1. APRESENTAÇÃO

Visando facilitar as ações da eventual recuperação das áreas degradadas com a reintrodução de orquídeas, que foram salvas e cultivadas em casa de vegetação, durante o processo construtivo do Gasoduto Urucu-Manaus apresentamos a seguir as espécies de orquídeas que foram coletadas na Faixa de Servidão do Gasoduto Urucu-Manaus e estão sendo cultivadas no Orquidário João Barbosa Rodrigues em Manaus.

2. INTRODUÇÃO


Por Inventário Florestal entende-se “um conjunto de atividades que visa obter informações qualitativas e quantitativas dos recursos florestais existentes em uma área pré-especificada, e suas interrelações, assim como, sua dinâmica de crescimento e sucessão florestal, servindo de base para a formulação de planos de utilização da floresta, bem como para alicerçar propostas de planos de desenvolvimento e política florestal, de caráter local, regional, estadual ou nacional”.
Dessa forma, o presente salvamento de orquídeas é um componente desse Inventário Florístico e que teve por finalidade fornecer uma lista das espécies de orquídeas identificadas e com as respectivas distribuições dos pontos de ocorrência. As espécies salvas e cultivadas em casa de vegetação poderão ser utilizadas no futuro, no processo de revegetação das clareiras.

3. JUSTIFICATIVA


O transporte do gás natural extraído em Urucu dará um novo impulso econômico à região amazônica. É preocupação da Petrobras e da comunidade científica em geral, com possíveis impactos oriundos da atividade de implantação e funcionamento do gasoduto Urucu-Manaus, ao meio ambiente. Isso se deve ao fato de que existem poucas informações sobre alterações dessa intensidade e natureza nos ecossistemas

Em escala local, os estudos devem focar também suas análises em matas ciliares para observação de alterações profundas na estrutura e função desse ecossistema oriundas do desmatamento. A importância da preservação e da restauração das formações florestais, ao longo dos cursos d’água, fundamenta-se no amplo espectro de benefícios que este tipo de vegetação traz ao ecossistema, exercendo principalmente a função protetora sobre os recursos naturais bióticos e abióticos.

O equilíbrio dinâmico dos ecossistemas aquáticos depende diretamente da proteção dessa vegetação, que age como reguladora das características químicas e físicas da água dos rios, furos e lagos, mantendo-as em condições adequadas para a sobrevivência e reprodução da ictiofauna.
O conhecimento a respeito da dinâmica, estrutura e diversidade de trechos das formações vegetacionais amazônicas tem sido esparsamente documentado, existindo lacunas quanto à distribuição das espécies e o arranjo espacial dessas formações que compõem o bioma amazônico.

Esse conhecimento é de fundamental importância para o estabelecimento de ações adequadas na conservação, manejo e recuperação dessas formações vegetacionais.

4. OBJETIVO

Resgatar as epífitas, em especial as Orchidaceae, para a sua preservação e cultivo em condições de casa de vegetação do tipo telado, para possível reintrodução nas áreas a serem recompostas;


5. MATERIAL E MÉTODO


5.1 Áreas de estudo

No estudo estavam previstas visitas em 34 clareiras e 76 pontos de amostragem da ocorrência de orquídeas nas matas ciliares localizadas ao longo do traçado da faixa de servidão do Gasoduto Urucu-Manaus totalizando 110 (Cento e dez) pontos de observação. No entanto, dado as condições de dificuldade de acesso (rio seco, tapagens, grandes distâncias da calha do rio Solimões e/ou clareiras alagadas - 31, 32 e 33) foram visitadas 30 (Trinta) clareiras, 24 (Vinte e quatro) igarapés e 4 (Quatro) lagos; a clareira 1 (Um) não foi visitada, pois a mesma, segundo informações fornecidas, foi desativada. As áreas de estudos estão localizadas em grande parte em dois importantes sistemas fluviais da Amazônia, os Rios Solimões e Negro, situadas na unidade geomorfológica Terra Firme de seis Municípios: Iranduba (Rio Negro), Manacapuru (Rio Solimões), Caapiranga (Rio Solimões), Anamã (Rio Solimões), Codajás (Rio Solimões) e Coari (Rio Solimões),



