuy. C. mossiae aparece novamente nos estados
fronteiriços de Lara e Portuguesa e ainda se estende ao
longo da Cordilheira dos Andes até o estado de Táchira
State, perto da fronteira colombiana, onde a depressão
Táchira estabelece uma barreira natural.
C. mossiae vegeta especialmente em árvores grandes
e abertas tipo Bucares (Erythrina sp), Ingas e Ceibas. Prefere
crescer nos galhos mais altos, formando grandes colônias
e protegidas do sol direto. É possível também
encontrá-la crescendo na rocha onde a vegetação
vizinha a protege do sol direto. C. mossiae cresce, em
geral, perto dos rios e riachos que a provêm com a umidade
necessária para a sobrevivência durante a estação
de seca.
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Cattleya
mossiae caerulea ´San Luis´ |
Isto
quer dizer que a C. mossiae prefere as condições
temperadas que predominam nas montanhas.
A despeito da ampla distribuição, C. mossiae
não possuem ecotipos, biótipos ou sub-espécies
bem diferenciados. Apenas diferenças sutis podem ser encontradas
entre as plantas do complexo mossiae. Uma destas diferenças
é a estação de floração entre
as populações dos Andes e as da costa. As plantas
do Andes começam a florir no princípio de fevereiro
com pico em março e terminam sua floração
em meados de maio. Plantas da costa começam a florir no
final de abril com pico em maio e terminam no princípio
de julho. As flores da C. mossiae têm uma ampla gama
de cores e maneira com as cores se misturam no labelo são
incontáveis. As variações de cor podem mascarar
diferenças entre as populações andinas e
as da costa ou até mesmo das populações matas
pluviais semi-decíduas. |
Depois
da estação de floração, a planta forma
novos brotos que completam seu desenvolvimento no princípio
de agosto. A partir daí, fica em repouso de 4 a 8 meses.
Em muitos casos, o período de repousa acaba e um segundo
broto nasce do anterior. Normalmente, isto ocorre em novembro
e dezembro. De janeiro a maio, pseudobulbos do ano anterior formam
os botões em espata simples que pode ser seca ou verde.
Este primeiro broto, normalmente, floresce de espata seca e o
segundo de espata verde. Na média, ambos vão florir
ao mesmo tempo, mas também é possível que
floresçam em datas diferentes, num prazo menor do que 3
meses.
Uma
só haste pode carregar de 2 a 7 flores. Normalmente, as
flores medem mais de 16cm de diâmetro. Alguns cultivares
podem atingir 20cm facilmente. Eis porque grandes plantas de C.
mossiae são uma surpreendente visão na natureza
ou em cultivo.
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Cattleya
mossiae ´Chispa´
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A
gama de cores das flores da C. mossiae normalmente é
limitada aos suaves (róseas, suaves e suavíssimas).
Flores de cores escura nos tons purpúreos ou rubras nunca
foram coletadas. O padrão comercial do colorido do labelo
C mossiae é: vermelhos, ocres e tons intensos de
amarelo-canário que intensificam as outras cores do labelo.
A mancha púrpura do labelo pode ser sólida, estriada,
variegada ou venosa (estriata, variegada e venosa) exceto na forma
alba onde só amarelo está presente. Existe também
alba, semi-alba, concolor e variedades coeruleas.
Alguns clones mais conhecidos são:
Cor: ´Natalia´, ´J.H. Patterson´, ´Canoabo´,
Sem-ialba: ´Aurora´, ´Blanca´, ´Featherston´,
´Julieta´,
Alba: ´Barroeta´, ´Crusizio´,
caerulea: ´Macayra´, ´Ayala´, ´María
T.´, ´Lizette´.
C.
mossiae raramente cruza com C. percivaliana nas montanhas
andinas, formando o híbrido natural conhecido como Catteya
xperegrine. O híbrido natural não apresenta
os melhores aspectos visuais de seus progenitores e, por razão,
raramente levado em consideração, assim pouca coisa
se sabe a respeito dele. A C xperegrine ocorre em mata
pluvial no estado de Trujillo e na fronteira de Lara-Trujillo,
onde ambos os pais se sobrepõem.
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Cattleya
mossiae semialba ´Patrizia´
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Em
alguns lugares dos estados de Lara e Yaracuy, populações
naturais de C. mossiae e C. lueddemanniana se
sobrepõem formando o híbrido natural C. xgravesiana.
Este híbrido natural parece ser mais comum na natureza
do que C. xperegrine. Não há grandes introgressões
como aquelas encontradas entre espécies como Guarianthe
skinneri e G. aurantiaca (Guarianthe xguatemalensis).
