A subtribo Pleurothallidinae (Orchidaceae) no
Parque Estadual de Ibitipoca, Minas Gerais, Brasi
l (1)


Luiz Menini Neto*, Ruy José Válka Alves** & Rafaela Campostrini Forzza***



(1) Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor, desenvolvida no programa de pós-graduação em Ciências Biológicas (Botânica) do Museu Nacional/UFRJ.

Reprodução autorizada e adaptada de trabalho publicado Bol. Bot. Univ. São Paulo 25(2): 253-278. 2007 - 253 (26043001)


Resumo

(A subtribo Pleurothallidinae (Orchidaceae) no Parque Estadual de Ibitipoca, Minas Gerais – Brasil. O Parque Estadual de Ibitipoca (PEIB), situado no sudeste do estado de Minas Gerais, apresenta em sua área um mosaico de formações vegetais, onde o campo rupestre ocupa a maior extensão, sendo entremeado por áreas florestais. Em um levantamento da subtribo Pleurothallidinae foram registradas 24 espécies distribuídas em quatro gêneros: Pleurothallis (sensu lato) foi o mais numeroso com 13 espécies, seguido por Octomeria e Stelis, com cinco espécies cada, e Masdevallia com apenas uma espécie. A grande maioria dos táxons foi encontrada como epífita no interior de floresta. Apenas seis espécies também foram registradas na borda das matas, na transição do campo rupestre com a mata ou no campo rupestre. O estudo da distribuição geográfica revelou um novo registro para a flora de Minas Gerais e ampliou o conhecimento sobre a distribuição de muitas espécies, destacando a semelhança da flora de Orchidaceae da área estudada com áreas da floresta Atlântica. São apresentados descrições (as descrições of the species foram omitidas nesta adaptação, por questão de espaço) e chaves de identificação dos gêneros e espécies, comentários e ilustrações.


Introdução

O Parque Estadual de Ibitipoca (PEIB), situado no sudeste do estado de Minas Gerais, apresenta em sua área um interessante mosaico de formações vegetais, das quais o campo rupestre ocupa a maior extensão (Salimena-Pires 1997, Rodela 1998). O Parque é a menor unidade de conservação do estado de que tem o campo rupestre como sua principal formação (Vitta 2002), sendo também uma das Unidades de Conservação mais visitadas no Brasil. Na segunda edição do Atlas para a conser vação da biodiversidade de Minas Gerais, a Serra do Ibitipoca figura entre as áreas prioritárias para a conservação no estado, citada na categoria de importância biológica especial, o nível mais alto adotado (Drummond et al. 2005).
Desde o século XIX há relatos de vários naturalistas que percorreram a Serra de Ibitipoca, como Auguste de Saint-Hilaire (Saint-Hilaire 1822), Carl August Wilhelm Schwacke, em 1896 (Urban 1906) e Álvaro Astolfo da Silveira, no ano 1912 (Silveira 1928). Geraldo Mendes Magalhães coletou, na Serra de Ibitipoca, material que viria a ser parte de uma listagem preparada por Ferreira & Magalhães (1977), a primeira realizada para a área, contendo 48 espécies distribuídas em 15 famílias. No fim da década de 1960, o Padre Leopoldo Krieger, então professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, iniciou a coleção base para a Flora da Serra de Ibitipoca, ampliando-a ao longo das décadas seguintes (Salimena-Pires 1997). Desde então, alguns trabalhos que enfocam a flora do PEIB foram realizados, apresentando listas de espécies ou tratamentos taxonômicos para algumas famílias (Forzza et al. 1994, Andrade & Sousa 1995, Fontes 1997, Rodela 1998, Carvalho et al. 2000, Menini Neto & Forzza 2002, Milward-de-Azevedo 2007).
Orchidaceae possui aproximadamente 20.000 espécies distribuídas por todo o planeta (Dressler 1993), apresentando alta diversidade no neotrópico (Christenson 2004). O Brasil abriga cerca de 2400 espécies (Barros 1996), distribuídas pelos vários ecossistemas, não sendo diferente nos campos rupestres, de modo que muitas vezes figura entre as famílias de maior diversidade (Harley & Simmons 1986, Giulietti et al. 1987, Peron 1989, Alves 1991, Pirani et al. 1994, 2003, Stannard 1995, Zappi et al. 2003).
A subtribo Pleurothallidinae apresenta cerca de 4000 espécies distribuídas em aproximadamente 30 gêneros, predominantemente epífitas, com distribuição exclusivamente neotropical (Luer 1986a), possuindo dois centros de diversidade, as florestas nebulares da cordilheira andina e montanhas da América Central, sendo também bem diversificada na floresta atlântica, na costa do Brasil.
O objetivo deste trabalho foi inventariar as espécies da subtribo Pleurothallidinae ocorrentes no Parque Estadual de Ibitipoca, de maneira a ampliar o conhecimento da flora da Unidade e de Minas Gerais, bem como contribuir para o melhor entendimento da taxonomia e distribuição geográfica das espécies do grupo.


Fig. 1. Localização do Parque Estadual de Ibitipoca e destaque dos principais pontos de coleta na área.


Material e métodos

Área de estudo

O PEIB está situado nos municípios de Santa Rita de Ibitipoca e Lima Duarte, entre as coordenadas 21º40’-21º44’S e 43º52’-43º55’W (Fig. 1). Inicialmente abrangia uma área de 1488 ha da Serra de Ibitipoca, ampliada para 1923,5 ha no ano de 2004 a partir de novas medições. A Serra de Ibitipoca faz parte do Complexo da Mantiqueira, cujo relevo caracteriza- se por escarpas altas ou colinas com altitudes variáveis entre 1200 e 1800 m (CETEC 1983). A área do PEIB apresenta-se como uma ilha, com altitudes destacadas de seu entorno, no qual predominam colinas mais baixas (Rodela 1998). Possui cotas altimétricas médias de 1500 a 1600m, sendo o ponto mais baixo em torno de 1200m de altitude, e estando o ponto culminante, a Lombada ou Pico do Ibitipoca, na vertente oeste, aos 1784m de altitude. Na vertente leste, localiza-se o segundo ponto mais alto do Parque, o Pico do Pião, aos 1721m de altitude (Rodela 1998). O relevo do Parque é bastante escarpado, com paredões e grutas por toda a área. Destacam-se, no relevo, duas cuestas, uma a leste (onde se encontra o Pico do Pião) e outra a oeste (onde se encontra a Lombada), inclinadas para o interior do vale, onde correm o rio do Salto e o córrego da Mata (Corrêa Neto 1997), que se aprofunda para o sul, em direção à queda da cachoeira dos Macacos. O clima da região é classificado como Cwb (classificação de Köppen): mesotérmico úmido, com verões amenos e invernos secos. A precipitação anual média é de 1532 mm e a temperatura média de 18,9 ºC (CETEC 1983). As formações vegetacionais do PEIB apresentam-se como um mosaico, havendo várias propostas de denominação de seus tipos. Andrade & Sousa (1995) dividiram o Parque em quatro formações básicas: campo graminoso, campo rupestre, campo com arbustos e arvoretas [com predominância da Asteraceae conhecida popularmente como candeia – Eremanthus erythropappus (DC.) MacLeish] e capões de mata. Salimena-Pires (1997) diferenciou seis tipos vegetacionais: campo rupestre (senso estrito), campo rupestre arborizado, campo gramíneo-lenhoso, mata de galeria, floresta estacional semidecidual montana e brejo estacional. Rodela (1998) apresentou uma divisão em sete tipos vegetacionais no Parque: remanescentes de floresta estacional semidecidual montana, floresta ombrófila densa altimontana, mata ciliar e capão de mata, cerrado de altitude, campo rupestre, campo herbáceo-graminoso e campo encharcável. Por outro lado, Fontes (1997) classificou as florestas do interior do Parque como ombrófilas densas ou nebulares.