5.2 Logística de campo

A equipe composta por pesquisadores e técnicos da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), da Petrobras saiu de Manaus, sentido Rio Urucu, no barco Velho Arthur II, que se encontrava ancorado na Marina Bicho Preguiça (-03º07’54,75963”S/-60º02’40,55616”W), às 11:30h do dia 04 de junho de 2007.
O trabalho de campo foi dividido em duas fases, quais sejam: na primeira fase os trabalhos de amostragem começaram pela clareira 27, localizada no Município de Caapiranga, seguindo a faixa de servidão do Gasoduto Coari-Manaus até a Base Pedro de Moura, no Rio Urucu e; a segunda fase cobriu o trecho de Iranduba-Manacapuru.
Na primeira fase, o barco saiu de Manaus com destino ao Município de Caapiranga, por onde efetivamente começaram os trabalhos de amostragem das orquídeas na vegetação ocorrente nas clareiras, igarapés e lagos. De Caapiranga até Coari, as viagens transcorreram durante o dia, entrando pela noite, até aproximadamente 22:00h. No Rio Urucu o deslocamento só foi feito de dia até às 17 horas. Esse procedimento visou à segurança da navegação, uma vez que o rio estava secando, trazendo, como conseqüência, bancos de areia nas calhas dos rios e paranás, o que dificulta sobremaneira a navegação noturna. Para facilitar o deslocamento do barco durante o dia, vale ressaltar que a equipe se deslocava nas voadeiras até as clareiras e igarapés, e posteriormente alcançando o barco em seu ponto de ancoragem.
A partir do Lago Coari a Srª. Geane Barreto de Oliveira designou para nos acompanhar um guia local da cidade de Coari, que conhecia a região ao longo do Rio Urucu.
Devido à seca precoce do Rio Urucu, o barco só conseguiu chegar até a clareira 4. A equipe conseguiu alcançar a clareira 3 de barco voadeira. A partir desse ponto, os trabalhos de amostragem foram realizados a partir da Base Pedro de Moura através de helicóptero, a logística colocada à disposição da equipe de campo.
Na segunda fase, a logística ficou a cargo do setor de Engenharia/IETEG/IENOR sediado na estrada Manacapuru-Novo Airão, próximo à clareira 29. Foram cedidos carros e barcos voadeiras para realização dos trabalhos de campo.
Dois técnicos de Segurança do Trabalho acompanharam a equipe nas duas fases: Srª. Nelma Rivoredo Deel Aguila (1ª), Srª. Margareth Maeda Yoko Magalhães (2ª). e Sr ª. Lorenna Paula Sarubbi (2ª) e o Sr. Gilberto Rodrigues Barbosa, nos forneceu apoio logístico.


5.3 Equipe de Pesquisadores e Colaboradores

Pedro Ivo Soares Braga - Coordenador
MSc. DSc. em Ciências Biológicas concentração em Botânica.

Sheila Maria Garcia da Silva - Colaboradora
Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais

Keila Gardênia Silva Nascimento - Colaboradora
Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais

José Olavo Nogueira Braga - Colaborador
Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais

Suely Lima Rabelo - Colaborador
Graduanda de Biologia

Aguinaldo Monteiro de Paiva - Colaborador
Técnico Florestal

Pedro Marinho de Carvalho - Colaborador
Técnico mateiro

Ednelson Medeiros Gonçalves - Colaborador
Escalador



5 4 Resgate de epífitas

O resgate das epífitas, de modo geral, f oi realizado em árvores derrubadas às margens das clareiras, igarapés e lagos.
As plantas coletadas foram etiquetadas, saneadas e posteriormente foram plantadas em casa de vegetação para o cultivo. Essas orquídeas hoje estão sendo cultivadas no Orquidário João Barbosa Rodrigues em Manaus.
A identificação dos forófitos foi realizada diretamente em campo por técnico qualificado, enquanto a identificação das orquídeas foi realizada posteriormente, ainda existindo espécimes a serem identificados e aferidos em sua época de floração.