Apenas pequenas populações introgressivas entre
C. mossiae e C. lueddemanniana foram encontradas
em poucos lugares. Além do mais, existem algumas plantas
em cultivo coletadas de C. lueddemanniana ou C. mossiae
que são exemplos de erros de identificação,
por exemplo, C. lueddemanniana s/a “Caracas”
é uma verdadeira C. xgravesiana coletada na natureza.
Grandes
populações de C. mossiae ainda existem
na natureza, especialmente em algumas partes das montanhas andinas.
Mas o desmatamento e a coleta predatória desta espécie,
mesmo em áreas de proteção, a colocam em
grande risco de extinção. Em algumas décadas,
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Cattleya
mossiae poderá ser tornar escassa assim C. lueddemanniana
e C. gaskelliana são hoje em dia.
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C.
mossiae alba 'Barroeta'
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C.
mossiae semi-alba aquinada 'Llamarada'.
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C.
mossiae semi-alba Featherston x self
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Cattleya
percivaliana O´Brien. 1883
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Cattleya
percivaliana é uma encantadora espécie endêmica
para os Andes venezuelanos localizados no estado de Trujillo.
Diferente de outras Cattleyas labiata, C. percivaliana
prefere crescer nas encostas rochas ou pequenas árvores
a 1400 - 2000 m. Neblina matinal e, especialmente, os riachos
próximos dos rochedos provêem a umidade necessária
para crescer exposta à luz do sol e fortes ventos.
C. percivaliana freqüentemente cresce associada a outros
tipos de vegetações (samambaia, musgo, liquens,
gramas, arbustos), assim não sofre nunca de desidratação.
C. percivaliana é também adaptada ao crescimento
em matas pluviais, muitas colônias saudáveis ocorrem
neste tipo de habitat.
C. percivaliana
não é distribuída por uma área
muito grande, se considerarmos a orografia dos Andes, a média
de altitude é mais elevada do que a máxima tolerada
por esta espécie, assim a continuidade populacional não
é possível e a espécie fica isolada na
parte mais ao norte dos venezuelanos, próxima à
depressão Carora. |
Cattleya
percivaliana ´Morena´
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Alguns
autores consideram que C. percivaliana cresce na face
sul das montanhas dos Andes venezuelanos, localizados nos estados
de Mérida e Táchira, mas isto não é
verdade. Nestas montanhas, só ocorre a C. mossiae.
Existem alguns relatos que sustentam que C. percivaliana
também cresce na fronteira do norte do estado de Santander,
Colômbia, mas visto que há um vínculo natural
entre a população andina da Venezuela e da Colômbia,
não é difícil ver C. mendelii e C.
percivaliana nos dois lados da fronteira.
C. percivaliana é a menor das grandes unifoliadas,
apenas em termos de tamanho da flor. Flores em plantas na natureza,
em geral, medem de 11a 12 cm. Existe uma variedade conhecida como
grandiflora (percivaliana de tamanho grande), não
comum que se tornou o padrão de plantas cultivadas. Flores
de C. percivaliana var. grandiflora pode medir
de 15-18 cm. O tamanho da planta desta espécie é
semelhante aos das outras Cattleyas labiatas. Normalmente, a haste
carrega de 2 a 4 flores.
No fim de fevereiro, enquanto que outras cattleyas venezuelanas
estão preparadas para florir, C. percivaliana acorda
de um período de repouso de cinco meses. Os novos pseudobulbos
estarão prontos para florir em espata verde, no final de
agosto, mas em muitos casos, os botões pode ser formados
em qualquer tempo de agosto a novembro. Nos Andes venezuelanos,
não é raro ver plantas cultivadas florindo o ano
todo. C. percivaliana só floresce uma vez por ano
mas muito fatores culturais podem mudar a época normal
de floração. Não tem uma segunda brotação
como a C. mossiae. |
Cattleya
percivaliana ´Enrique Jr.´ x ´Summit´ |
Duas
características fazem a C. percivaliana única
dentro do gênero e a torna fácil de ser reconhecida
quando em floração. A primeira e, talvez, a mais significativa,
é o cheiro que lembra a grama recém-cortada que pode
ser considerado como não agradável e também
a forma da flor que muitas plantas encontradas na natureza tem e
que pode ser considerada quase perfeita para o julgamento de orquídeas.
As flores de boa forma são muito redondas, bem apresentadas
e simétricas. Pétalas, em muitos casos se sobrepõem
e têm boa substância. O labelo é pequeno, franjado
e tem uma mancha púrpura sólida que pode variar de
forma e tamanho. Não há evidência de venosas
e estriatas nesta espécie, apenas alguns clones aquinados
e variegados foram encontrados. C. percivaliana tem um labelo
com uma mistura surpreende de colores que nenhuma outra Cattleya
grande pode produzir.
