No dia 22 de marco de 2014, Instituto e Jardim Botânico do Inhotim - MG reinaugurou o seu vandário.
Cerca de 100 pessoas participaram do evento e do bate papo sobre este grupo de orquídeas e seu cultivo em meio a mais de 400 plantas das quais, cerca de 300 estavam floridas ou apresentavam haste floral. Além da presença de Bernardo Paz, idealizador e realizador do Inhotim, de Antonio Grassi, Diretor Executivo do Inhotim, de Joaquim de Araújo Silva,Diretor do Jardim do Botânico, autoridades estaduais e municipais participaram do evento, entre outras, representantes do Núcleo de Relações Institucionais do Programa Escola Integrada, Secretaria Municipal de Educação; Secretaria de Estado de Governo, Secretaria Municipal de Planejamento de Brumadinho; representantes da Câmara Municipal Brumadinho. As associações orquidófilas de Belo Horizonte e adjacências estiveram presentes com Associaçao Mineira de Orquidófilos - AMO, Sociedade Orquidófila de Belo Horizonte - SOBH, Associação da Cattleya walkeriana e Associação de Betim e Associação de Contagem.
Idealizado como um espaço destinado ao cultivo, o Vandário do Inhotim imediatamente se transfigurou uma nova "galeria de arte viva" nas mãos dos paisagistas Pedro Nehring e Lívia Lana, assessorados pela competente equipe que os auxiliou na distribuição harmoniosa de cores e tamanhos. O novo espaço escolhido para a exposição das vandaceas além de proporcionar maior intensidade de luz, situa-se às margens do Lago Novo, possibilitando a elevação da umidade ambiental tão necessária ao cultivo destas plantas que dispensam, em sua maioria, a utilização de substrato. O acervo do Vandário do Inhotim abrange espécies, muitas delas, em perigo de extinção na natureza e os híbridos mais recententemente produzidos e é o primeiro no gênero aberto à visitação pública no Brasil. Embora este grupo de orquídeas já seja cultivado há algum tempo, em nosso território, todas as coleções até então existentes são particulares e não acessíveis ao publico. Devido à expansão agrícola e habitacional nos locais de origem destas plantas (sudeste asiático principalmente, mas também norte da China, Japão, Coreia e norte da Austrália), muitas espécies já estão real perigo de extinção, algumas delas já consideradas extintas na natureza. Segundo o padrão de estética atual, a forma dos híbridos atualmente obtidos é superior à da espécie, grande parte dos colecionadores não se interessam mais pelas espécies. Deste modo, a tendência é que estas plantas não só desapareçam do seus habitais como desapareçam também das coleções privadas. O papel de preservar as espécies, exóticas ou nativas, cabe aos jardins botânicos do mundo todo. Ao adquirir exemplares de espécies que se encontram nestas condições, o Inhotim cumpre esta importante vocação de preservar estas espécies em risco, brasileiras ou exóticas, para que possam ser novamente apreciadas por sua beleza natural e garantir que gerações futuras possam conhecer estas espécies hoje em via de desaparecimento. Esta preocupação do Inhotim com as espécies em extinção não se limita as estas espécies estrangeiros, este pensamento faz parte de um pensamento global onde espécies originárias do Brasil e das Américas tem também seu espaço garantido. Como um espaço nobre de paisagismo, o Inhotim não poderia deixar de proporcionar ao público a possibilidade de ver um grupo tão bonito e tão distinto em forma e cores, além disto, será também um espaço educador onde os monitores estarão preparados para transmitir aos visitantes informações diversas sobre a origem e características destas plantas. O deck onde foi instalado passou por uma adaptação para receber as plantas com a inclusão de ripas de madeira que, além de permitirem a sustentação das plantas, permite o controle de luminosidade. O vandário se insere no contexto do "Projeto Flora Orchidaceae do Inhotim" que visa enriquecer e projetar a coleção de orquídeas do Inhotim, gerando novos produtos, serviços e espaços para visitação. As ações, iniciadas em novembro de 2013, vão possibilitar mapear, identificar, enriquecer, melhorar as condições de manutenção e cultivo e, inclusive, facilitar a interpretação ambiental desta família botânica localizada tanto nas áreas do parque, quanto no viveiro e matas nativas. Esperamos todos na semana da "Primavera dos Museus", de 23 a 28 de setembro de 2014, quando ocorrerá o festival de orquídeas, exposição e encontro científico sobre a conservação da família Orchidaceae.
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