Trabalho de campo e laboratório

Foram realizadas coletas bimestrais durante dois anos, entre outubro de 2003 e outubro de 2005. Os espécimes coletados foram incorporados ao herbário CESJ, com duplicatas nos herbários R e RB. As identificações e os dados sobre distribuição foram obtidos a partir de análise das coleções dos herbários BHCB, CESJ, HB, MBM, OUPR, RB, SP, SPF e VIC (acrônimos segundo Holmgren et al. 1990) e consulta às obras de Cogniaux (1893-1896), Pabst & Dungs (1975) e Rodrigues (1877, 1882) e World Checklist of Monocots (2004). As informações sobre forma de vida e ambiente foram retiradas das etiquetas dos espécimes ou observadas durante os trabalhos de campo. As descrições e ilustrações foram baseadas apenas no material procedente do Parque.


Resultados e discussão

No PEIB foram registradas 24 espécies distribuídas em quatro gêneros: Pleurothallis sensu lato é o mais diverso com 13 espécies, seguido de Octomeria e Stelis, com cinco espécies cada, e Masdevallia com apenas uma espécie. A grande maioria das espécies foi encontrada como epífita no interior das florestas nebulares – ou florestas ombrófilas densas (Fontes 1997) – destacadamente na Mata Grande.
Este resultado era esperado, e está de acordo com Pridgeon (1982) que aponta este tipo de ambiente como o principal habitat dos representantes desta subtribo. A existência destas áreas de mata no interior do Parque explica a alta diversidade da subtribo em uma região onde a vegetação predominante é o campo rupestre. Apenas seis espécies são também encontradas nas bordas de mata, em transição com o campo (Octomeria aff. rubrifolia, Octomeria wawrae, Pleurothallis rubens e Stelis parvula) ou no campo rupestre (O. alpina, P. johannensis e P. rubens). O modo de vida epifítico também é o mais difundido entre as espécies e, segundo Gentry & Dodson (1987), os quatro gêneros registrados no Parque estão entre os maiores gêneros de angiospermas epífitas.
Analisando a distribuição geográfica das espécies pode-se observar um padrão evidente, no qual a grande maioria das espécies está distribuída dentro do domínio atlântico. Exceções a este padrão são Pleurothallis johannensis e P. modestissima, que ocorrem preferencialmente nos campos rupestres de Minas Gerais.


Chave para os gêneros e espécies de Pleurothallidinae ocorrentes no PEIB

1. Polínias 8; flores agregadas em fascículo; pétalas de tamanho e/ou forma semelhantes às sépalas
Octomeria
    2. Plantas com até 4 cm alt.
5. O. aff. rubrifolia
    2’. Plantas maiores que 8 cm alt.
        3. Folhas semi-cilíndricas; sépalas e pétalas com ápice longo-acuminado, amarelas com estrias
         vinaceas
6. O. wawrae
        3’. Folhas planas; sépalas e pétalas com ápice agudo, acuminado ou arredondado, amarelas, creme ou alvas
            4. Ramicaule coberto por bainhas comprimidas lateralmente; sépalas e pétalas alvas com
            ápice acuminado
3. O. diaphana
            4’. Ramicaule coberto por bainhas tubulosas; sépalas e pétalas creme ou amarelas  com ápice agudo ou arredondado
                5. Folhas maiores que o ramicaule; fascículo 2-3-floro; sépalas e pétalas creme com ápice                     arredondado
4. O. grandiflora
                5’. Folhas menores que o ramicaule; fascículo 15-20-floro; sépalas e pétalas amarelas com
                ápice agudo
2. O. alpina
1’. Polínias 2; flores em racemo ou em inflorescência 1-flora; pétalas menores e com formas diferentes das sépalas
    6. Inflorescência 1-flora; pedúnculo longo; sépalas caudadas
1. Masdevallia infracta
    6’. Inflorescência geralmente multiflora (se 1-2-flora, com pedúnculo curto); sépalas não caudadas
        7. Coluna tão larga quanto longa ou mais larga do que longa; estigma apical, bilobado; antera
        apical
Stelis
             8. Plantas com até 5 cm alt
24. S. parvula
             8’. Plantas maiores que 7 cm alt.
                 9. Folhas elípticas
                     10. Sépala dorsal maior e de forma diferente das sépalas laterais; flores completamente
                      verde-claras
23. S. papaquerensis
                      10’. Sépala dorsal de tamanho e forma semelhante às sépalas laterais; flores com
                      sépalas verde-acastanhadas, pétalas e labelo vináceo-acastanhados
22. S. megantha
                  9’. Folhas oblanceoladas ou lineares
                      11. Folhas oblanceoladas; inflorescência excedendo o comprimento das folhas, mais de
                      30 flores por inflorescência; sépalas com a superfície adaxial lisa
20. S. aprica
                      11’. Folhas lineares; inflorescência mais curta que as folhas, ca. 10 flores por
                      inflorescência; sépalas com a superfície adaxial verruculosa
21. S. intermedia
         7’. Coluna mais longa que larga; estigma ventral, inteiro; antera ventral ou subapical
Pleurothallis
            12. Planta com rizoma conspícuo, reptante ou subreptante
                 13. Planta pendente ou apressa ao substrato; folhas maiores que o ramicaule
                      14. Planta pendente, folhas assimétricas, sépala dorsal conata na base e conivente no
                      ápice às sépalas laterais formando duas aberturas laterais
7. P. cryptophoranthoides
                      14’. Planta crescendo apressa ao substrato, folhas simétricas, sépala dorsal conata na
                      base, mas livre das sépalas laterais no ápice
16. P. recurva
                 13’. Planta ereta ou declinada; folhas menores que o ramicaule
18. P. saundersiana
                            15. Planta epífita; inflorescência 1-flora
                             15’. Planta saxícola ou terrestre; inflorescência multiflora
14. P. modestissima
            12’. Planta com rizoma inconspícuo; cespitosa
                      16. Inflorescência flexuosa
                              17. Inflorescência com floração simultânea, ou seja, todas as flores abertas ao
                              mesmo tempo
13. P. marginalis
                             17’. Inflorescência com floração sucessiva, com apenas uma ou duas flores abertas por vez
                                    18. Ramicaule mais longo que a folha; bainhas do ramicaule com margem
                                     ciliada (bainhas lepantiformes)
15. P. quartzicola
                                    18’. Ramicaule mais curto que a folha; bainhas do ramicaule com margem lisa
9. P. hypnicola
                      16’. Inflorescência não flexuosa
                             19. Ramicaule lateralmente comprimido; pedúnculo e raque lateralmente
                              comprimidos
19. P. tricarinata
                             19’. Ramicaule cilíndrico, ou de secção triangular próximo ao ápice; pedúnculo e raque cilíndricos
                                     20. Lâmina foliar cilíndrica
10. P. johannensis
                                     20’. Lâmina foliar plana.
                                             21. Inflorescência 1-2-flora
11. P. luteola
                                             21’. Inflorescência multiflora
                                                     22. Plantas até 6 cm alt.; inflorescência não excedendo em
                                                     comprimento o ápice da folha; sépalas e pétalas com ápice longo
                                                     acuminado
8. P. heterophylla
                                                     22’. Plantas maiores que 10 cm alt.; inflorescência excedendo em altura o ápice da folha;
                                                     sépalas com ápice agudo e pétalas com ápice agudo ou emarginado
                                                             23. Bainhas do ramicaule pintalgadas de vináceo; ramicaule
                                                             cilíndrico na base e de secção triangular próximo à camada
                                                             de abscisão da lâmina foliar; flores creme-esverdeadas
                                                             matizadas de vináceo
12. P. malachantha
                                                             23’. Bainhas do ramicaule sem pintas; ramicaule cilíndrico ao
                                                             longo de todo o comprimento; flores amarelas
17. P. rubens