Existe uma larga gama de variedade de sombreamento de cores presentes
no labelo, entre as mais bonitas, podemos mencionar, marrom-chocolate,
goiaba, laranja, maçã vermelha e ouro espanhol entre |
outras. O
tipo tem a cor púrpura que pode variar de médio até
muito escuro (clones variegados); clones alba, albescens, semi-alba
e caerulea são também conhecidos mas há as
formas 'concolor verdadeira' e 'delicata'.
Alguns clones
famosos são:
- tipo: ´Summit´, ´Karen´, ´Primavera´,
´Albert´s´,
- sem-ialba: ´Carache´, ´Sonia de Urbano´,
- alba: ´Oro Cochano´, ´La Puerta´, ´Quintero´,
- caerulea: ´Ondine´.
Gostaríamos de assinalar que plantas semi-alba conhecidas
como ¨Farah Diba´, ´Jewel´ e ´Carache´
originam-se de uma única planta de propriedade do senhor
Rafaelito Cañizales que vive em Carache, uma pequena cidade
no estado de Trujillo, na Venezuela.
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C.
percivaliana ('Sonia' x self)
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Cattleya
percivaliana semi-alba ´Sucre´ x ´Sonia´
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Cattleya
gaskelliana Rchb. f. 1883 |
Cattleya gaskelliana
caerulea ´Divina´ |
A
Cattleya venezuelana com menor área de dispersão
é a Cattleya gaskelliana. Ela só ocorre
numa pequena área ao nordeste da Venezuela, chamado Turimiquire.
Esta pequena montanha está localizada na confluência
de três estados vizinhos (Monagas, Sucre e Anzoátegui).
Como a C. mossiae, C. gaskelliana cresce
melhor em altitude situada na faixa de 800 a 1500 m acima do
nível do mar. Cresce em florestas temperadas semi-decíduas
ou sempre verdes em árvores de grande porte. No morro
de Turimiquire, chuva e neblina matinal está presente
o ano todo.
Grandes populações de gaskeliana ocorrem nas florestas
enevoadas na fronteira dos estados Monagas e Sucre. Outra população
prospera na fronteira nordeste do estado de Anzoátegui,
em uma pequena área chamada de Nuevo Mundo. Nuevo Mundo
tem floresta semi-decídua, onde a C. gaskelliana
pode ser encontrada crescendo nas árvores e nas rochas,
formando grandes colônias. |
Alguns
autores consideram que a população de C. gaskelliana
originária do Nuevo Mundo é um ecotipo diferente
daquelas encontradas em Monagas e Sucre State. O ecotipo do
Nuevo Mundo é caracterizado por ter pseudobulbos pequenos
e flores de coloridos mais escuros.
Alguns autores acreditam que esta espécie pode ser encontrada
vegetando nas penínsulas de Araya e de Paria, assim como
nas Ilhas Margarita e Trinidad. Entretanto, muitas excursões
provaram que não existe habitats adequados nestas áreas.
Alguns relatos destas áreas são, normalmente,
equivocados, já que as possíveis constatações
desta espécie sempre ocorreram em jardins abandonados
e, em muitos casos, nem mesmo eram gaskelliana. |
C. gaskelliana tem folhas eretas e largas e, normalmente,
produz brotações no final de dezembro que estão
prontas para florir de abril até julho, sem período
de repouso. Os botões sempre se formam dentro de uma
espata simples de grande tamanho. Plantas em cultivo podem florir
duas vezes ao ano embora a segunda estação de
floração não seja bem definida. As flores
da Cattleya gaskelliana, em geral, não têm
substância; não tem pétalas verticais que
são, em geral, estreitas. Geralmente, tem uma coluna
espessa que apresenta dois , it has a thick column which displays
two lateral tops that stand out from the anther. Na média,
o colorido das flores varia de suavíssimas a suaves.
A mancha púrpura do labelo é bastante variável,
especialmente no que diz respeito à intensidade de cor
e tamanho, normalmente triangular e quase sempre misturada com
o cor amarela e veios marrons alaranjados que saem do parte
inferior do da garganta. A parte frontal do tubo, normalmente,
apresenta tons cremes ou brancos, mas como as flores claras
são normais nesta espécie, esta característica
não é sempre evidente. É relativamente
fácil encontrar as variedades alba, semi-alba, concolor
e caerulea, por outro lado, é difícil encontrar
flores de colorido escuro.
