A subtribo Pleurothallidinae (Orchidaceae) no
Parque Estadual de Ibitipoca,
Minas Gerais, Brasil (1)
Luiz Menini Neto*, Ruy José Válka Alves** & Rafaela Campostrini Forzza*** |
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(1) Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor, desenvolvida no programa de pós-graduação em Ciências Biológicas (Botânica) do Museu Nacional/UFRJ.
Reprodução autorizada e adaptada de trabalho publicado Bol. Bot. Univ. São Paulo 25(2): 253-278. 2007 - 253 (26043001)
Resumo
(A subtribo Pleurothallidinae (Orchidaceae) no Parque Estadual de Ibitipoca, Minas Gerais – Brasil. O Parque Estadual
de Ibitipoca (PEIB), situado no sudeste do estado de Minas Gerais, apresenta em sua área um mosaico de formações vegetais,
onde o campo rupestre ocupa a maior extensão, sendo entremeado por áreas florestais. Em um levantamento da subtribo Pleurothallidinae foram registradas 24 espécies distribuídas em quatro gêneros: Pleurothallis (sensu lato) foi o mais numeroso com 13
espécies, seguido por Octomeria e Stelis, com cinco espécies cada, e Masdevallia com apenas uma espécie. A grande maioria dos
táxons foi encontrada como epífita no interior de floresta. Apenas seis espécies também foram registradas na borda das matas, na
transição do campo rupestre com a mata ou no campo rupestre. O estudo da distribuição geográfica revelou um novo registro para
a flora de Minas Gerais e ampliou o conhecimento sobre a distribuição de muitas espécies, destacando a semelhança da flora de
Orchidaceae da área estudada com áreas da floresta Atlântica. São apresentados descrições (as descrições of the species foram omitidas nesta adaptação, por questão de espaço) e chaves de identificação dos gêneros
e espécies, comentários e ilustrações.
Introdução
O Parque Estadual de Ibitipoca (PEIB), situado no sudeste do estado de Minas Gerais, apresenta em sua área um interessante
mosaico de formações vegetais, das quais o campo rupestre ocupa a maior extensão (Salimena-Pires 1997, Rodela 1998). O Parque é a menor unidade de conservação do estado de que tem o campo rupestre como sua principal formação (Vitta 2002), sendo também uma das Unidades de Conservação mais visitadas no Brasil. Na segunda edição do Atlas para a conser vação
da biodiversidade de Minas Gerais, a Serra do Ibitipoca figura entre as áreas prioritárias para a conservação no estado, citada na categoria de importância biológica especial, o nível
mais alto adotado (Drummond et al. 2005).
Desde o século XIX há relatos de vários naturalistas que percorreram a Serra de Ibitipoca, como Auguste de Saint-Hilaire (Saint-Hilaire 1822), Carl August Wilhelm Schwacke,
em 1896 (Urban 1906) e Álvaro Astolfo da Silveira, no ano 1912
(Silveira 1928). Geraldo Mendes Magalhães coletou, na Serra de Ibitipoca, material que viria a ser parte de
uma listagem preparada por Ferreira & Magalhães (1977), a
primeira realizada para a área, contendo 48 espécies distribuídas em 15 famílias. No fim da década de 1960, o Padre Leopoldo Krieger, então professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, iniciou a coleção base para a Flora da Serra
de Ibitipoca, ampliando-a ao longo das décadas seguintes
(Salimena-Pires 1997). Desde então, alguns trabalhos que
enfocam a flora do PEIB foram realizados, apresentando listas
de espécies ou tratamentos taxonômicos para algumas
famílias (Forzza et al. 1994, Andrade & Sousa 1995, Fontes
1997, Rodela 1998, Carvalho et al. 2000, Menini Neto &
Forzza 2002, Milward-de-Azevedo 2007).
Orchidaceae possui aproximadamente 20.000 espécies
distribuídas por todo o planeta (Dressler 1993), apresentando
alta diversidade no neotrópico (Christenson 2004). O Brasil
abriga cerca de 2400 espécies (Barros 1996), distribuídas
pelos vários ecossistemas, não sendo diferente nos campos
rupestres, de modo que muitas vezes figura entre as famílias
de maior diversidade (Harley & Simmons 1986, Giulietti et
al. 1987, Peron 1989, Alves 1991, Pirani et al. 1994, 2003,
Stannard 1995, Zappi et al. 2003).
A subtribo Pleurothallidinae apresenta cerca de 4000
espécies distribuídas em aproximadamente 30 gêneros, predominantemente
epífitas, com distribuição exclusivamente
neotropical (Luer 1986a), possuindo dois centros de diversidade,
as florestas nebulares da cordilheira andina e montanhas
da América Central, sendo também bem diversificada
na floresta atlântica, na costa do Brasil.
O
objetivo deste trabalho foi inventariar as espécies da
subtribo Pleurothallidinae ocorrentes no Parque Estadual
de Ibitipoca, de maneira a ampliar o conhecimento da flora
da Unidade e de Minas Gerais, bem como contribuir para o
melhor entendimento da taxonomia e distribuição geográfica
das espécies do grupo.
Fig. 1. Localização do Parque Estadual de Ibitipoca e destaque dos principais pontos de coleta na área.
Material e métodos
Área de estudo
O PEIB está situado nos municípios de Santa Rita de Ibitipoca
e Lima Duarte, entre as coordenadas 21º40’-21º44’S e
43º52’-43º55’W (Fig. 1). Inicialmente abrangia uma área de
1488 ha da Serra de Ibitipoca, ampliada para 1923,5 ha no ano
de 2004 a partir de novas medições. A Serra de Ibitipoca faz
parte do Complexo da Mantiqueira, cujo relevo caracteriza-
se por escarpas altas ou colinas com altitudes variáveis entre
1200 e 1800 m (CETEC 1983). A área do PEIB apresenta-se
como uma ilha, com altitudes destacadas de seu entorno, no
qual predominam colinas mais baixas (Rodela 1998). Possui
cotas altimétricas médias de 1500 a 1600m, sendo o ponto
mais baixo em torno de 1200m de altitude, e estando o ponto
culminante, a Lombada ou Pico do Ibitipoca, na vertente oeste,
aos 1784m de altitude. Na vertente leste, localiza-se o segundo
ponto mais alto do Parque, o Pico do Pião, aos 1721m
de altitude (Rodela 1998). O relevo do Parque é bastante escarpado,
com paredões e grutas por toda a área. Destacam-se,
no relevo, duas cuestas, uma a leste (onde se encontra o Pico
do Pião) e outra a oeste (onde se encontra a Lombada), inclinadas
para o interior do vale, onde correm o rio do Salto e o córrego da Mata (Corrêa Neto 1997), que se aprofunda para o sul, em direção à queda da cachoeira dos Macacos. O clima
da região é classificado como Cwb (classificação de Köppen):
mesotérmico úmido, com verões amenos e invernos secos. A
precipitação anual média é de 1532 mm e a temperatura média
de 18,9 ºC (CETEC 1983).