Masdevallia Ruiz & Pav.

Ervas epífitas, raramente saxícolas ou terrestres; ramicaule curto; folha coriácea; inflorescência emergindo abaixo da camada de abscisão da folha; sépalas com graus variados de coalescência, freqüentemente caudadas; pétalas pequenas, com um calo na margem, freqüentemente desenvolvido em um dente; labelo mais ou menos ligulado, articulado com uma projeção do pé da coluna; coluna cilíndrica, estigma ventral, inteiro, antera ventral, polínias 2, caudícula granulosa, pouco desenvolvida (Luer 1986a).
Masdevallia engloba cerca de 350 espécies, sendo encontrado do sul do México ao sul do Brasil. É um dos gêneros de maior diversidade da subtribo, atrás apenas de Pleurothallis s.l., Lepanthes e Stelis (Luer 1986b). Figura também entre os maiores gêneros de plantas epífitas (Atwood 1986,
Gentry & Dodson 1987). Pabst & Dungs (1975) apontaram, para o Brasil, aproximadamente 23 espécies, das quais 12 foram posteriormente transferidas para o gênero Dryadella por Luer (1978).

 

1. Masdevallia infracta Lindl., Gen. Sp. Orchid. Pl. 193. 1833.
Fig. 2 A-E.

Material examinado: Brasil, Lima Duarte, PEIB, Mata Grande, fl. cult. X.2004, fl., Menini Neto et al. 173 (CESJ, R, RB).
Distribuição geográfica: Bolívia e Brasil, na Região Sudeste e no Paraná.
Masdevallia infracta é a única espécie do gênero registrada para Minas Gerais. É uma espécie epífita, ocorrendo em ambientes com luminosidade média e umidade alta. No PEIB, foi encontrada apenas no interior da Mata Grande, formando uma população de tamanho relativamente grande com
várias touceiras. Pode ser diferenciada das demais espécies registradas no Parque, pela inflorescência 1-flora, pedúnculo longo de secção triangular, ramicaule curto, flor grande em relação às demais espécies da subtribo, com sépalas coalescentes, envolvendo as demais peças do perianto, terminadas em caudas afiladas.

Fig. 2. A-E. Masdevallia infracta.

A: Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo. E: Coluna e ovário. F-J. Octomeria alpina. F: Hábito. G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo. J: Coluna e ovário. L-P. Octomeria diaphana. L: Hábito. M: Flor. N: Perianto dissecado. O: Labelo. P: Coluna e ovário (A-E. Menini Neto et al. 173, F-J. Menini Neto et al. 138, L-P. Menini Neto et al. 111).
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Octomeria R. Br.

Ervas epífitas ou rupícolas. Folhas planas, cilíndricas ou tríquetras. Flores simples, agrupadas em um fascículo que emerge lateralmente próximo ao ápice do ramicaule; sépalas usualmente iguais entre si, livres, as laterais podendo ser parcial ou quase inteiramente coalescentes; pétalas grandes, similares às sépalas; labelo trilobado, com um par de lamelas no disco, a base presa ao pé da coluna; coluna cilíndrica ou semicilíndrica, com pé da coluna desenvolvido, antera usualmente subapical; estigma inteiro, ventral; polínias 8, caudícula granulosa, pouco desenvolvida (Luer 1986a).
Octomeria possui cerca de 150 espécies, amplamente distribuídas na região neotropical, com a grande maioria concentrada no sudeste do Brasil (Luer 1986a). Pabst & Dungs (1975) estimaram que cerca de uma centena de espécies sejam encontradas no Brasil.



2. Octomeria alpina
Barb. Rodr., Gen Sp. Orchid. 2: 102. 1881.
Fig. 2 F-J.

Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, mata próximo a Lagoa Seca, IV.1994, fr., Forzza et al. 53 (CESJ); mata da Gruta do
Pião, 9.III.2004, fl., Menini Neto et al. 138 (CESJ, R, RB); mata da Gruta dos Três Arcos, 9.III.2004, fl., Menini Neto et al. 140, (CESJ, R, RB).
Distribuição geográfica: Regiões Sudeste e Sul do Brasil (exceto Rio Grande do Sul).
Octomeria alpina pode ser observada em vários pontos do Parque. É uma espécie epífita de interior ou borda de mata, sendo raramente observada como rupícola no campo rupestre. Embora seja parte integrante de um grupo denominado por Pabst & Dungs (1975) de Alliance Octomeria crassifolia, composto por táxons de difícil delimitação, é de fácil diferenciação das demais espécies do gênero ocorrentes no Parque. São plantas mais robustas que as demais, com ramicaules mais grossos e folhas mais crassas, flores totalmente amarelas (exceto pelas duas máculas atrovináceas no labelo), reunidas em fascículos de 15 a 20 flores.