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Cattleya gaskelliana semi-alba
´Calex´ AM-AOS |
Clones famosos
são :
- color: ´Elena´, ´Black Tiger´,
´Carmen´,
- semi-alba: ´Calex´, ´Nuria´, ´Red
Flame´,
- alba: ´White Heritage´, ´Schnee´,
´Sara´,
- caerulea: ´Blue Dragon´, ´Drago´,
´Aida´, ´Mimí´. |
Cattleya
jenmanii Rolfe 1906 |
Cattleya
jenmanii foi descrita originalmente por Rolfe em 1906, Kew
Bulletin, nunca mais foi vista até que G.C.K. Dunsterville
a redescobriu em 1969 em meio a algumas plantas que vieram da
parte sudeste do estado de Bolívar. Esta bela Cattleya
divide o habitat com C. lawrenceana no platô
da Guiana, Venezuela. Esta espécie pode ser encontrada
crescendo próxima à divisa Venezuela-Brasil-Guiana
(Platô Roraima), entre a cabeceira do rio Caura (estado
de Bolívar, Venezuela) e Roraima (junto à fronteira
venezuelana e guianense). Grandes populações de
C. jenmanii ocorrem acompanhando a fronteira Venezuela-Guiana,
entre os parelelos 5º e 6º. Este espécie é
endêmica para a Venezuela, no entanto se considerarmos
que o platô "Guiana" é uma área
inexplorada, há uma chance de que populações
desta espécie possam ser encontradas no Brasil (existem
alguns poucos relatos não confirmados), ou na Guiana,
sempre próxima da fronteira venezuelana. Entretanto,
não há registro de que C. jenmanii cresça
fora da Venezuela.
Esta espécie cresce em área temperada úmida
conhecida como a 'La Gran Sabana', com alitudes que vão
de 800 a 1200 metros acima do nível do mar. Nesta área,
as gramas são predominantes, assim C. jenmanii cresce
somente em poucas matas que sobreviveram com sucesso a despeito
do Ph baixo e das condições arenosas do solo.
Pode também ser encontrada exposta diretamente à
luz do sol, em fendas dos rochedos chamados Tepuys (Chapadas).
Por alguma razão, não há relato de populações
introgressivas entre C. jenmanii e Cattleya lawrenceana,
embora elas se sobreponham na natureza. Nós conhecemos
duas plantas coletadas deste híbrido natural que não
foi ainda registrado. Duas foram propostas: C. xgransabanensis
e C. xcanaima. O formato da flor é semelhante, na
média, à C. jenmanii mas com um labelo
muito semelhante a uma grande C. lawrenceana. |
Cattleya jenmanii ´Marie-Anne´ |
As
folhas de C. jenmanii são eretas e estreitas,
com um formato elíptico que nos lembra as folhas da Cattleya.
mossiae, embora, muitas vezes, elas apresentem uma tonalidade
púrpura no verso; e sempre apresentam uma só espata
o que nos dá uma chave para nos ajudar a diferenciá-la
da Cattleya labiata. |
Cattleya jenmanii semialba
´A.M.C.´ x self
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As
flores têm um perfume adocicado, possuem de 12 a 17 cm
de diâmetro, ereta, elegante, mas, geralmente, as pétalas
e sépalas são estreitas. O padrão de colorido
do labelo é muito semelhante ao da Cattleya labiata,
sendo muito difícil diferenciá-las. A garganta
é amarela com venações marrom-avermelhadas
em direção ao topo, as bordas são delicadamente
onduladas, rosa-púrpura com os característicos
“olhos” brancos de cada lado. A mancha púrpura
pode lineata, estriata ou completamente sólida. Como
na C. gaskelliana, os botões começam a
crescer dentro da espata antes que o novo pseudobulbo complete
seu crescimento.
C. jenmanii
tem sua principal estação de floração
entre fevereiro a abril, com um segundo período entre
setembro e outubro. É uma espécie relativamente
nova em cultivo e apenas poucos clones de qualidade são
conhecidos. TO colorido rosa-púrpura que pode variar
desde os tons claros (suaves) a muito escuros (rubras); formas
alba, semialba, concolor, clones delicatas e caerulea são
também conhecidas.
C. jenmanii 'Rubra' |
Os melhores clones conhecidos são:
- tipo: ´Rubra´, ´Gran Sabana´,
´Carlos Castro´;
- semialba: ´Armando Mantellini´.
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C. jenmanii ('Carlos Castro' x self) |
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Cattleya
lawrenceana Rchb. f. 1885 |
Cattleya lawrenceana
concolor ´Luz de Luna´ |
Cattleya
lawrenceana é uma das mais atípicas Cattleya unifoliadas e os pseudobulbos estão entre os maiores.
