|
Hoffmannseggella briegeri: Uma moderna ferramento para os
cruzamentos de Cattleya
|
|
| |
por
Alan Koch
Golden Country Orchids |
Foi amor à primeira vista…o esplendor das flores posicionadas
acima da folhagem em inflorescência forte e reta. Eu soube imediatamente
que eu precisava usar esta maravilhosa espécie na minha programação
de híbridos. A Laelia de Brieger foi descrita por Blumenschein,
em colocada, em 1960, no subgênero Parviflorae, Seção
Parviflorae. Recentemente, Francisco Miranda colocou todo o subgênero
Parviflorae no gênero Hoffmannseggella baseado
nas diferenças morfológicas. DNA evidence will show this
to be the proper move. A Laelia de Brieger é um dos mais
fáceis membros do deste gênero para crescer e florir e
um dos mais adaptadas a clima um pouco mais quente. É encontrada
no Brasil, no estado de Minas Gerais, a sudeste de Diamantina, entre
800 e 1100m de altitude. A maior parte das plantas no habitat eram tetraplóides,
entretanto ocorrem algumas plantas diplóides com flores menores
e menos vistosas. As plantas tetraplóides têm 80 cromossomos
e cruzam bem com a aliança da Cattleya.
As Laelias rupícolas foram consideradas muito tempo como difíceis
de serem cultivadas e a Hof. briegeri não é exceção.
Esta reputação foi adquirida com cultivadores experientes
lamentando os problemas que tiveram com este grupo. Entender como elas
crescem no habitat foi parte do problema. Os cultivadores dão
às estas plantas luminosidade excessiva igual a que elas recebem
na natureza e isto tende a queimá-las. A única coisa que
parece ter sido trazida das condições naturais de crescimento
seria a necessidade de secarem entre as regas, em conseqüência,
a prática moderna em colocadas em pedra brita no tamanho de um
ervilha, embora algumas pessoas tenham sucesso com substrato de casca
misturada com esfagno. Nós gostamos de colocar as nossas em vaso
de argila de modo a assegurar a secagem entre as regas. Nós interrompemos
a rega no outono e no inverno e conseguimos uma melhor floração
na primavera, o que a torna ainda mais desejável em cruzamentos.
Em Northern Hemisphere, Hof. briegeri floresce de maio a junho.
Embora as plantas cresçam com dias cálidos e noites frias,
elas crescem e florescem bem no clima mais quente como o do sul da Flórida.
Sabendo que estas plantas vistosas eram todas tetraplóides, nós
tivemos o cuidado de só cruzá-las com matrizes tetraplóides
para evitar esterilidade em cruzamentos futuros. O primeiro hibrido
feito foi a Sl. Pole Star um cruzamento de Sophronitis coccinea
e Laelia briegeri (Hoffmannseggella). A Sophronitis
era tetraplóide assim pudemos fazer o cruzamento. Nós
procurávamos a robustez de ambas as matrizes para a progênie.
Da Hof. briegeri nós queríamos levar a tendência
da haste vertical, a robusta inflorescência, o número de
flores, a maior tolerância a clima um pouco mais quente e o forte
colorido do labelo. Da Sophronitis coccinea, nós queríamos
conseguir as vistosas flores cheias com textura de poeira de diamante,
diversas florações por ano, um crescimento rápido
e vigoroso e múltiplas frentes para obter uma planta mais vistosa
o mais rapidamente possível. O híbrido nos deu seedlings
que eram vigorosos, tolerante a temperatura mais quente, mais fácil
de cultivar do que ambas as matrizes e muito florífera. A única
característica que não transmitida foi flores arredondadas,
cheias que desejávamos. A forma era meio caminho entre as flores
estreladas da Hoffmannsegella briegeri e a Sophronitis coccinea,
com seu formato cheio e arredondado.
Nós fizemos mais de 20 cruzamentos com a Sl. Pole Star
que funcionou bem como matriz. A progênie cresce rápido
e uniforme no frasco assim como depois de retirada. A Hoffmannseggella
briegeri transmite a haste vertical com flores posicionadas acima
da planta enquanto a Sophronitis coccinea transmite um crescimento
compacto vigoroso com flores arredondadas cheias. Um perfeito exemplo
disto é encontrado na Slc. Sierra Gem, um cruzamento de
Sl. Pole Star com Slc. Hazel Boyd; uma planta com crescimento
ereto vigoroso, flores posicionadas acima da planta e forma arredondada.
Resumindo, nós obtivemos uma planta que era mais fácil
de cultivar do que a Hazel Boyd, com um crescimento mais compacto, com
haste vertical e flores com os mesmos brilhantes tons de por do sol
apenas ligeiramente menor. No uso de Sl. Pole Star em cruzamentos
com matrizes com pétalas flamaeadas, nós conseguimos flores
flameadas e espalmadas.
Dois híbridos que foram largamente usados são Blc.
Love Sound e Lc. Tokyo Magic. Ambos foram usados no mesmo sentido
que nós usamos a Sl. Pole Star, mas a progênie não
foi tão consistente e nem o crescimento. O interessante sobre
a Lc. Tokyo Magic (C. Irene Finney x L. briegeri),
é que a Cattleya lavanda padrão quando cruzada
com briegeri amarelo vivo resulta em progênie semi-alba. Com este
conhecimento em mãos, esta característica foi muito usada
em cruzamentos para intensificar o padrão flameado nas pétalas.
Isto foi conseguido porque a briegeri tem tendência a esmaecer
a cor das pétalas enquanto intensifica o colorido do labelo.
Nós concluímos que, em cruzamentos, os híbridos
primários são fortes e consistentes matrizes como evidenciado
na Sl. Pole Star. Nós fizemos dois outros híbridos primários
com Hoffmannseggella briegeri, um com Cattleya walkeriana e outro com
C. harrisoniana. Já floriram muitos da progênie com C.
walkeriana e muitas flores de longa duração são
semi-alba com uma textura de poeira de diamante. Temos muita esperança
nesta progênie como futura matriz para semi-albas com pétalas
flameadas e cruzamentos de “lavandas” e sabemos que a presença
walkeriana nos ancestrais vai promover flores de longa duração
com bom tamanho e forma. Esperemos que o futuro nos trará.
É
expressamente proibido qualquer tipo de uso, de qualquer material
deste site (textos, fotos, lay-out e outros), sem a expressa autorização
de seus autores sob pena de ação judicial. Qualquer
solicitação ou informação pelo e-mail:bo@sergioaraujo.com
|