As formações vegetacionais do PEIB apresentam-se
como um mosaico, havendo várias propostas de denominação
de seus tipos. Andrade & Sousa (1995) dividiram o Parque
em quatro formações básicas: campo graminoso, campo
rupestre, campo com arbustos e arvoretas [com predominância
da Asteraceae conhecida popularmente como candeia – Eremanthus erythropappus (DC.) MacLeish] e capões de
mata. Salimena-Pires (1997) diferenciou seis tipos vegetacionais:
campo rupestre (senso estrito), campo rupestre arborizado,
campo gramíneo-lenhoso, mata de galeria, floresta
estacional semidecidual montana e brejo estacional. Rodela
(1998) apresentou uma divisão em sete tipos vegetacionais
no Parque: remanescentes de floresta estacional semidecidual
montana, floresta ombrófila densa altimontana, mata ciliar
e capão de mata, cerrado de altitude, campo rupestre, campo
herbáceo-graminoso e campo encharcável. Por outro lado,
Fontes (1997) classificou as florestas do interior do Parque
como ombrófilas densas ou nebulares.
Trabalho de campo e laboratório
Foram realizadas coletas bimestrais durante dois anos,
entre outubro de 2003 e outubro de 2005. Os espécimes
coletados foram incorporados ao herbário CESJ, com
duplicatas nos herbários R e RB. As identificações e os
dados sobre distribuição foram obtidos a partir de análise
das coleções dos herbários BHCB, CESJ, HB, MBM,
OUPR, RB, SP, SPF e VIC (acrônimos segundo Holmgren
et al. 1990) e consulta às obras de Cogniaux (1893-1896),
Pabst & Dungs (1975) e Rodrigues (1877, 1882) e World
Checklist of Monocots (2004). As informações sobre forma
de vida e ambiente foram retiradas das etiquetas dos
espécimes ou observadas durante os trabalhos de campo.
As descrições e ilustrações foram baseadas apenas no material
procedente do Parque.
Resultados e discussão
No PEIB foram registradas 24 espécies distribuídas em
quatro gêneros: Pleurothallis sensu lato é o mais diverso
com 13 espécies, seguido de Octomeria e Stelis, com cinco
espécies cada, e Masdevallia com apenas uma espécie.
A grande maioria das espécies foi encontrada como epífita
no interior das florestas nebulares – ou florestas ombrófilas
densas (Fontes 1997) – destacadamente na Mata Grande.
Este resultado era esperado, e está de acordo com Pridgeon
(1982) que aponta este tipo de ambiente como o principal
habitat dos representantes desta subtribo. A existência destas
áreas de mata no interior do Parque explica a alta diversidade da subtribo em uma região onde a vegetação predominante é o campo rupestre. Apenas seis espécies são também encontradas nas bordas de mata, em transição com o campo (Octomeria aff. rubrifolia, Octomeria wawrae, Pleurothallis rubens e Stelis parvula) ou no campo rupestre (O. alpina, P. johannensis e P. rubens). O modo de vida epifítico também é o mais
difundido entre as espécies e, segundo Gentry & Dodson (1987), os quatro gêneros registrados no Parque estão
entre os maiores gêneros de angiospermas epífitas.
Analisando a distribuição geográfica das espécies pode-se observar um padrão evidente, no qual a grande maioria das espécies está distribuída dentro do domínio atlântico. Exceções a este padrão são Pleurothallis johannensis e P. modestissima, que ocorrem preferencialmente nos campos rupestres de Minas Gerais.
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Chave para os gêneros e espécies de Pleurothallidinae ocorrentes no PEIB
1. Polínias 8; flores agregadas em fascículo; pétalas de tamanho e/ou forma semelhantes às sépalas |
Octomeria |
2. Plantas com até 4 cm alt. |
5. O. aff. rubrifolia |
2’. Plantas maiores que 8 cm alt. |
3. Folhas semi-cilíndricas; sépalas e pétalas com ápice longo-acuminado, amarelas com estrias
vinaceas |
6. O. wawrae |
3’. Folhas planas; sépalas e pétalas com ápice agudo, acuminado ou arredondado, amarelas, creme ou alvas |
4. Ramicaule coberto por bainhas comprimidas lateralmente; sépalas e pétalas alvas com
ápice acuminado |
3. O. diaphana |
4’. Ramicaule coberto por bainhas tubulosas; sépalas e pétalas creme ou amarelas com ápice agudo ou arredondado |
5. Folhas maiores que o ramicaule; fascículo 2-3-floro; sépalas e pétalas creme com ápice arredondado |
4. O. grandiflora |
5’. Folhas menores que o ramicaule; fascículo 15-20-floro; sépalas e pétalas amarelas com
ápice agudo |
2. O. alpina |
1’. Polínias 2; flores em racemo ou em inflorescência 1-flora; pétalas menores e com formas diferentes das sépalas |
6. Inflorescência 1-flora; pedúnculo longo; sépalas caudadas |
1. Masdevallia infracta |
6’. Inflorescência geralmente multiflora (se 1-2-flora, com pedúnculo curto); sépalas não caudadas |
7. Coluna tão larga quanto longa ou mais larga do que longa; estigma apical, bilobado; antera
apical |
Stelis |
8. Plantas com até 5 cm alt |
24. S. parvula |
8’. Plantas maiores que 7 cm alt. |
9. Folhas elípticas |
10. Sépala dorsal maior e de forma diferente das sépalas laterais; flores completamente
verde-claras |
23. S. papaquerensis |
10’. Sépala dorsal de tamanho e forma semelhante às sépalas laterais; flores com
sépalas verde-acastanhadas,
pétalas e labelo vináceo-acastanhados |
22. S. megantha |
9’. Folhas oblanceoladas ou lineares |
11. Folhas oblanceoladas; inflorescência excedendo o comprimento das folhas, mais de
30 flores por inflorescência;
sépalas com a superfície adaxial lisa |
20. S. aprica |
11’. Folhas lineares; inflorescência mais curta que as folhas, ca. 10 flores por
inflorescência; sépalas com a
superfície adaxial verruculosa |
21. S. intermedia |
7’. Coluna mais longa que larga; estigma ventral, inteiro; antera ventral ou subapical |
Pleurothallis |
12. Planta com rizoma conspícuo, reptante ou subreptante |
13. Planta pendente ou apressa ao substrato; folhas maiores que o ramicaule |
14. Planta pendente, folhas assimétricas, sépala dorsal conata na base e conivente no
ápice às sépalas laterais
formando duas aberturas laterais |
7. P. cryptophoranthoides |
14’. Planta crescendo apressa ao substrato, folhas simétricas, sépala dorsal conata na
base, mas livre das
sépalas laterais no ápice |
16. P. recurva |
13’. Planta ereta ou declinada; folhas menores que o ramicaule |
18. P. saundersiana |
15. Planta epífita; inflorescência 1-flora |