3. Octomeria diaphana
Lindl., Edwards’s Bot. Reg. 25 (Misc.): 91. 1839.
Fig. 2 L-P.
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, Mata Grande, 12.III.1994, fr., Forzza 89 (CESJ); idem, 6.II.2004, fl./fr., Menini Neto et al. 111 (CESJ, R, RB); idem, 19.III.2005, fl., Dias-Melo et al. 213 (RB).
Distribuição geográfica
: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.
Octomeria diaphana é uma espécie epífita de ambientes úmidos e luminosidade média. No PEIB, foi observada apenas na Mata Grande, formando grandes populações em ramos mais baixos de árvore e também em tronco caído de árvores de grande porte, entre musgos e outras epífitas. Diferencia-se das demais espécies principalmente por apresentar o ramicaule delicado, coberto por bainhas comprimidas lateralmente, 3 a 5 flores por fascículo, com sépalas e pétalas alvas e acuminadas. Forzza et al. (1994) e Menini Neto & Forzza (2002) citaram este táxon como O. aff. fialhoensis Dutra ex Pabst.


4. Octomeria grandiflora Lindl., Edwards’s Bot. Reg. 28: 64. 1842.
Fig. 3. A-E
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, Serra de Ibitipoca, 13.V.1970, fl., Krieger & Confúcio s.n. (CESJ 8603); idem, 2.XI.1973, fl., Krieger s.n. (CESJ 13196); PEIB, mata da Gruta dos Três Arcos, 17.X.1993, fl., Forzza et al. 63 (CESJ); mata da Gruta do Pião, 2.XII.2003, fl., Menini Neto & Alves 80 (CESJ); sem localidade, 25.III.2001, fl., Heluey & Castro 107 (CESJ).
Distribuição geográfica: Suriname, Trinidad, Bolívia e Paraguai. No Brasil ocorre no Amazonas, Amapá, Regiões Sudeste e Sul (exceto Espírito Santo e Rio Grande do Sul).
Octomeria grandiflora é uma espécie epífita, do interior de matas úmidas e sombreadas, tendo sido observada em vários pontos no PEIB, principalmente nas áreas acima de 1300 m de altitude. Embora O. alpina seja a Octomeria de porte mais robusto registrada no Parque, O. grandiflora apresenta os ramicaules e as folhas mais longos dentre as espécies do gênero na área, sendo outras características distintivas a lâmina foliar elíptica, 1 a 3 flores por fascículo e sépalas e pétalas creme, de ápice arredondado.

Fig. 3. A-E. Octomeria grandiflora.

A: Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo. E: Coluna e ovário.
F-J. Octomeria aff. rubrifolia. F: Hábito. G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo.
J: Coluna e ovário. L-P. Octomeria wawrae. L: Hábito. M: Flor. N: Perianto dissecado.
O: Labelo. P: Coluna e ovário
(A-E. Menini Neto & Alves 80, F-J. Menini Neto et al. 40, L-P. Menini Neto et al. 168).





5. Octomeria aff. rubrifolia Barb. Rodr., Gen. Spec. Orchid. 1: 31. 1877.
Distribuição geográfica: Minas Gerais.

O. rubrifolia e O. ochroleuca foram descritas por Rodrigues (1877) que ressalta a afinidade entre as duas.
No entanto, as características observadas para a espécie aqui registrada mostram-se intermediárias às descritas e ilustradas por Rodrigues nas descrições originais das espécies supracitadas, sobretudo no que concerne ao número de flores no fascículo, à morfologia do labelo e à coalescência existente entre as sépalas laterais.
Desse modo, em vista da necessidade de maior estudo deste táxon, preferiu-se adotar a afinidade de uma das espécies, no caso O. aff. rubrifolia.



6. Octomeria wawrae Rchb. f. ex Wawra, Itin. Princ. S. Coburgi 2: 156. 1888.

Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, mata ciliar na base da Gruta do Pião, 18.X.2003, fl./fr., Menini Neto et al. 24 (CESJ); mata de candeia entre as Casas dos Pesquisadores e a Ponte de Pedra, 19.X.2003, fl., Menini Neto et al. 38 (CESJ, R); mata ciliar próximo ao Lago dos Espelhos, 27.X.2004, fl., Menini Neto et al. 168 (R, RB); sem localidade, 25.VI.1987, fl., Sousa et al. s.n. (BHCB 15769); idem, 29.V.1993, fl., Forzza & Salimena-Pires 41 (CESJ).
Distribuição geográfica: Região Sudeste do Brasil (exceto Espírito Santo). Octomeria wawrae é uma espécie epífita de interior e borda de mata, ocorrendo também em matas ciliares, em ambientes com maior ou menor intensidade de luz e umidade. No PEIB, foi observada em matas ciliares e em mata de candeia. Distingue-se das demais espécies do gênero registradas para o Parque pelas folhas semi-cilíndricas, 1-2 flores por fascículo, sépalas e pétalas amarelo-ouro estriadas de vináceo e de ápice acuminado.