5.5 Elaboração do mapa de vegetação da área do gasoduto Urucu-Manaus.

O programa utilizado para gerar o mapa de vegetação foi o ArcGis 9 e os dados de vegetação foram obtidos do Mapa Fitoecológico do RADAM, atualizado pelo IBGE, na escala de 1:500.000, e demais informações do processo construtivo fornecidas pela Petrobras



6. RESULTADOS E DISCUSSÃO


6.1 Caracterizações da vegetação

A vegetação foi classificada como Floresta Ombrófila Densa Aluvial das Terras Baixas do IBGE (1992). Regionalmente, essa classificação é denominada de Floresta de Terra Firme por Braga et al. (2007). O outro tipo de vegetação observado em campo foi Contato Formação Pioneira Arbustiva Aluvial/Floresta Ombrófila Densa Aluvial das Terras Baixas (Floresta de Terra Firme), e Contato Formação Pioneira Arbórea Aluvial/Floresta Ombrófila Densa Aluvial das Terras Baixas (Floresta de Terra Firme) de Braga (1979) e Braga et al. (2007). Essas formações indiferenciadas se interpenetram, constituindo as transições florísticas atuais, cuja estrutura fisionômica é perceptível, sendo possível sua delimitação, na maioria dos casos, através das espécies que ali ocorrem (Mapa 1).


foto
Mapa 1. Fitofisionomias da faixa construtiva do Gasoduto Urucu-Manaus.


6.2 Resgate de epífitas


Das 67 localidades visitadas apenas 39 apresentaram epífitas. Foi dada ênfase na coleta de Orchidaceae. Foram realizadas buscas no entorno destas localidades e coletados 468 exemplares de orquídeas pertencentes a 63 espécies (Tabelas 3 e 4).

As espécies mais comuns foram:
Epidendrum nocturnum

Maxillaria camaridii
M. desvauxiana

foto
Epidendrum nocturnum



As espécies menos freqüentes foram:
Epidendrum schlechterianum

Rodriguezia leeana
Maxillaria tenuis

foto
Rodriguezia leeana



Alguns exemplares só puderam ser observados em campo, como:

Catasetum gnomus
Dichaea sp.
Epidendrum compressum
Epidendrum rigidum
Epidendrum smaragdinum
Maxillaria sp.2
Octomeria erosilabia


foto
Catasetum gnomus

Torna-se importante ressaltar a ocorrência de dois exemplares de Trichocentrum pulchrum Poepp & Endl. na Clareira 22, devido a este ser o PRIMEIRO REGISTRO DESSA ESPÉCIE NO BRASIL, sendo até então descrita apenas para a Venezuela, Colômbia, Equador e Peru (Figura 4a e 4b).
Não foram observadas orquídeas para as clareiras 31, 30, 29, 27, 26, 21, 20, 17, 13, 9, 5 e 3; os igarapés Santo, Iapumã, Marta 2, Lontra 1 e 2, Tamanduá, Água Preta, João Grande, Tapera, Eulália, Cutia, Cipó Chato, Fideles e Júlia; e os lagos 2e do Limão.
Dentre os tipos florestais em que ocorreram orquídeas estão as florestas de terra-firme, igapó, campina e várzea.

foto
Trichocentrum pulchrum
Poepp & Endl.
PRIMEIRO REGISTRO DESSA ESPÉCIE NO BRASIL, (A) Detalhe da planta crescendo em cuieira.