15’. Planta saxícola ou terrestre; inflorescência multiflora |
14. P. modestissima |
12’. Planta com rizoma inconspícuo; cespitosa |
16. Inflorescência flexuosa |
17. Inflorescência com floração simultânea, ou seja, todas as flores abertas ao
mesmo tempo |
13. P. marginalis |
17’. Inflorescência com floração sucessiva, com apenas uma ou duas flores abertas por vez |
18. Ramicaule mais longo que a folha; bainhas do ramicaule com margem
ciliada (bainhas lepantiformes) |
15. P. quartzicola |
18’. Ramicaule mais curto que a folha; bainhas do ramicaule com margem lisa |
9. P. hypnicola |
16’. Inflorescência não flexuosa |
19. Ramicaule lateralmente comprimido; pedúnculo e raque lateralmente
comprimidos |
19. P. tricarinata |
19’. Ramicaule cilíndrico, ou de secção triangular próximo ao ápice; pedúnculo e raque cilíndricos
|
20. Lâmina foliar cilíndrica |
10. P. johannensis |
20’. Lâmina foliar plana. |
21. Inflorescência 1-2-flora |
11. P. luteola |
21’. Inflorescência multiflora |
22. Plantas até 6 cm alt.; inflorescência não excedendo em
comprimento o ápice da folha; sépalas e pétalas com ápice longo
acuminado |
8. P. heterophylla |
22’. Plantas maiores que 10 cm alt.; inflorescência excedendo em altura o ápice da folha;
sépalas com ápice agudo e pétalas com ápice agudo ou emarginado |
23. Bainhas do ramicaule pintalgadas de vináceo; ramicaule
cilíndrico na base e de secção triangular próximo à camada
de abscisão da lâmina foliar; flores creme-esverdeadas
matizadas de vináceo |
12. P. malachantha |
23’. Bainhas do ramicaule sem pintas; ramicaule cilíndrico ao
longo de todo o comprimento; flores amarelas |
17. P. rubens |
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Masdevallia Ruiz & Pav.
Ervas epífitas, raramente saxícolas ou terrestres; ramicaule
curto; folha coriácea; inflorescência emergindo abaixo da
camada de abscisão da folha; sépalas com graus variados de
coalescência, freqüentemente caudadas; pétalas pequenas,
com um calo na margem, freqüentemente desenvolvido em
um dente; labelo mais ou menos ligulado, articulado com
uma projeção do pé da coluna; coluna cilíndrica, estigma
ventral, inteiro, antera ventral, polínias 2, caudícula granulosa,
pouco desenvolvida (Luer 1986a).
Masdevallia engloba cerca de 350 espécies, sendo encontrado
do sul do México ao sul do Brasil. É um dos gêneros
de maior diversidade da subtribo, atrás apenas de Pleurothallis s.l., Lepanthes e Stelis (Luer 1986b). Figura também
entre os maiores gêneros de plantas epífitas (Atwood 1986,
Gentry & Dodson 1987). Pabst & Dungs (1975) apontaram,
para o Brasil, aproximadamente 23 espécies, das quais 12
foram posteriormente transferidas para o gênero Dryadella por Luer (1978). |
1. Masdevallia infracta Lindl., Gen. Sp. Orchid. Pl. 193.
1833.
Fig. 2 A-E.
Material examinado: Brasil, Lima Duarte, PEIB, Mata Grande, fl.
cult. X.2004, fl., Menini Neto et al. 173 (CESJ, R, RB).
Distribuição geográfica: Bolívia e Brasil, na Região Sudeste
e no Paraná.
Masdevallia infracta é a única espécie do gênero registrada
para Minas Gerais. É uma espécie epífita, ocorrendo
em ambientes com luminosidade média e umidade alta. No
PEIB, foi encontrada apenas no interior da Mata Grande, formando
uma população de tamanho relativamente grande com
várias touceiras. Pode ser diferenciada das demais espécies
registradas no Parque, pela inflorescência 1-flora, pedúnculo
longo de secção triangular, ramicaule curto, flor grande em
relação às demais espécies da subtribo, com sépalas coalescentes, envolvendo as demais peças do perianto, terminadas
em caudas afiladas.
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Fig. 2. A-E. Masdevallia infracta.
A: Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo. E: Coluna e ovário. F-J. Octomeria alpina. F: Hábito.
G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo. J: Coluna e ovário. L-P. Octomeria diaphana. L: Hábito. M: Flor. N: Perianto dissecado. O: Labelo.
P: Coluna e ovário (A-E. Menini Neto et al. 173, F-J. Menini Neto et al. 138, L-P. Menini Neto et al. 111).
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Octomeria R. Br.
Ervas epífitas ou rupícolas. Folhas planas, cilíndricas ou
tríquetras. Flores simples, agrupadas em um fascículo que
emerge lateralmente próximo ao ápice do ramicaule; sépalas
usualmente iguais entre si, livres, as laterais podendo ser
parcial ou quase inteiramente coalescentes; pétalas grandes,
similares às sépalas; labelo trilobado, com um par de lamelas
no disco, a base presa ao pé da coluna; coluna cilíndrica ou
semicilíndrica, com pé da coluna desenvolvido, antera usualmente
subapical; estigma inteiro, ventral; polínias 8, caudícula
granulosa, pouco desenvolvida (Luer 1986a).
Octomeria possui cerca de 150 espécies, amplamente distribuídas
na região neotropical, com a grande maioria concentrada
no sudeste do Brasil (Luer 1986a). Pabst & Dungs
(1975) estimaram que cerca de uma centena de espécies sejam
encontradas no Brasil.
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2. Octomeria alpina Barb. Rodr., Gen Sp. Orchid. 2: 102.
1881.
Fig. 2 F-J.
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Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, mata próximo
a Lagoa Seca, IV.1994, fr., Forzza et al. 53 (CESJ); mata da Gruta do
Pião, 9.III.2004, fl., Menini Neto et al. 138 (CESJ, R, RB); mata da Gruta
dos Três Arcos, 9.III.2004, fl., Menini Neto et al. 140, (CESJ, R, RB).
Distribuição geográfica: Regiões Sudeste e Sul do Brasil
(exceto Rio Grande do Sul).
Octomeria alpina pode ser observada em vários pontos
do Parque. É uma espécie epífita de interior ou borda de
mata, sendo raramente observada como rupícola no campo
rupestre. Embora seja parte integrante de um grupo denominado por Pabst & Dungs (1975) de Alliance Octomeria crassifolia, composto por táxons de difícil delimitação, é de
fácil diferenciação das demais espécies do gênero ocorrentes
no Parque. São plantas mais robustas que as demais, com
ramicaules mais grossos e folhas mais crassas, flores totalmente
amarelas (exceto pelas duas máculas atrovináceas no
labelo), reunidas em fascículos de 15 a 20 flores. |
3. Octomeria diaphana Lindl., Edwards’s Bot. Reg. 25
(Misc.): 91. 1839.