Pleurothallis R. Br. sensu lato
Ervas epífitas, rupícolas ou terrestres. Ramicaules prolíficos ou não, mais curtos ou mais longos do que a folha, arredondados a lateralmente comprimidos ou alados em secção transversal. Folha ereta em relação ao ramicaule, plana a cilíndrica ou lateralmente comprimida. Inflorescência surgindo lateralmente, abaixo ou na camada de abscisão entre o ramicaule e a folha, com uma flor solitária, simples ou fasciculada, ou em racemo; sépalas membranáceas a fortemente carnosas, livres ou variadamente coalescentes; pétalas membranáceas a fortemente carnosas, 1-3-lobadas; labelo membranáceo a fortemente carnoso, liso, caloso, papiloso, pubescente, ciliado ou franjado, 1-5-lobado, a base variadamente articulada com a base da coluna ou ápice do pé da coluna, algumas vezes inflexivelmente adnato; coluna semicilíndrica, longa ou curta, alada ou não, denteada ou não, a base da coluna desenvolvida ou não em um pé com o ápice do ovário, a ponta do pé algumas vezes alongada além do ovário, estigma apical a ventral, 1-2-lobado, antera apical a ventral, encoberta ou exposta, polínias 2, nuas ou com caudícula, granulosa, pouco desenvolvida (Luer 1986c). Pleurothallis sensu lato apresenta distribuição neotropical e abriga aproximadamente 2000 espécies (Luer 1986a). É o maior gênero de Angiospermas epífitas e um dos maiores de Orchidaceae (Atwood 1986; Luer 1986c; Gentry & Dodson 1987). Pabst & Dungs (1975) citaram cerca de 300 espécies para o Brasil, mas em conseqüência de descrições de novas espécies, novos registros e sinonimizações, este número já foi bastante alterado, necessitando ser revisto. Em conseqüência deste número elevado de táxons e da grande diversidade de formas, sua história taxonômica é bastante controversa. Lindley (1859) já apontava para a necessidade do desmembramento do gênero, mas em decorrência do pequeno número de materiais disponíveis e conhecimento insuficiente das espécies na época, não foi possível fazê-lo. Luer (1986a) afirmou que “um Pleurothallis deveria ser descrito como qualquer Pleurothallidinae que não se encaixe em nenhum outro gênero”. Pridgeon et al. (2001) demonstraram que o gênero não é monofilético e Pridgeon & Chase (2001) realizaram o desmembramento de Pleurothallis em 10 outros gêneros. Luer (2002) destacou vários problemas nas análises apresentadas por estes autores e não aceitou a classificação por eles proposta. Por outro lado, Luer (2004, 2006), fez novas combinações diferentes das apresentadas por Pridgeon & Chase (2001). Diante dessas recentes alterações e incongruências na taxonomia do gênero, optou-se pela utilização de Pleurothallis sensu lato, como reconhecido por Pabst & Dungs (1975).



7. Pleurothallis cryptophoranthoides
Loefgr., Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 2: 52. 1918.
Fig. 4 A-E.
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, mata da caixa d’água, 7.IV.1987, fl., Sousa s.n. (BHCB 16647); Mata Grande, fl. cult. III.2005, fl., Menini Neto et al. 176 (CESJ, R, RB).

Distribuição geográfica: Região Sudeste do Brasil.
Pleurothallis cryptophoranthoides é uma espécie epífita, de interior de mata úmida e sombreada.
Foi observada no interior da Mata Grande, formando algumas touceiras relativamente grandes, no tronco de uma árvore de grande porte, próximo a uma área alagada da mata.
Pode ser facilmente diferenciada até mesmo quando estéril por ser uma planta pendente, com folhas assimétricas, discolores, verde-escuras na face adaxial e atrolilacíneas na face abaxial, com as margens revolutas.
Suas flores surgem numa inflorescência muito curta, com até quatro flores, de coloração vinácea matizadas de creme, que não se abrem totalmente, devido à postura conivente do ápice das sépalas, deixando apenas duas pequenas aberturas laterais, de maneira semelhante às flores do gênero Cryptophoranthus.
Fig. 4. A-E. Pleurothallis cryptophoranthoides

A: Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo. E: Coluna e ovário.
F-J. Pleurothallis heterophylla. F: Hábito. G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo.
J: Coluna e ovário. L-P. Pleurothallis hypnicola. L: Hábito. M: Flor.
N: Perianto dissecado. O: Vista lateral do labelo. P: Coluna e ovário
(A-E. Menini Neto et al. 176, F-J. Menini Neto et al. 177, L-P. Menini Neto et al. 134).


8. Pleurothallis heterophylla (Barb. Rodr.) Cogn. in Mart., Fl. bras. 3(4): 556. 1896.
Fig. 4 F-J.
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, mata em frente às Casas dos Pesquisadores, fl. cult. VIII.2004, fl., Menini Neto et al. 177 (CESJ, R); sem localidade, 26.IV.1988, fl., Andrade & Drummond
1160 (BHCB).
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Paraná. Pleurothallis heterophylla é uma espécie epífita, de interior de mata, ocorrendo em locais com umidade alta e relativamente sombreados. No PEIB foi registrada em mata ciliar, na borda de curso d'água, junto a musgos e outras epífitas. É uma planta aparentemente rara na área, tendo sido observada apenas uma pequena touceira. Diferencia-se das demais espécies do gênero ocorrentes no Parque pela inflorescência mais curta ou de igual comprimento ao da folha, flores grandes em relação ao tamanho da planta, com peças florais dispostas de maneira semelhante a uma estrela.



9. Pleurothallis hypnicola Lindl., Edwards’s Bot. Reg. 28: 75. 1842.
Fig. 4 L-P.
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, Mata
Grande, 09.III.2004, fl./fr., Menini Neto et al. 134 (CESJ, R, RB); idem,
30.VI.2004, fl./fr., Assis et al. 1054 (RB).
Distribuição geográfica: Regiões Sudeste e Sul do Brasil.
Pleurothallis hypnicola é uma espécie epífita, ocorrendo em grande variedade de ambientes: florestas ombrófilas, capões no campo rupestre, matas ciliares, florestas semideciduais e matas de restinga. No PEIB, foi observada apenas na Mata Grande, em áreas mais ou menos sombreadas, úmidas, formando grandes touceiras em troncos caídos e ramos e troncos de árvores baixas. Diferencia-se das demais espécies do gênero na área pelo ramicaule mais curto do que a lâmina foliar, folhas com a base canaliculada, inflorescência flexuosa com abertura sucessiva das flores. Pleurothallis hypnicola é freqüentemente identificada nos herbários como P. cuneifolia Cogn., nome considerado sinônimo por Pabst & Dungs (1975).



10. Pleurothallis johannensis
Barb. Rodr., Gen. Sp. Orchid. 2: 23. 1881.
Fig. 5 A-E.
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, Serra de Ibitipoca, 3.XI.1973, Krieger s.n. (CESJ 13217); PEIB, sem localidade, 3.IV.1993, fr., Forzza et al. 11 (CESJ); idem, 12.XI.1993, fl., Forzza et al. 70 (CESJ); idem, 8.II.1996, fr., Rodela Q2-24 (CESJ); idem, 1.XII.2003, fl., Menini Neto & Alves 45 (CESJ, R, RB); idem, 20.XII.2003, fl., Menini Neto & Ferreira 81 (CESJ).
Distribuição geográfica: Minas Gerais.
Pleurothallis johannensis é uma espécie rupícola, que forma grandes populações nos afloramentos do campo rupestre, sendo encontrada por praticamente todo o PEIB, mas ocorre com menor freqüência acima dos 1500 m de altitude. Esta é a espécie mais fácil de ser diferenciada dentre os Pleurothallis ocorrentes no PEIB, em virtude de ser rupícola e de apresentar folhas cilíndricas e carnosas, de coloração que varia do amarelo-esverdeado ao atrovináceo. Suas flores são carnosas, de odor desagradável, surgindo em inflorescências eretas, mais baixas ou pouco mais altas que as folhas. Forzza et al. (1994) citaram esta espécie com P. teres Lindl.
Fig. 5. A-E. Pleurothallis johannensis

A: Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo. E: Coluna e ovário.
F-J. Pleurothallis luteola. F: Hábito. G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo.
J: Coluna e ovário. L-P. Pleurothallis malachantha. L: Hábito. M: Flor.
N: Perianto dissecado. O: Vista lateral do labelo. P: Coluna e ovário
(A-E. Menini Neto & Ferreira 81, F-J. Menini Neto et al. 158,
L-P. Menini Neto & Ferreira 90).