Nos igarapés Cabeceira e Furtuoso, onde a vegetação predominante é o de igapó, ocorreram os maiores valores de espécies observadas, com 12 e 11 espécies respectivamente.
Os demais tipos florestais apresentaram menor riqueza de espécies.
Determinadas espécies de forófitos parecem ter a capacidade de suportar uma grande variedade de orquídeas, como a cuieira, o macucú do baixio e a castanheira, com 14, 11 e 11 espécies de orquídeas respectivamente (Tabela 5).
A orquídea Epidendrum nocturnum parece ser a menos seletiva em relação ao forófito utilizado. Enquanto espécies como Maxillaria desvauxiana e Rudolfiella aurantiaca pareceram ser fortemente seletivas quanto ao forófito (Castanha do Brasil).


Tabela 3.
Orquídeas coletadas em igarapés no percurso do Gasoduto Coari-Manaus durante fase de supressão para a instalação de dutos.

Espécies/Local

Igapó
Imanhã

Igapó Miriti Igapó Ág. Branca

Igapó
Cabe-
ceira

Lago
Anamã
Igapó
Jaturana
Igapó
Puraqué
Com.
Espe-
rança
Igapó
Amanuí

Igapó
Cha-
pada

Com.
Curu-
pira
Igapo
Açu
Igapó
Furtuo-
so
Igapó
Juaru-
na
Igapó
Miriti
Igapó
7
Lagos
Igapó
Iapu-
Iagpó Tripa Igapó
Açu
Igapó Marta TOTAL
Bifrenaria longicornis Lindl.   2                                     2
Brassavola martiana Lindl.       A 2   1                           3
Brassia lanceana Lindl.                         5 11             16
Campylocentrum aff. amazonicum Cogn.             1 1                         2
Campylocentrum organense (Rchb.f.) Rolfe               12                         12
Catasetum gnomus Lindl. & Rchb.f.                                         Só avistado
Catasetum saccatum Lindl.                     4                   4
Catasetum sp.1       1                                 1
Catasetum sp.3   2                                     2
Catasetum sp.4     1       3                           4
Cattleya eldorado Linden   6 3                                   9
Dichaea anchoraelabia C.Schweinf.                                 3       3
Dichaea sp.       A                 A               Só avistado
Epidendrum compressum Griseb.                               A         Só avistado
Epidendrum rigidum Jacq.       A                                 Só avistado
Epidendrum schlechterianum Ames       1                                 1
Epidendrum smaragdinum Lindl. A                                       Só avistado
Epidendrum sp.     2                                   2
Epidendrum spruceanum Lindl.         3                               3
Eulophia alta (L.) Fawc. & Rendle 3                                       3
Ionopsis satyrioides (Sw.) Rchb.f.               2                         2
Maxillaria aff. amazonica Schltr.   4             2       1               7
Maxillaria camaridii Rchb.f. 4     A   19             A A   A         23
Maxillaria sp                   A                     Só avistado
Maxillaria superflua Rchb.f. 1                                       1
Maxillaria tenuis C.Schweinf.     1                                   1
Maxillaria uncata Lindl.           42             1               43
Maxillaria violaceopunctata Rchb.f.                       A     A           Só avistado
Octomeria amazonica Pabst                         4     A         4
Oncidium cebolleta (Jacq.) Sw.                       12                 12
Oncidium nanum Lindl.                                 4       4
Orleanesia sp.       A           A   A     A         A Só avistado
Orleanesia yauaperyensis Barb. Rodr.         7                               7
Ornithidium parviflorum (P. & E.) Rchb.f.           3     6                       9
Pleurothallis mentosa Cogn.                         6               6
Pleurothallis picta Lindl.           1             1               2
Polystachya concreta (Jacq.) Garay & Sweet         1         A                     1
Polystachya sp.       A                                 Só avistado
Polystachya stenophylla Schltr                 7                       7
Prostechea fragrans (Sw.) W.E.Higgins                   A     A   A A         Só avistado
Prostechea vespa (Vell.) W.E.Higgins       1                                 1
Rodriguezia leeana Rchb.f.                 1                       1
Rudolfiella aurantiaca (Lindl.) Hoehne 1     A                                 1
Scaphyglottis sickii Pabst     2 4         1 A                     7
Schomburgkia gloriosa Rchb.f.         7                               7
Sobralia sessilis Lindl.             3                           3
Stelis sp           4                             4
Trichocentrum albo-coccineum Lindl.                 11                       11
Trigonidium acuminatum Batem. ex Lindl.   1                     1               2
TOTAL 5 6 5 12 5 6 6 4 6 6 1 3 11 3 4 5 3 1 1 1  
Tipo florestal TFirme Camp Camp Igapó Igapó IIgapó IG/VAR Varzea Igapó Igapó TFirme Igapó Igapó Igapó Igapó Igapó Igapó Igapó Igapó TFirme  