Fig. 2 L-P.
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Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, Mata
Grande, 12.III.1994, fr., Forzza 89 (CESJ); idem, 6.II.2004, fl./fr., Menini
Neto et al. 111 (CESJ, R, RB); idem, 19.III.2005, fl., Dias-Melo
et al. 213 (RB).
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Rio de Janeiro,
Paraná e Santa Catarina.
Octomeria diaphana é uma espécie epífita de ambientes
úmidos e luminosidade média. No PEIB, foi observada
apenas na Mata Grande, formando grandes populações em
ramos mais baixos de árvore e também em tronco caído de
árvores de grande porte, entre musgos e outras epífitas. Diferencia-se das demais espécies principalmente por apresentar o ramicaule delicado, coberto por bainhas comprimidas lateralmente,
3 a 5 flores por fascículo, com sépalas e pétalas
alvas e acuminadas. Forzza et al. (1994) e Menini Neto &
Forzza (2002) citaram este táxon como O. aff. fialhoensis Dutra ex Pabst.
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4. Octomeria grandiflora Lindl., Edwards’s Bot. Reg. 28:
64. 1842.
Fig. 3. A-E
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Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, Serra de Ibitipoca,
13.V.1970, fl., Krieger & Confúcio s.n. (CESJ 8603); idem,
2.XI.1973, fl., Krieger s.n. (CESJ 13196); PEIB, mata da Gruta dos
Três Arcos, 17.X.1993, fl., Forzza et al. 63 (CESJ); mata da Gruta do
Pião, 2.XII.2003, fl., Menini Neto & Alves 80 (CESJ); sem localidade, 25.III.2001, fl., Heluey & Castro 107 (CESJ).
Distribuição geográfica: Suriname, Trinidad, Bolívia e
Paraguai. No Brasil ocorre no Amazonas, Amapá, Regiões
Sudeste e Sul (exceto Espírito Santo e Rio Grande do Sul).Octomeria grandiflora é uma espécie epífita, do interior
de matas úmidas e sombreadas, tendo sido observada em vários
pontos no PEIB, principalmente nas áreas acima de 1300
m de altitude. Embora O. alpina seja a Octomeria de porte
mais robusto registrada no Parque, O. grandiflora apresenta
os ramicaules e as folhas mais longos dentre as espécies
do gênero na área, sendo outras características distintivas a
lâmina foliar elíptica, 1 a 3 flores por fascículo e sépalas e
pétalas creme, de ápice arredondado. |
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Fig. 3. A-E. Octomeria grandiflora.
A: Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo. E: Coluna e ovário.
F-J. Octomeria aff. rubrifolia. F: Hábito. G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo.
J: Coluna e ovário. L-P. Octomeria wawrae. L: Hábito. M: Flor.
N: Perianto dissecado.
O: Labelo. P: Coluna e ovário
(A-E. Menini Neto & Alves 80, F-J. Menini Neto et al. 40, L-P. Menini Neto et al. 168). |
5. Octomeria aff. rubrifolia Barb. Rodr., Gen. Spec. Orchid.
1: 31. 1877.
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Distribuição geográfica: Minas Gerais.
O. rubrifolia e O. ochroleuca foram descritas por Rodrigues
(1877) que ressalta a afinidade entre as duas.
No
entanto, as características observadas para a espécie aqui registrada
mostram-se intermediárias às descritas e ilustradas
por Rodrigues nas descrições originais das espécies supracitadas, sobretudo no que concerne ao número de flores no
fascículo, à morfologia do labelo e à coalescência existente
entre as sépalas laterais.
Desse modo, em vista da necessidade
de maior estudo deste táxon, preferiu-se adotar a afinidade
de uma das espécies, no caso O. aff. rubrifolia. |
6. Octomeria wawrae Rchb. f. ex Wawra, Itin. Princ. S.
Coburgi 2: 156. 1888.
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Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, mata ciliar
na base da Gruta do Pião, 18.X.2003, fl./fr., Menini Neto et al. 24
(CESJ); mata de candeia entre as Casas dos Pesquisadores e a Ponte de
Pedra, 19.X.2003, fl., Menini Neto et al. 38 (CESJ, R); mata ciliar próximo
ao Lago dos Espelhos, 27.X.2004, fl., Menini Neto et al. 168 (R,
RB); sem localidade, 25.VI.1987, fl., Sousa et al. s.n. (BHCB 15769);
idem, 29.V.1993, fl., Forzza & Salimena-Pires 41 (CESJ).
Distribuição geográfica: Região Sudeste do Brasil (exceto
Espírito Santo). Octomeria wawrae é uma espécie epífita de interior e borda
de mata, ocorrendo também em matas ciliares, em ambientes
com maior ou menor intensidade de luz e umidade.
No PEIB, foi observada em matas ciliares e em mata de candeia.
Distingue-se das demais espécies do gênero registradas
para o Parque pelas folhas semi-cilíndricas, 1-2 flores por
fascículo, sépalas e pétalas amarelo-ouro estriadas de vináceo
e de ápice acuminado.
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Pleurothallis R. Br. sensu lato
Ervas epífitas, rupícolas ou terrestres. Ramicaules prolíficos
ou não, mais curtos ou mais longos do que a folha,
arredondados a lateralmente comprimidos ou alados em secção
transversal. Folha ereta em relação ao ramicaule, plana
a cilíndrica ou lateralmente comprimida. Inflorescência surgindo
lateralmente, abaixo ou na camada de abscisão entre o ramicaule e a folha, com uma flor solitária, simples ou
fasciculada, ou em racemo; sépalas membranáceas a fortemente
carnosas, livres ou variadamente coalescentes; pétalas
membranáceas a fortemente carnosas, 1-3-lobadas; labelo
membranáceo a fortemente carnoso, liso, caloso, papiloso,
pubescente, ciliado ou franjado, 1-5-lobado, a base variadamente articulada com a base da coluna ou ápice do pé da
coluna, algumas vezes inflexivelmente adnato; coluna semicilíndrica,
longa ou curta, alada ou não, denteada ou não, a
base da coluna desenvolvida ou não em um pé com o ápice
do ovário, a ponta do pé algumas vezes alongada além do
ovário, estigma apical a ventral, 1-2-lobado, antera apical a
ventral, encoberta ou exposta,
polínias 2, nuas ou com caudícula, granulosa, pouco
desenvolvida (Luer 1986c).
Pleurothallis sensu lato apresenta distribuição neotropical
e abriga aproximadamente 2000 espécies (Luer 1986a).