11. Pleurothallis luteola Lindl., Edwards’s Bot. Reg. 27: 1. 1841.
Fig. 5 F-J.
Distribuição geográfica: Regiões Sudeste e Sul do Brasil.

Pleurothallis luteola é uma espécie epífita, que ocorre em locais úmidos e sombreados, geralmente em matas ciliares, próximo a cursos d'água.
No PEIB, foi registrada apenas no interior da Mata Grande.
Pode-se diferenciá-la das demais espécies de Pleurothallis do PEIB principalmente pelo ramicaule com o terço superior lateralmente comprimido e canaliculado, pela inflorescência curta, 1-2-flora, apoiada na base da folha e labelo com duas fileiras de pequenas pintas vináceas.
Freqüentemente identificada nos herbários como P. caespitosa Barb. Rodr., nome considerado sinônimo (Pabst & Dungs 1975).


12. Pleurothallis malachantha Rchb. f., Bonplandia 3: 223. 1855.
Fig. 5 L-P.
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, mata próximo à Portaria, 21.XII.2003, fl., Menini Neto & Ferreira 90 (CESJ, R); sem localidade, 17.II.1987, fl., Sousa s.n. (BHCB 9832).
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.

Pleurothallis malachantha é uma espécie epífita de interior de mata, observada, no PEIB, próximo à base dos troncos de árvores, entre outras epífitas.
Diferencia-se das demais espécies de Pleurothallis registradas no Parque principalmente pelas bainhas do ramicaule pintalgadas de vináceo, pelo ápice do ramicaule de secção triangular e pelas flores creme-esverdeadas estriadas de vináceo.



13. Pleurothallis marginalis
Rchb. f., Bonplandia 3: 224. (1855).
Fig. 6 A-E.
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, Mata
Grande, fl. cult. X.2004, fl., Menini Neto et al. 162 (CESJ, R, RB).
Distribuição geográfica: Regiões Sudeste e Sul do Brasil.
Pleurothallis marginalis é uma espécie epífita, preferencialmente de lugares úmidos e sombreados. No Parque foi observada apenas no interior da Mata Grande, formando touceiras em ramos finos de árvores baixas, entre musgos. Pode-se distingui-la das demais espécies de Pleurothallis registradas para o Parque em virtude de seu pequeno porte e pela inflorescência flexuosa, com pequenas flores creme esverdeadas, simultâneas. Esta espécie é freqüentemente identificada nos herbários como uma variedade de Pleurothallis grobyi Bateman ex Lindl. No entanto, algumas características, a despeito de sua afinidade, permitem sua distinção: o porte de P. marginalis é sempre menor do que o de P. grobyi, bem como o comprimento e o número de flores em sua inflorescência e o tamanho das flores. Outra característica que as distingue é a presença de três listras vináceas na sépala dorsal e duas no labelo, em P. grobyi, ausentes em Pleurothallis marginalis.
Fig. 6. A-E. Pleurothallis marginalis.

A: Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo.
E: Coluna e ovário. F-J. Pleurothallis modestissima. F: Hábito.
G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo. J: Coluna e ovário.
L-Q. Pleurothallis quartzicola. L: Hábito. M: Flor. N: Perianto dissecado.
O: Labelo. P: Coluna e ovário. Q: Detalhe da bainha do ramicaule
(A-E. Menini Neto et al. 162, F-J. Menini Neto & Ferreira 85, L-Q. Menini Neto et al. 114).




14. Pleurothallis modestissima Rchb. f., Otia Bot. Hamburg.: 93. 1881.
Fig. 6 F-J.
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, base da Lombada, 1.XII.2003, bot., Menini Neto & Alves 51 (CESJ, R); trilha ao lado da estrada entre a Portaria e o Centro de Informações, 21.XII.2003, fl., Menini Neto & Ferreira 85 (CESJ, R); sem localidade, 25.VI.1987, fl., Sousa et al. s.n. (BHCB 16691); idem, 17.IV.1993, fl./ fr., Forzza & Brügger 19 (CESJ).
Distribuição geográfica: Minas Gerais.
Pleurothallis modestissima pode ser observada em vários pontos do Parque, na transição das matas com o campo rupestre, geralmente em lugares úmidos.
Distingue-se das demais espécies do gênero encontradas na área por ser a única saxícola de hábito reptante, pelas folhas em geral cordadas, inflorescência apressa às folhas e flores vináceas. Esta espécie é integrante de um grupo de espécies muito semelhantes, junto com P. prolifera Herb. ex Lindl., P. hamosa Barb. Rodr. e P. limae Porto & Brade, das quais difere, como seu nome sugere, pelo menor porte e menor tamanho das flores. No entanto, as relações e identidades dos táxons deste grupo não são muito claras, necessitando maior estudo para melhor delimitação das espécies. Forzza et al. (1994), Andrade & Sousa (1995) e Menini Neto & Forzza (2002) citaram esta espécie como P. prolifera.




15. Pleurothallis quartzicola (Barb. Rodr.) Cogn. in Mart., Fl. bras. 3(4): 581. 1896.
Fig. 6 L-Q.
Pleurothallis quartzicola é uma espécie epífita de interior de mata.
No PEIB foi observada apenas na Mata Grande, próximo à extremidade contígua à Matinha, sobre árvore de pequeno porte, entre musgos e líquens.
Parece ser uma espécie rara, dado o pequeno número de coletas registradas nos herbários.
Distingue-se das demais espécies de Pleurothallis do Parque principalmente pelo conjunto de bainhas lepantiformes, castanhas, recobrindo todo o ramicaule, inflorescência flexuosa e folha carnosa, menor que o ramicaule.



16. Pleurothallis recurva
Lindl., Edwards’s Bot. Reg. 27 (Misc.): 1. 1841.
Fig. 7 A-E.

Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, Mata Grande, fl. cult. XI.2006, fl., Menini Neto et al. 237 (CESJ).
Distribuição geográfica: Regiões Sudeste e Sul do Brasil.

