19ª World Orchid Conference e Tamiami International Orchid Festival Impressões de um orquidófilo (orquidômano?) compulsivo por Carlos Antonio Akselrud de Gouveia Dia 23 de janeiro de 2008, acordamos excitados e ansiosos. Eu e Jorge Abreu, companheiros de desvario, estávamos cansados depois de um dia de viagem - 12 horas com escala no Panamá - mal caímos na Florida e fomos direto visitar a estufa do Motes. No dia seguinte, acordamos cedo e metemos o pé na estrada par ir até Fort Pierce - 130 milhas - para xeretar o Odom’s Orchids. Na volta parada na Home Depot para comprar acessórios e chegamos mortos no hotel. Planejamos os dias a seguir, com muita coisa a fazer e pouco tempo, revimos os stands a percorrer e apagamos, enfim, cansados, mas agitados. Café da manhã ruim e rápido, pulamos no carro e lá estávamos. A confusão era grande, ninguém sabia exatamente onde era a exposição, onde era a conferência propriamente dita. Finalmente chegamos na porta da Exposição onde uma multidão se comprimia. Primeiro impacto: o stand de apresentação da WOC, com muitas flores, uns flamingos e umas araras, VIVOS! Li na Internet que os flamingos são domesticados e estão acostumados a viver na grama, sem nunca sair dela, desde filhotes, e por isto estavam dóceis, passeando sem mostrar preocupação. Era bastante “kitsch”, mas autêntico. E tinha tudo a ver com Miami. As filas eram enormes, três voluntários, todos de terceira idade, recebiam o pagamento em 3 diferentes guichês: um para dinheiro, outro para cheque e o terceiro para cartão de crédito. Velocidade não seria um atributo dos esforçados colaboradores... Pago o ingresso (caro, US$ 20), novo empurra-empurra para entrar. E aí, o espetáculo! Dezenas de displays de exposição misturados com outras dezenas de boxes de venda. Todos lotados de flores. Por mais que a gente já tenha visto exposições, o impacto de ver uma pela primeira vez é alucinante. Só depois a gente liga o analisador, o inicial é puro êxtase. Não vou detalhar a Exposição, Delfina e Sérgio estiveram nela por mais tempo, viram antes da abertura e registraram as imagens de forma muito mais organizada do que eu, guardo alguns comentários para fazer no final do artigo. Depois de uma quarta-feira de passeios em orquidários - Banjong, Soroa e Fuchs, junto com o Maurício Verboonen e o Nilton, terminamos o dia com uma invasão na outra exposição, Tamiami International Show. Sim, DUAS exposições concomitantes!!! Pois é, quem pensa que birra e picuinha seja coisa de matuto de terceiro mundo, na Flórida austral a vaidade e conflito comercial também produzem seus paradoxos. Tamiami, obviamente, era menos grandioso, mas igualmente belo e empolgante, e muito menos formal. Vários expositores montaram duplicatas na WOC e em Tamiami. Lá o ingresso era mais em conta (US$ 7) e os stands de vendas mais generosos. Para show, WOC, para compra Tamiami e, para nós, muito chão para cobrir. Dia seguinte Tamiami, ali a piração era ver o que tinha para vender, rápido. Ao contrário de nossas exposições, lá o público vai para comprar, com carrinhos (lembra do carrinho do Bolinha?) e se você vacila, acaba tudo. Mas comprar de primeira também traz seus dissabores, planta melhor e mais barata pode estar ao lado... Que loucura! Zum-zum-zum, empurrões à parte, um bocado de gente você revê e conhece outro tanto. Acha e compra plantas que sempre sonhou, e acha e compra plantas que nunca sonhou existirem. Mas também se frustra, nem todos os vendedores trazem novidades, alguns se limitam ao feijão com arroz e não foi para isto que você foi até lá. Depois é tempo de voltar a WOC, no sábado, para rever, avaliar, fotografar e conversar muito. Tempo de criticar. Tamiami, no domingo, fecha o périplo orquidófilo. Agora é tempo de embalar e preparar as plantas, muitas mais do que devíamos comprar. E sonhar com a próxima, que sabe-se lá quando vai ser possível comparecer. A seguir comentários e histórias dos Shows:
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