CAMP= Campina
TF = Terra Firme
IG/VAE = Igapó - várzea


Tabela 4.
Orquídeas coletadas em clareiras no percurso do Gasoduto Coari-Manaus
durante fase de supressão para a instalação de dutos.

Espécies/local (Clareira número) 28 25 24 23 22 19 18 16 15 14 12 11 10A 10 08 07 06 04 02 Total
Brassavola martiana Lindl.     A                                 Só avistado
Catasetum gnomus Lindl. & Rchb.f.                 A                     Só avistado
Catasetum saccatum Lindl.                           A           Só avistado
Catasetum sp.1 A                                     Só avistado
Catasetum sp.2   3       2                           5
Catasetum sp.3       1             2                 3
Caularthron bicornutum (Hook.) Raf.                       8               8
Encyclia amicta (Lindl. & Rchb.f.) Schltr.   3                                   3
Encyclia sp         1                             1
Epidendrum compressum Griseb     A                                 Só avistado
Epidendrum nocturnum Jacq.     A A 4     A     A       A 8       12
Epidendrum strobiliferum Rchb. f.                     9                 9
.Ionopsis satyrioides (Sw.) Rchb.f.                   10                   10
Maxillaria aff. amazonica Schltr.       1                               1
Maxillaria camaridii Rchb.f.                       3               3
Maxillaria desvauxiana Rchb.f.       106       A           3           109
Maxillaria sp.1                       1       A A A   1
Maxillaria sp.2                       A             A Só avistado
Maxillaria tarumaensis Hoehne                       5               5
Maxillaria violaceopunctata Rchb.f.                       7               7
Notylia sp         27                             27
Octomeria amazonica Pabst             A             A           Só avistado
Octomeria erosilabia C.Schweinf                                   A   Só avistado
Orleanesia sp. 1                   1   A               1
Polystachya sp.     A A   2             1             3
Prostechea fragrans (Sw.) W.E.Higgin   A                   23               23
Prostechea vespa sp                     1                 1
Rodriguezia lanceolata Ruiz & Pavon         1                             1
Rudolfiella aurantiaca (Lindl.) Hoehne A             A   A                     Só avistado
Schomburgkia gloriosa Rchb.f.   A   4                               4
Trichocentrum pulchrum Poepp. & Endl.         2                             2
Trigonidium acuminatum Batem. ex Lindl.             A                         Só avistado
Total 1 4 4 6 5 2 3 2 2 2 4 8 1 3 1 2 1 2 1  
Tipo florestal ITF IG IG ITF TF TF TF TF TF TF TF TF TF TF TF TF TF TF TF  

IG= Igapó
TF = Terra Firme
ITF = Igapó - Terra Firme



Tabela 5.
Relação forófito x orquídeas coletadas no percurso do Gasoduto Coari-Manaus
durante fase de supressão para a instalação de dutos.