As plantas, em geral, possuem pseudobulbos com uma pigmentação
avermelhada bem distinta, as folhas também apresentam
uma profusão de manchas marrons sobretudo as que estão
expostas ao sol direto. Suas flores são fáceis
de serem conhecidas já que são de tamanho médio
com um labelo tubular num formato de disco e sem franjas. Pétalas
e sépalas são normalmente estreitas e as flores
tem uma grande semelhança com as grandes Sophronitis
(antigas Laelias) como S. purputata, tenebrosa,
grandis e lobata do que com as outras cattleyas
unifoliadas.
No
platô da Guiana, a Cattleya lawrenceana possui
uma grande e irregular área de distribuição,
especialmente no estado da Bolívar, as populações
sempre acompanham os grandes rios e as formações
de chapada chamadas Tepuys que são distantes entre si.
Uma das principais populações está localizada
no estado do Amazonas (Serra do Sipapo), e as outras estão
localizadas irregularmente em chapadas (tepuys) de Roraima,
Auyán-tepuy, Kukenán, Chimata; rios High Caroní,
Carrao, Aponwao e Cuchivero, também no Vale Kamara-ta
e área de Kanavayén no estado Bolívar.
A espécie é também encontrada em grandes
quantidades do lado Guiana-Roraima. Também foi relatada
como ocorrendo no lado brasileiro, embora só confirmado
por algumas poucas constatações visuais.
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Uma
vez que esta espécie é bastante adaptável
e possui uma área de dispersão muito grande, há
mais probabilidade da Cattleya lawrenceana ser encontrada
em outras regiões além das localizações
conhecidas na Venezuela, Brasil e Guiana do que a Cattleya
jenmanii.
Cattleya lawrenceana vegeta desde baixas altitudes (400
m acima do nível do mar) até altitude de 1900
m. Em seu habitat natural, é uma orquídea bastante
adaptável crescendo em árvores de médio
e grande porte, em florestas úmidas e sombreadas, em
clima variando um pouco mais quente a temperado e frio. As colônias
de altitudes elevadas se adaptaram a espaços maiores,
crescendo nas encostas, expostas ao sol, protegidas apenas pela
vegetação da vizinhança. Esta área,
em particular, é muito úmida o ano todo, assim
C. lawrenceana (como a C. jenmanii), mesmo quando
está atravessando a "estação seca”,
recebe sempre os benefícios da umidade elevada, neblina
e chuvas ocasionais. Como estão localizadas em locais
bem ventiladas, conclui-se que não ficam úmidas
por muito tempo. Em cultivo, C. lawrenceana é
reconhecida como uma planta de difícil crescimento.
Na natureza,
a estação de floração de C. lawrenceana
vai de fevereiro a abril. Como muitas outras espécies
do gênero, as flores nascem de pseudobulbo que passou
por um período de dormência de alguns meses. O
mais comum é apresentar de 2 a 8 flores rosas-magenta,
de porte médio. Alguns cultivares podem até produzir
mais flores por haste (até 12 multifloras conhecidas),
mas é bastante raro.
C.
lawrenceana não tem variedade no padrão
de cor do labelo com as outras unifoliadas venezuelanas
possuem. Todas lawrenceanas têm o labelo púrpura-magenta,
completamente sólido, podendo se estender até
a parte externa do tubo, com exceção da
concolor e semi-alba que possuem o labelo rosado. Alguns
cultivares possuem aquinado nas pétalas (aquinii
ou flâmea). A ausência de variedade do padrão
do labelo é altamente compensada pela intensidade
da cor no labelo e pelas cores brilhantes das tépalas,
como por exemplo, as coeruleas de colorido forte estão
entre os mais intensos azuis encontrados no gênero
Cattleya. Poucas variedades de cor são
conhecidas - semi-albas: ´Sara´, alba: ´Misia
María´, concolor: ´Diana´,
caerulea: ´Aulisi´.
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C.
lawrenceana alba 'Misia María'
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Autores
e proprietários de plantas:
Jan Pahl, orquidologista
Gerardo Castiglione é juiz de orquídeas e membro fundador
da Sociedade de Orquídeas de Mérida e sua coleção
é muito bem conceituada entre os orquidólogos venezuelanos.
Rafael Vaamonde é membro da Associação Venezuelana
de Orquidologia e responsável pela versão para o Inglês.
As plantas premiadas aqui mostradas são da coleção
particular de Gerardo Castiglione e de Armando Mantellini. Armando
Mantellini é um dos poucos cultivadores venezuelanos responsáveis
pelo melhoramento das espécies venezuelanas. |
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