É o maior gênero de Angiospermas epífitas e um dos maiores
de Orchidaceae (Atwood 1986; Luer 1986c; Gentry &
Dodson 1987). Pabst & Dungs (1975) citaram cerca de 300
espécies para o Brasil, mas em conseqüência de descrições de novas espécies, novos registros e sinonimizações, este número
já foi bastante alterado, necessitando ser revisto. Em
conseqüência deste número elevado de táxons e da grande
diversidade de formas, sua história taxonômica é bastante
controversa. Lindley (1859) já apontava para a necessidade
do desmembramento do gênero, mas em decorrência do
pequeno número de materiais disponíveis e conhecimento
insuficiente das espécies na época, não foi possível fazê-lo.
Luer (1986a) afirmou que “um Pleurothallis deveria ser descrito
como qualquer Pleurothallidinae que não se encaixe em
nenhum outro gênero”. Pridgeon et al. (2001) demonstraram
que o gênero não é monofilético e Pridgeon & Chase
(2001) realizaram o desmembramento de Pleurothallis em
10 outros gêneros. Luer (2002) destacou vários problemas
nas análises apresentadas por estes autores e não aceitou a
classificação por eles proposta. Por outro lado, Luer (2004,
2006), fez novas combinações diferentes das apresentadas
por Pridgeon & Chase (2001). Diante dessas recentes alterações
e incongruências na taxonomia do gênero, optou-se
pela utilização de Pleurothallis sensu lato, como reconhecido
por Pabst & Dungs (1975).
|
7. Pleurothallis cryptophoranthoides Loefgr., Arch. Jard.
Bot. Rio de Janeiro 2: 52. 1918.
Fig. 4 A-E.
|
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, mata da
caixa d’água, 7.IV.1987, fl., Sousa s.n. (BHCB 16647); Mata Grande, fl.
cult. III.2005, fl., Menini Neto et al. 176 (CESJ, R, RB).
Distribuição geográfica: Região Sudeste do Brasil.
Pleurothallis cryptophoranthoides é uma espécie epífita,
de interior de mata úmida e sombreada.
Foi observada no
interior da Mata Grande, formando algumas touceiras relativamente
grandes, no tronco de uma árvore de grande porte,
próximo a uma área alagada da mata.
Pode ser facilmente diferenciada
até mesmo quando estéril por ser uma planta pendente,
com folhas assimétricas, discolores, verde-escuras na
face adaxial e atrolilacíneas na face abaxial, com as margens
revolutas.
Suas flores surgem numa inflorescência muito curta,
com até quatro flores, de coloração vinácea matizadas de
creme, que não se abrem totalmente, devido à postura conivente
do ápice das sépalas, deixando apenas duas pequenas
aberturas laterais, de maneira semelhante às flores do gênero Cryptophoranthus. |
|
Fig. 4. A-E. Pleurothallis cryptophoranthoides
A: Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo. E: Coluna e ovário.
F-J. Pleurothallis
heterophylla. F: Hábito. G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo.
J: Coluna e ovário. L-P. Pleurothallis hypnicola. L: Hábito. M: Flor.
N:
Perianto dissecado. O: Vista lateral do labelo. P: Coluna e ovário
(A-E. Menini Neto et al. 176, F-J. Menini Neto et al. 177, L-P. Menini Neto
et al. 134). |
8. Pleurothallis heterophylla (Barb. Rodr.) Cogn. in
Mart., Fl. bras. 3(4): 556. 1896.
Fig. 4 F-J.
|
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, mata em
frente às Casas dos Pesquisadores, fl. cult. VIII.2004, fl., Menini Neto
et al. 177 (CESJ, R); sem localidade, 26.IV.1988, fl., Andrade & Drummond
1160 (BHCB).
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Rio de Janeiro,
Espírito Santo, São Paulo e Paraná. Pleurothallis heterophylla é uma espécie epífita, de interior
de mata, ocorrendo em locais com umidade alta e relativamente
sombreados. No PEIB foi registrada em mata ciliar,
na borda de curso d'água, junto a musgos e outras epífitas. É
uma planta aparentemente rara na área, tendo sido observada
apenas uma pequena touceira. Diferencia-se das demais
espécies do gênero ocorrentes no Parque pela inflorescência
mais curta ou de igual comprimento ao da folha, flores
grandes em relação ao tamanho da planta, com peças florais
dispostas de maneira semelhante a uma estrela. |
9. Pleurothallis hypnicola Lindl., Edwards’s Bot. Reg.
28: 75. 1842.
Fig. 4 L-P.
|
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, Mata
Grande, 09.III.2004, fl./fr., Menini Neto et al. 134 (CESJ, R, RB); idem,
30.VI.2004, fl./fr., Assis et al. 1054 (RB).
Distribuição geográfica: Regiões Sudeste e Sul do Brasil.
Pleurothallis hypnicola é uma espécie epífita, ocorrendo em
grande variedade de ambientes: florestas ombrófilas, capões no
campo rupestre, matas ciliares, florestas semideciduais e matas
de restinga. No PEIB, foi observada apenas na Mata Grande,
em áreas mais ou menos sombreadas, úmidas, formando grandes
touceiras em troncos caídos e ramos e troncos de árvores
baixas. Diferencia-se das demais espécies do gênero na área
pelo ramicaule mais curto do que a lâmina foliar, folhas com
a base canaliculada, inflorescência flexuosa com abertura sucessiva
das flores. Pleurothallis hypnicola é freqüentemente
identificada nos herbários como P. cuneifolia Cogn., nome considerado
sinônimo por Pabst & Dungs (1975). |
10. Pleurothallis johannensis Barb. Rodr., Gen. Sp. Orchid.
2: 23. 1881.
Fig. 5 A-E.
|
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, Serra de Ibitipoca,
3.XI.1973, Krieger s.n. (CESJ 13217); PEIB, sem localidade,
3.IV.1993, fr., Forzza et al. 11 (CESJ); idem, 12.XI.1993, fl.,
Forzza et al. 70 (CESJ); idem, 8.II.1996, fr., Rodela Q2-24 (CESJ);
idem, 1.XII.2003, fl., Menini Neto & Alves 45 (CESJ, R, RB); idem, 20.XII.2003, fl., Menini Neto & Ferreira 81 (CESJ).
Distribuição geográfica: Minas Gerais.
Pleurothallis johannensis é uma espécie rupícola, que
forma grandes populações nos afloramentos do campo rupestre,
sendo encontrada por praticamente todo o PEIB,
mas ocorre com menor freqüência acima dos 1500 m de
altitude. Esta é a espécie mais fácil de ser diferenciada dentre
os Pleurothallis ocorrentes no PEIB, em virtude de ser
rupícola e de apresentar folhas cilíndricas e carnosas, de
coloração que varia do amarelo-esverdeado ao atrovináceo.