Nome comum do forófito Espécies de orquídeas
Castanheira Prostechea fragrans (Sw.) W.E.Higgins
Maxillaria desvauxiana
Rchb.f.
Maxillaria aff.amazonica
Schltr.
Catasetum
sp.
Octomeria
sp.
Trigonidium acuminatum
Batem. ex Lindl.
Rudolfiella aurantiaca
(Lindl.) Hoehne
Epidendrum nocturnum
Jacq.
Octomeria erosilabia
C.Schweinf.
Maxillaria camaridii
Rchb.f.
Maxillaria superflua
Rchb.f.
Seringueira Encyclia amicta (Lindl. & Rchb.f.) Schltr.
Caularthron bicornutum
(Hook.) Raf.
Epidendrum nocturnum
Jacq.
Maxillaria camaridii
Rchb.f.
Brassia lanceana
Lindl.
Piranheira Epidendrum spruceanum Lindl.
Schomburgkia gloriosa
Rchb.f.
Arapari Orleanesia yauaperyensis Barb.Rodr.
Brassavola martiana
Lindl.
Polystachya
sp.
Scaphyglottis sickii
Pabst
Epidendrum nocturnum
Jacq.
Maxillaria
sp.
Prostechea fragrans
(Sw.) W.E.Higgins
Brassia lanceana
Lindl.
Tangerineira Catasetum saccatum Lindl.
Cuieira Notylia sp.
Rodriguezia lanceolata
Ruiz & Pavon
Encyclia
sp.
Tricocentrum pulchrum
Poepp. & Endl.
Epidendrum nocturnum
Jacq.
Campylocentrum aff. amazonicum
Cogn.
Tricocentrum albo-coccineum
Lindl.
Campylocentrum organense
(Rchb.f.) Rolfe
Ionopsis satyrioides
(Sw.) Rchb.f.
Orleanesia
sp.
Rodriguezia leeana
Rchb.f.
Epidendrum strobiliferum
Rchb.f.
Prostechea
sp.
Polystachya
sp.
Cupuaçu Catasetum sp.
Epidendrum nocturnum
Jacq.
Pente de macaco Epidendrum nocturnum Jacq.
Polystachya stenophylla
Schltr.
Envira preta Epidendrum nocturnum Jacq.
Abiurana Epidendrum nocturnum Jacq.
Polystachya stenophylla
Schltr.
Ornithidium parviflorum
(P. & E.) Rchb.f.
Scaphyglottis sickii
Pabst
Maxillaria aff. amazonica
Schltr.
Guaruba Maxillaria sp.
Orleanesia sp.
Macucú do baixio Dichaea sp.
Maxillaria camaridii
Rchb.f.
Maxillaria
sp.
Epidendrum nocturnum
Jacq.
Brassia lanceana
Lindl.
Pleurothallis mentosa
Cogn.
Cattleya eldorado
Linden
Trigonidium acuminatum
Batem. ex Lindl.
Scaphyglottis sickii
Pabst
Maxillaria tenuis
C.Schweinf.
Catasetum
sp.
Mata-matá Pleurothallis picta Lindl.
Trigonidium acuminatum
Batem. ex Lindl.
Pleurothallis mentosa
Cogn.
Prostechea fragans
(Sw.) W.E.Higgins
Octomeria amazonica
Pabst
Maxillaria uncata
Lindl.
Capitari Catasetum sp.
Pau-rainha Maxillaria sp.
Envira casca-grossa Maxillaria desvauxiana Rchb.f.
Jará Catasetum sp.
Bifrenaria longicornis
Lindl.


7. BIBLIOGRAFIA

Amaral. I.L; Matos, F.D.A.; Lima, J. 2000. Composição florística e estrutural de um hectare de floresta densa de terra firme no Rio Uatumã, Amazônia, Brasil. Acta Amazonica 30: 377-392.
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Lima Filho, D.A.; Matos, F.D.A.; Amaral, I.L.; Revilla, J.; Coêlho, L.S.; Ramos, J.F.; Santos, J.L. 2001. Inventário florístico de floresta ombrófila densa de terra firme, na região do Rio Urucu-Amazonas, Brasil. Acta Amazonica 31:565-579.
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Observação: Trabalho realizado em parte com os recurso do Programa de recuperação de Áreas Degradas - termo de convênio nº 002/2007 - da Secreataria de estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SDS

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