Pleurothallis recurva é uma espécie epífita de interior de mata.
No PEIB foi observada apenas na Mata Grande.
Distingue-se das demais espécies de Pleurothallis do Parque principalmente pela forma de crescimento apressa ao substrato, em direção à base do forófito, inflorescência curta, com poucas flores simultâneas e sépalas laterais totalmente coalescentes.
Fig. 7. A-E. Pleurothallis recurva

A. Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo. E. Coluna e ovário.
F-J. Pleurothallis rubens. F: Hábito. G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo.
J: Coluna e ovário. L-P. Pleurothallis saundersiana. L: Hábito. M: Flor.
N: Perianto dissecado.O: Labelo. P: Coluna e ovário.
(A-E. Menini Neto et al. 237, F-J. Menini Neto et al. 31, L-P. Menini Neto et al. 37).



17. Pleurothallis rubens
Lindl., Edwards’s Bot. Reg. 21: t. 1797. 1835.
Fig. 7 F-J.
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, próximo à Gruta do Pião, fl. cult. XII.2003, fl., Menini Neto et al. 31 (CESJ, R); trilha Monjolinho-Lagoa Seca, 29.VI.2004, fr., Assis et al. 1033 (RB); sem localidade, 20.I.1987, fl., Sousa s.n. (BHCB 16157); idem, 28.II.1993, fl., Forzza 78 (CESJ).
Distribuição geográfica: Pernambuco, Bahia e estados das Regiões Sudeste e Sul do Brasil.

Pleurothallis rubens é uma espécie predominantemente epífita, encontrada em uma grande variedade de habitats, desde campos rupestres até matas úmidas. É muito freqüente no PEIB, sendo observado no campo rupestre e em bordas e interior das matas, sempre como epífita. É a espécie de Pleurothallis registrada no Parque que apresenta as plantas mais robustas, sendo também diferenciada das demais pela longa inflorescência de flores amarelas, que ultrapassa o comprimento da folha.



18. Pleurothallis saundersiana
Rchb. f., Gard. Chron. 1866: 74. 1866.
Fig. 7 L-P.
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, Serra de Ibitipoca, 5.VII.1975, fl., Krieger s.n. (CESJ 13679); PEIB, entre o Centro de Informações e a Ponte de Pedra, 18.X.2003, fr., Menini Neto et al. 37 (CESJ); mata ao lado da estrada entre a Portaria e o Centro de Informações, 9.III.2004, fl., Menini Neto et al. 121 (CESJ, R); sem localidade, 15.V.1993, fl., Forzza 32 (CESJ).
Distribuição geográfica: Bolívia, Peru e Brasil, na Bahia e Regiões Sudeste e Sul.

Pleurothallis saundersiana é uma espécie epífita, encontrada em uma grande variedade de habitats: matas ciliares, capões de mata no campo rupestre, matas ombrófilas e matas de restinga.
No PEIB forma grandes populações nos ramos e troncos das árvores, em capões de mata.
Distingue-se das demais espécies de Pleurothallis do Parque por ser a única espécie epífita que apresenta o hábito reptante e por possuir inflorescência 1-flora. Freqüentemente encontrada nos herbários identificada como P. josephensis Barb. Rodr., nome considerado sinônimo (Pabst & Dungs 1975).



19. Pleurothallis tricarinata
Poepp. & Endl., Nov. Gen. Sp. Pl. 1: 49. 1836.
Fig. 8 A-E.
Distribuição geográfica: Equador, Bolívia, Peru e Brasil, na Região Sudeste e no Paraná.
Pleurothallis tricarinata é uma espécie epífita, de interior de mata, sendo freqüentemente encontrada em matas ciliares.
No PEIB ocorre apenas no interior da Mata Grande próximo à extremidade contígua à Matinha, formando touceira em tronco de árvore de baixo porte, entre musgos e líquens.
Diferencia-se das demais espécies de Pleurothallis do Parque em vista de seus ramicaules, inflorescência e flores fortemente comprimidas lateralmente, além de possuir as sépalas com quilhas muito desenvolvidas.
Frequentemente encontrada nos herbários identificada como P. platystachys Regel, nome considerado sinônimo por Luer (2004).
Fig. 8. A-E. Pleurothallis tricarinata.

A: Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo. E: Coluna e ovário.
F-J. Stelis aprica. F: Hábito. G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo.
J: Vista lateral do labelo. L: Coluna e ovário. M-Q. Stelis intermedia. M: Hábito.
N: Flor. O: Perianto dissecado. P: Labelo. Q: Coluna e ovário.
(A-E. Menini Neto et al. 434, F-L. Menini Neto et al. 127, M-Q. Menini Neto et al. 159).

 



Stelis Sw.

Ervas epífitas ou saxícolas. Folha freqüentemente estreitada na base formando um pseudopecíolo. Inflorescência em racemo, sempre pluriflora, surgindo no ápice do ramicaule, próximo à base da folha; flores geralmente muito reduzidas; sépalas conatas em maior ou menor grau, comumente formando um sinsépalo triangular; pétalas usualmente muito pequenas, com a margem engrossada, dispostas lateralmente à coluna e ao labelo; labelo usualmente muito pequeno, carnoso; coluna curta e larga; antera e estigma apicais, estigma geralmente bilobado, polínias 2, caudícula granulosa, pouco desenvolvida (Garay 1979; Luer 1986a).
Stelis é um gênero com ampla distribuição na América tropical e abriga cerca de 500 espécies (Luer 1986a). As flores da grande maioria das espécies são bastante características, sendo as sépalas unidas entre si na base, em maior ou menor grau, formando um sinsépalo relativamente plano, de forma próxima a de um triângulo, tendo na região central as pétalas e o labelo, freqüentemente muito pequenos. Porém com a proposta de Pridgeon & Chase (2001) que desmembrou Pleurothallis, muitas espécies atribuídas a este gênero foram realocadas sob Stelis, modificando os caracteres que o define, posicionamento não adotado neste trabalho.
O trabalho mais abrangente realizado com Stelis é o de Garay (1979) onde são apresentados tratamento taxonômico e ilustrações das flores de uma porcentagem expressiva das espécies. Pabst & Dungs (1975) apontaram cerca de 60 espécies para o Brasil, mas em decorrência das sinonímias feitas por Garay (1979), este número necessita ser revisto


20. Stelis aprica Lindl., Companion Bot. Mag. 2: 353. 1836.
Fig. 8 F-L.

Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, Serra de Ibitipoca, 12.V.1970, fr., Krieger s.n. (CESJ 8593); PEIB, mata da Gruta do Pião, 9.III.2004, fl., Menini Neto et al. 127 (CESJ, R, RB).
Distribuição geográfica: América tropical.

