Foto: Sergio Araujo |
Cattleya
granulosa Lindl. foi descrita em 1842, com publicação
no Edwards's Botanical Register 28: t. 1.
Planta endêmica para o Brasil, no entanto Lindley ao
descrevê-la supôs que fosse originária
da Guatemala. Na verdade, ela foi enviada para a Inglaterra,
via Guatemala o que deu origem a esta confusão. Ainda
hoje, podem ser encontradas referências a esta ocorrência.
Sinônimos:
Epidendrum granulosum (Lindl.) Rchb. f.
Epidendrum elatius var. russeliana Rchb.
f. = Cattleya granulosa var. russeliana Lindl.
Híbridos:
Cattleya le czar L. Lindl.- PE (C. labiata Lindl.)
Brassocattleya felisminiana, (Brassavola tuberculata)
Alagoas (Citação de Luiz Araujo)
e Rio Grande do Norte
|
Variedaes descritas:
Cattleya granulosa var. russeliana Lindl.
Cattleya granulosa var. buyssoniana O'Brien.
Cattleya granulosa var. Souvenir Raymond Storms Linden
Ocorre a nível do mar, em locais de temperatura elevada,
com muita luminosidade e em matas bem próximas do litoral.
Ela vegeta nos estados de Alagoas, Piauí, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Pernambuco e Ceará. É também
citada para o estado da Bahia, mas, provavelmente trata-se da Cattleya
schofieldiana Rchb. f.
Sobre sua ocorrência no estado de Alagoas, quem fala é
Luiz de Araújo Pereira, no livro "Album de Orquídeas
de Alagoas":
"As plantas de Cattleya granulosa estão presentes
em diversas altitudes, ecossistemas os mais variados: sobre maciços
rochosos (depressão com restos de vegetais e musgos), em
árvores (preferentemente as ibiribas) e até nas areias
quase à beira-mar, aí com desenvolvimento extraordinário
de suas raízes, mais longas do que de costume, em busca de
nutrientes e umidade".
Planta de médio para grande porte, pode atingir 60cm de altura.
Na primavera, sua inflorescência carrega de 5 a 9 flores de
8 a 10 cm de diâmetro. Elas são perfumadas, carnudas,
as pétalas e as sépalas variam do verde-amarelado
até o marrom-chocolate, possuem as margens crispadas e, na
maioria das vezes, são pintalgadas na cor castanho-avermelhada.
O labelo é trilobado com superfície rugosa, coberto
por estrias vermelhas e manchas vermelho-vinosas, de borda branca
e cobre a coluna de maneira justa.
Bibliografia
The Brazilian Bifoliate Cattleyas and Their Color Varieties - J.
A. Fowlie;
The Cattleyas and Their Relatives - Vol I - The Cattleyas - Carl
L. Withner;
Orchidaceae Brasilienses - Pabst & Dungs;
The Brazilain Bifoliate Cattleyas, Guido J. Braem;
Album das Orquídeas de Alagoas - Luiz de Araújo Pereira
e Colaboradores;
The genus Cattleya in Brazil - Francisco Miranda
(CD).
|