Suas flores são carnosas, de odor desagradável, surgindo
em inflorescências eretas, mais baixas ou pouco mais altas
que as folhas. Forzza et al. (1994) citaram esta espécie com P. teres Lindl. |
|
Fig. 5. A-E. Pleurothallis johannensis
A: Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo. E: Coluna e ovário.
F-J. Pleurothallis luteola. F: Hábito. G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo.
J: Coluna e ovário. L-P. Pleurothallis malachantha. L: Hábito. M: Flor.
N: Perianto
dissecado. O: Vista lateral do labelo. P: Coluna e ovário
(A-E. Menini Neto & Ferreira 81, F-J. Menini Neto et al. 158,
L-P. Menini Neto &
Ferreira 90).
|
11. Pleurothallis luteola Lindl., Edwards’s Bot. Reg. 27:
1. 1841.
Fig. 5 F-J.
|
Distribuição geográfica: Regiões Sudeste e Sul do Brasil.
Pleurothallis luteola é uma espécie epífita, que ocorre em
locais úmidos e sombreados, geralmente em matas ciliares,
próximo a cursos d'água.
No PEIB, foi registrada apenas no
interior da Mata Grande.
Pode-se diferenciá-la das demais espécies
de Pleurothallis do PEIB principalmente pelo ramicaule
com o terço superior lateralmente comprimido e canaliculado,
pela inflorescência curta, 1-2-flora, apoiada na base da folha e
labelo com duas fileiras de pequenas pintas vináceas.
Freqüentemente
identificada nos herbários como P. caespitosa Barb.
Rodr., nome considerado sinônimo (Pabst & Dungs 1975). |
12. Pleurothallis malachantha Rchb. f., Bonplandia 3:
223. 1855.
Fig. 5 L-P.
|
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, mata próximo
à Portaria, 21.XII.2003, fl., Menini Neto & Ferreira 90 (CESJ, R);
sem localidade, 17.II.1987, fl., Sousa s.n. (BHCB 9832).
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Rio de Janeiro e
Paraná.
Pleurothallis malachantha é uma espécie epífita de interior
de mata, observada, no PEIB, próximo à base dos
troncos de árvores, entre outras epífitas.
Diferencia-se das
demais espécies de Pleurothallis registradas no Parque principalmente
pelas bainhas do ramicaule pintalgadas de vináceo,
pelo ápice do ramicaule de secção triangular e pelas
flores creme-esverdeadas estriadas de vináceo. |
13. Pleurothallis marginalis Rchb. f., Bonplandia 3: 224.
(1855).
Fig. 6 A-E.
|
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, Mata
Grande, fl. cult. X.2004, fl., Menini Neto et al. 162 (CESJ, R, RB).
Distribuição geográfica: Regiões Sudeste e Sul do Brasil.
Pleurothallis marginalis é uma espécie epífita, preferencialmente
de lugares úmidos e sombreados. No Parque foi
observada apenas no interior da Mata Grande, formando
touceiras em ramos finos de árvores baixas, entre musgos.
Pode-se distingui-la das demais espécies de Pleurothallis
registradas para o Parque em virtude de seu pequeno porte
e pela inflorescência flexuosa, com pequenas flores creme esverdeadas, simultâneas. Esta espécie é freqüentemente
identificada nos herbários como uma variedade de Pleurothallis
grobyi Bateman ex Lindl. No entanto, algumas características,
a despeito de sua afinidade, permitem sua distinção:
o porte de P. marginalis é sempre menor do que o de P.
grobyi, bem como o comprimento e o número de flores em
sua inflorescência e o tamanho das flores. Outra característica
que as distingue é a presença de três listras vináceas na
sépala dorsal e duas no labelo, em P. grobyi, ausentes em Pleurothallis
marginalis. |
|
Fig. 6. A-E. Pleurothallis marginalis.
A: Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo.
E: Coluna e ovário.
F-J. Pleurothallis modestissima.
F: Hábito.
G: Flor. H: Perianto dissecado.
I: Labelo.
J: Coluna e ovário.
L-Q. Pleurothallis quartzicola. L: Hábito.
M: Flor.
N: Perianto
dissecado.
O: Labelo. P: Coluna e ovário.
Q: Detalhe da bainha do ramicaule
(A-E. Menini Neto et al. 162, F-J. Menini Neto & Ferreira 85,
L-Q. Menini Neto et al. 114). |
14. Pleurothallis modestissima Rchb. f., Otia Bot. Hamburg.:
93. 1881.
Fig. 6 F-J.
|
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, base da
Lombada, 1.XII.2003, bot., Menini Neto & Alves 51 (CESJ, R); trilha
ao lado da estrada entre a Portaria e o Centro de Informações,
21.XII.2003, fl., Menini Neto & Ferreira 85 (CESJ, R); sem localidade,
25.VI.1987, fl., Sousa et al. s.n. (BHCB 16691); idem, 17.IV.1993, fl./ fr., Forzza & Brügger 19 (CESJ).
Distribuição geográfica: Minas Gerais.
Pleurothallis modestissima pode ser observada em vários
pontos do Parque, na transição das matas com o campo rupestre, geralmente em lugares úmidos.
Distingue-se das demais
espécies do gênero encontradas na área por ser a única
saxícola de hábito reptante, pelas folhas em geral cordadas,
inflorescência apressa às folhas e flores vináceas. Esta espécie
é integrante de um grupo de espécies muito semelhantes,
junto com P. prolifera Herb. ex Lindl., P. hamosa Barb. Rodr.
e P. limae Porto & Brade, das quais difere, como seu nome
sugere, pelo menor porte e menor tamanho das flores. No
entanto, as relações e identidades dos táxons deste grupo
não são muito claras, necessitando maior estudo para melhor
delimitação das espécies.
Forzza et al. (1994), Andrade & Sousa (1995) e Menini Neto & Forzza (2002) citaram esta
espécie como P. prolifera. |
15. Pleurothallis quartzicola (Barb. Rodr.) Cogn. in
Mart., Fl. bras. 3(4): 581. 1896.
Fig. 6 L-Q.
|
Pleurothallis quartzicola é uma espécie epífita de interior
de mata.
No PEIB foi observada apenas na Mata Grande,
próximo à extremidade contígua à Matinha, sobre árvore de
pequeno porte, entre musgos e líquens.
Parece ser uma espécie
rara, dado o pequeno número de coletas registradas nos
herbários.
Distingue-se das demais espécies de Pleurothallis do Parque principalmente pelo conjunto de bainhas lepantiformes,
castanhas, recobrindo todo o ramicaule, inflorescência
flexuosa e folha carnosa, menor que o ramicaule. |
16. Pleurothallis recurva Lindl., Edwards’s Bot. Reg. 27
(Misc.): 1. 1841.
Fig. 7 A-E.
|
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, Mata
Grande, fl. cult. XI.2006, fl., Menini Neto et al. 237 (CESJ).
Distribuição geográfica: Regiões Sudeste e Sul do Brasil.