Stelis aprica é uma espécie epífita de interior de mata, ocorrendo em ambientes com luminosidade média e umidade alta.
No Parque foi observada nas matas nebulares, formando touceiras nos ramos mais baixos das árvores, junto de outras epífitas.
Distingue-se das demais espécies de Stelis registradas no PEIB pelas folhas estreitas, oblanceoladas, inflorescência muito longa, portando até 70 flores verde-claras, diminutas, com labelo trilobado, de lobo mediano triangular.
Freqüentemente encontrada nos herbários identificada como S. catharinensis Lindl., nome considerado sinônimo por Garay (1979).



21. Stelis intermedia Poepp. & Endl., Nov. Gen. Sp. Pl. 1: 46. 1836.
Fig. 8 M-Q.
Distribuição geográfica: Pabst & Dungs (1975) citaram Stelis intermedia para o norte da América do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Garay (1979) colocou na sinonímia de S. intermedia duas espécies aceitas como distintas por Pabst & Dungs (1975), S. drosophila Barb. Rodr. e S. dusenii Garay.
Desse modo, a distribuição de S. intermedia em território brasileiro deve ser alterada, para incluir a distribuição atribuída a esses dois sinônimos, ampliando-se para os demais estados das Regiões Sudeste e Sul do país.
Stelis intermedia
é uma espécie epífita, ocorrendo em interior de matas ombrófilas, matas ciliares, matas nebulares ou mata de restinga.
No PEIB foi registrada no interior da Mata Grande, junto a outras epífitas em galho de árvore caído.
Difere das demais espécies pelas folhas lineares e inflorescência curva, com cerca de 10 flores verde-claras.



22. Stelis megantha Barb. Rodr., Gen. Sp. Orchid. 2: 83. 1881.
Fig. 9 A-E.
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, Mata Grande, III.1994, fl., Forzza et al. 60 (CESJ); idem, 30.III.2004, fl., Menini Neto et al. 148 (CESJ, R).
Distribuição geográfica: Regiões Sudeste e Sul do Brasil.

Stelis megantha é uma espécie epífita, de interior de mata, habitando locais sombreados e com alta umidade.
No PEIB foi encontrada apenas no interior da Mata Grande e na extremidade contígua à Matinha, formando grandes touceiras, freqüentemente próximo dos cursos d’água. Difere das demais Stelis ocorrentes no PEIB pelo porte robusto e pelas flores, que fazem jus ao nome, por estarem entre as maiores flores observadas no gênero. Freqüentemente encontrada nos herbários identificada como S. macrochlamys Hoehne & Schltr., nome considerado sinônimo por Pabst & Dungs (1975) e Garay (1979).
Fig. 9. A-E. Stelis megantha.

A: Hábito. B: Flor. C: Perianto dissecado. D: Labelo. E: Coluna e ovário.
F-J. Stelis papaquerensis. F: Hábito. G: Flor. H: Perianto dissecado. I: Labelo.
J: Coluna e ovário. L-P. Stelis parvula. L: Hábito. M: Flor. N: Perianto dissecado.
O: Labelo. P: Coluna e ovário
(A-E. Menini Neto et al. 148, F-J. Menini Neto et al. 157, L-O. Menini Neto & Alves 78).




23. Stelis papaquerensis Rchb. f., Linnaea 22: 822. 1849.
Fig. 9 F-J.
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, Mata Grande, fl. cult. V.2004, fl., Menini Neto et al. 157 (CESJ, R, RB).
Distribuição geográfica: Pabst & Dungs (1975) registraram esta espécie para os estados do Amazonas, Pernambuco e Minas Gerais, além da Venezuela. No entanto, Garay (1979) atribuiu vários sinônimos a Stelis papaquerensis, de forma que sua distribuição em território brasileiro é maior do que a apresentada por Pabst & Dungs (1975), incluindo os estados das Regiões Sudeste (exceto Espírito Santo) e Sul do país.
Stelis papaquerensis ocorre como epífita, no interior de matas úmidas e sombreadas.
No PEIB foi registrada no interior da Mata Grande, junto a outras epífitas nos ramos de árvores mais baixas.
Apresenta inflorescências longas, portando 20-30 flores verde-claras, com a sépala dorsal de forma e tamanho diferentes do que as sépalas laterais




24. Stelis parvula
Lindl., Folia Orch. 8: 7. 1879.
Fig. 9 L-P.
Material examinado: Minas Gerais, Lima Duarte, PEIB, mata da Gruta dos Três Arcos, X.1994, bot., Forzza et al. 64 (CESJ); mata da Gruta do Monjolinho, X.1994, bot., Forzza et al. 52 (CESJ); idem, 18.X.2003, bot., Menini Neto et al. 25 (CESJ); mata da Gruta do Pião, 2.XII.2003, fl., Menini Neto & Alves 78 (CESJ, R, RB).
Distribuição geográfica: anteriormente citada apenas para o México e América Central (World Checklist of Monocots 2004), S. parvula foi referida para o Brasil por Toscano de Brito (1995). Os materiais examinados nos herbários indicam que além da Bahia, esta espécie também ocorre no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Stelis parvula é uma espécie epífita, de interior e borda de mata nebular, em locais com alta umidade e luminosidade média. Foi observada em vários pontos do Parque sempre acima de 1400m de altitude.
Distingue-se das demais Stelis do Parque pelo tamanho reduzido, sendo a menor dentre as espécies do gênero na área, brácteas florais destacadas, grandes em relação às flores, flores com sépalas verde-claras a amareladas e pétalas e labelo vináceos.
Toscano de Brito (1995) fez o primeiro registro desta espécie para o Brasil e afirmou que os espécimes do Pico das Almas são idênticos ao material tipo de S. parvula. O material examinado para o Parque está de acordo com um dos materiais citados e com a descrição apresentada na referida flora (Harley et al. 26924), sendo também semelhante à ilustração apresentada por Garay (1979) para a espécie. Além do material coletado no Parque, algumas coleções indeterminadas depositadas nos herbários são também muito semelhantes ao material do Pico das Almas. Forzza et al. (1994) citaram esta espécie como Stelis sp. e Menini Neto & Forzza (2002) citaram como S. drosophila.


Agradecimentos

Ao IEF-MG, em especial à administração e aos funcionários do Parque por todo apoio e incentivo para o desenvolvimento deste trabalho. À FAPERJ pela bolsa concedida ao primeiro autor (processo E-26/151779/2003). Aos pesquisadores Fábio de Barros, Marcus Nadruz e Andrea Costa, e a um revisor anônimo pelas valiosas sugestões.



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* Departamento de Botânica, ICB, Universidade Federal de Juiz de Fora, Campus Universitário, Bairro Martelos, 36036-090 -
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** Departamento de Botânica, Museu Nacional, Quinta da Boa Vista, s.n., São Cristóvão, 20940-040 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
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Fotos: Luiz Menini Neto


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