Pleurothallis recurva é uma espécie epífita de interior
de mata.
No PEIB foi observada apenas na Mata Grande.
Distingue-se das demais espécies de Pleurothallis do Parque
principalmente pela forma de crescimento apressa ao substrato,
em direção à base do forófito, inflorescência curta,
com poucas flores simultâneas e sépalas laterais totalmente
coalescentes.
|
|
Fig. 7. A-E. Pleurothallis recurva
A. Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo. E. Coluna e ovário.
F-J. Pleurothallis rubens. F: Hábito.
G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo.
J: Coluna e ovário. L-P. Pleurothallis saundersiana. L: Hábito. M: Flor.
N: Perianto dissecado.O: Labelo. P: Coluna e ovário.
(A-E. Menini Neto et al. 237, F-J. Menini Neto et al. 31, L-P. Menini Neto et al. 37). |
17. Pleurothallis rubens Lindl., Edwards’s Bot. Reg. 21:
t. 1797. 1835.
Fig. 7 F-J.
|
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, próximo
à Gruta do Pião, fl. cult. XII.2003, fl., Menini Neto et al. 31 (CESJ,
R); trilha Monjolinho-Lagoa Seca, 29.VI.2004, fr., Assis et al. 1033
(RB); sem localidade, 20.I.1987, fl., Sousa s.n. (BHCB 16157); idem,
28.II.1993, fl., Forzza 78 (CESJ).
Distribuição geográfica: Pernambuco, Bahia e estados
das Regiões Sudeste e Sul do Brasil.
Pleurothallis rubens é uma espécie predominantemente
epífita, encontrada em uma grande variedade de habitats,
desde campos rupestres até matas úmidas. É muito freqüente
no PEIB, sendo observado no campo rupestre e em bordas e
interior das matas, sempre como epífita. É a espécie de Pleurothallis
registrada no Parque que apresenta as plantas mais
robustas, sendo também diferenciada das demais pela longa
inflorescência de flores amarelas, que ultrapassa o comprimento
da folha. |
18. Pleurothallis saundersiana Rchb. f., Gard. Chron.
1866: 74. 1866.
Fig. 7 L-P.
|
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, Serra de Ibitipoca,
5.VII.1975, fl., Krieger s.n. (CESJ 13679); PEIB, entre o Centro de
Informações e a Ponte de Pedra, 18.X.2003, fr., Menini Neto et al. 37
(CESJ); mata ao lado da estrada entre a Portaria e o Centro de Informações,
9.III.2004, fl., Menini Neto et al. 121 (CESJ, R); sem localidade, 15.V.1993, fl., Forzza 32 (CESJ).
Distribuição geográfica: Bolívia, Peru e Brasil, na Bahia
e Regiões Sudeste e Sul.
Pleurothallis saundersiana é uma espécie epífita, encontrada
em uma grande variedade de habitats: matas ciliares,
capões de mata no campo rupestre, matas ombrófilas e matas
de restinga.
No PEIB forma grandes populações nos ramos
e troncos das árvores, em capões de mata.
Distingue-se das
demais espécies de Pleurothallis do Parque por ser a única
espécie epífita que apresenta o hábito reptante e por possuir
inflorescência 1-flora. Freqüentemente encontrada nos herbários
identificada como P. josephensis Barb. Rodr., nome
considerado sinônimo (Pabst & Dungs 1975). |
19. Pleurothallis tricarinata Poepp. & Endl., Nov. Gen.
Sp. Pl. 1: 49. 1836.
Fig. 8 A-E.
|
Distribuição geográfica: Equador, Bolívia, Peru e Brasil,
na Região Sudeste e no Paraná.
Pleurothallis tricarinata é uma espécie epífita, de interior
de mata, sendo freqüentemente encontrada em matas
ciliares.
No PEIB ocorre apenas no interior da Mata Grande
próximo à extremidade contígua à Matinha, formando touceira
em tronco de árvore de baixo porte, entre musgos e
líquens.
Diferencia-se das demais espécies de Pleurothallis
do Parque em vista de seus ramicaules, inflorescência e flores
fortemente comprimidas lateralmente, além de possuir as
sépalas com quilhas muito desenvolvidas.
Frequentemente
encontrada nos herbários identificada como P. platystachys Regel, nome considerado sinônimo por Luer (2004). |
|
Fig. 8. A-E. Pleurothallis tricarinata.
A: Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo. E: Coluna e ovário.
F-J. Stelis aprica. F: Hábito. G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo.
J: Vista lateral do labelo. L: Coluna e ovário. M-Q. Stelis intermedia. M: Hábito.
N: Flor. O: Perianto
dissecado. P: Labelo. Q: Coluna e ovário.
(A-E. Menini Neto et al. 434, F-L. Menini Neto et al. 127, M-Q. Menini Neto et al. 159). |
Stelis Sw.
Ervas epífitas ou saxícolas. Folha freqüentemente estreitada
na base formando um pseudopecíolo. Inflorescência em
racemo, sempre pluriflora, surgindo no ápice do ramicaule,
próximo à base da folha; flores geralmente muito reduzidas; sépalas conatas em maior ou menor grau, comumente formando
um sinsépalo triangular; pétalas usualmente muito
pequenas, com a margem engrossada, dispostas lateralmente
à coluna e ao labelo; labelo usualmente muito pequeno, carnoso;
coluna curta e larga; antera e estigma apicais, estigma
geralmente bilobado, polínias 2, caudícula granulosa, pouco
desenvolvida (Garay 1979; Luer 1986a).
Stelis é um gênero com ampla distribuição na América
tropical e abriga cerca de 500 espécies (Luer 1986a). As flores
da grande maioria das espécies são bastante características,
sendo as sépalas unidas entre si na base, em maior ou
menor grau, formando um sinsépalo relativamente plano, de
forma próxima a de um triângulo, tendo na região central as
pétalas e o labelo, freqüentemente muito pequenos. Porém
com a proposta de Pridgeon & Chase (2001) que desmembrou Pleurothallis, muitas espécies atribuídas a este gênero
foram realocadas sob Stelis, modificando os caracteres que o
define, posicionamento não adotado neste trabalho.
O trabalho mais abrangente realizado com Stelis é o de
Garay (1979) onde são apresentados tratamento taxonômico
e ilustrações das flores de uma porcentagem expressiva das
espécies. Pabst & Dungs (1975) apontaram cerca de 60 espécies
para o Brasil, mas em decorrência das sinonímias feitas
por Garay (1979), este número necessita ser revisto |
20. Stelis aprica Lindl., Companion Bot. Mag. 2: 353.
1836.
Fig. 8 F-L.
|
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, Serra de Ibitipoca,
12.V.1970, fr., Krieger s.n. (CESJ 8593); PEIB, mata da Gruta do
Pião, 9.III.2004, fl., Menini Neto et al. 127 (CESJ, R, RB).
Distribuição geográfica: América tropical.
Stelis aprica é uma espécie epífita de interior de mata,
ocorrendo em ambientes com luminosidade média e umidade
alta.
No Parque foi observada nas matas nebulares, formando
touceiras nos ramos mais baixos das árvores, junto
de outras epífitas.
Distingue-se das demais espécies de Stelis registradas no PEIB pelas folhas estreitas, oblanceoladas, inflorescência
muito longa, portando até 70 flores verde-claras,
diminutas, com labelo trilobado, de lobo mediano triangular.
Freqüentemente encontrada nos herbários identificada como S. catharinensis Lindl., nome considerado sinônimo por Garay
(1979). |
21. Stelis intermedia Poepp. & Endl., Nov. Gen. Sp. Pl.
1: 46. 1836.
Fig. 8 M-Q.
|
Distribuição geográfica: Pabst & Dungs (1975) citaram Stelis intermedia para o norte da América do Sul, Minas Gerais
e Rio de Janeiro.
Garay (1979) colocou na sinonímia
de S. intermedia duas espécies aceitas como distintas por
Pabst & Dungs (1975), S. drosophila Barb. Rodr. e S. dusenii Garay.
Desse modo, a distribuição de S. intermedia em território
brasileiro deve ser alterada, para incluir a distribuição
atribuída a esses dois sinônimos, ampliando-se para os demais
estados das Regiões Sudeste e Sul do país.
Stelis intermedia é uma espécie epífita, ocorrendo em interior
de matas ombrófilas, matas ciliares, matas nebulares ou mata de restinga.
No PEIB foi registrada no interior da
Mata Grande, junto a outras epífitas em galho de árvore caído.
Difere das demais espécies pelas folhas lineares e inflorescência
curva, com cerca de 10 flores verde-claras. |
22. Stelis megantha Barb. Rodr., Gen. Sp. Orchid. 2: 83.
1881.
Fig. 9 A-E.
|
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, Mata
Grande, III.1994, fl., Forzza et al. 60 (CESJ); idem, 30.III.2004, fl.,
Menini Neto et al. 148 (CESJ, R).
Distribuição geográfica: Regiões Sudeste e Sul do Brasil.
Stelis megantha é uma espécie epífita, de interior de mata,
habitando locais sombreados e com alta umidade.
No PEIB
foi encontrada apenas no interior da Mata Grande e na extremidade
contígua à Matinha, formando grandes touceiras,
freqüentemente próximo dos cursos d’água. Difere das demais Stelis ocorrentes no PEIB pelo porte robusto e pelas
flores, que fazem jus ao nome, por estarem entre as maiores
flores observadas no gênero. Freqüentemente encontrada
nos herbários identificada como S. macrochlamys Hoehne & Schltr., nome considerado sinônimo por Pabst & Dungs
(1975) e Garay (1979). |
|
Fig. 9. A-E. Stelis megantha.
A: Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo. E: Coluna e ovário.
F-J. Stelis papaquerensis. F: Hábito. G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo.
J: Coluna e ovário. L-P. Stelis parvula. L: Hábito. M: Flor. N: Perianto dissecado.
O: Labelo. P:
Coluna e ovário
(A-E. Menini Neto et al. 148, F-J. Menini Neto et al. 157, L-O. Menini Neto & Alves 78). |
23. Stelis papaquerensis Rchb. f., Linnaea 22: 822.
1849.
Fig. 9 F-J.
|
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, Mata
Grande, fl. cult. V.2004, fl., Menini Neto et al. 157 (CESJ, R, RB).
Distribuição geográfica: Pabst & Dungs (1975) registraram
esta espécie para os estados do Amazonas, Pernambuco
e Minas Gerais, além da Venezuela. No entanto, Garay
(1979) atribuiu vários sinônimos a Stelis papaquerensis, de
forma que sua distribuição em território brasileiro é maior
do que a apresentada por Pabst & Dungs (1975), incluindo
os estados das Regiões Sudeste (exceto Espírito Santo) e Sul
do país.
Stelis papaquerensis ocorre como epífita, no interior de
matas úmidas e sombreadas.
No PEIB foi registrada no interior
da Mata Grande, junto a outras epífitas nos ramos de
árvores mais baixas.
Apresenta inflorescências longas, portando
20-30 flores verde-claras, com a sépala dorsal de forma e tamanho diferentes do que as sépalas laterais |
24. Stelis parvula Lindl., Folia Orch. 8: 7. 1879.
Fig. 9 L-P.
|
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, mata da
Gruta dos Três Arcos, X.1994, bot., Forzza et al. 64 (CESJ); mata da
Gruta do Monjolinho, X.1994, bot., Forzza et al. 52 (CESJ); idem,
18.X.2003, bot., Menini Neto et al. 25 (CESJ); mata da Gruta do Pião, 2.XII.2003, fl., Menini Neto & Alves 78 (CESJ, R, RB).
Distribuição geográfica: anteriormente citada apenas para o México e América Central (World Checklist of Monocots
2004), S. parvula foi referida para o Brasil por Toscano de
Brito (1995). Os materiais examinados nos herbários indicam
que além da Bahia, esta espécie também ocorre no Rio
de Janeiro e em Minas Gerais.
Stelis parvula é uma espécie epífita, de interior e borda
de mata nebular, em locais com alta umidade e luminosidade
média. Foi observada em vários pontos do Parque sempre
acima de 1400m de altitude. |
Distingue-se das demais Stelis do Parque pelo tamanho reduzido, sendo a menor dentre
as espécies do gênero na área, brácteas florais destacadas,
grandes em relação às flores, flores com sépalas verde-claras
a amareladas e pétalas e labelo vináceos.
Toscano de Brito
(1995) fez o primeiro registro desta espécie para o Brasil e
afirmou que os espécimes do Pico das Almas são idênticos
ao material tipo de S. parvula. O material examinado para o Parque está de acordo com um dos materiais citados e
com a descrição apresentada na referida flora (Harley et al.
26924), sendo também semelhante à ilustração apresentada
por Garay (1979) para a espécie. Além do material coletado
no Parque, algumas coleções indeterminadas depositadas
nos herbários são também muito semelhantes ao material
do Pico das Almas. Forzza et al. (1994) citaram esta espécie
como Stelis sp. e Menini Neto & Forzza (2002) citaram
como S. drosophila. |
Agradecimentos
Ao IEF-MG, em especial à administração e aos funcionários
do Parque por todo apoio e incentivo para o desenvolvimento
deste trabalho. À FAPERJ pela bolsa concedida ao
primeiro autor (processo E-26/151779/2003). Aos pesquisadores
Fábio de Barros, Marcus Nadruz e Andrea Costa, e a
um revisor anônimo pelas valiosas sugestões.
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*** Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rua Pacheco Leão 915, 22460-030 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fotos: Luiz Menini Neto
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