Epidendrum patentifolium Fraga, A.P.Fontana & L.Kollmann

Plant Ecology and Evolution 148 (1): 128–133, 2015
Uma espécie de Epidendrum (Orchidaceae) originária da Mata Atlântica do Espírito Santo
Claudio N. Fraga(*) (1), André P. Fontana(2) & Ludovic J.C. Kollmann(2)
(Adaptação da publicação original)

(1) Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rua Pacheco Leão, 915, 22460-030, Jardim Botânico, Rio de Janeiro-RJ, Brazil

(2) Fundação Flora de Apoio a Botânica, Rua Pacheco Leão 915, 22460-030, Jardim Botânico, Rio de Janeiro-RJ, Brazil

*Author for correspondence: cnfraga@jbrj.gov.br





Introdução
A porção leste da Mata Atlântica brasileira se estende por mais de 3000 km ao longo da costa como uma faixa quase contínua, paralela ao Oceano Atlântico e formada por uma cadeia de serras (Mori et al. 1981). Embora seja atualmente altamente fragmentada, é um dos lugares do mundo com maior biodiversidade (Myers et al., 2000). Alguns desses fragmentos possuem um especial interesse devido à sua elevada biodiversidade, portanto, um bom local para pesquisa biológica na Mata Atlântica está localizado no município de Santa Teresa, no estado do Espírito Santo. De acordo com recente pesquisa sobre árvores, pássaros, mamíferos e borboletas, existe uma alta riqueza biológica nesta região, mesmo quando comparado com outras áreas de Mata Atlântica (Mendes & Padovan 2000).
O gênero neotropical Epidendrum L. tem c.800 espécies e é um dos maiores gêneros de Orchidaceae (Dressler 1993). Pabst & Dungs (1975, 1977) reconheceram c. 100 espécies para o Brasil. Atualmente, existem 133 espécies reconhecidas, distribuídas por todo o Brasil (81 delas são endêmicas para o Brasil), com a maioria ocorrendo no sudeste do Brasil, nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (Barros et al 2013). Na lista mundial (World Checklist) plantas apresentada por Govaerts et al. (2013), 142 espécies do gênero foram reconhecidos para o Brasil, a diferença no número de espécies reconhecidas é principalmente devido a sinonímia adotado por diferentes autores.
Esta espécie pertence a um grupo prolígero formado por espécies com hastes prolígeras (Pabst & Dungs 1975). Cinco delas são reconhecidas para p Brasil (E. ochrochlorum Barb.Rodr., E. proligerum Barb.Rodr., E. parahybunense Barb.Rodr., E. obergii AD Hawkes e ecostatum Pabst ex Angely), todos ocorrem no bioma Mata Atlântica e esta espécie é mais parecida com as três primeiras. A espécie, descoberta durante o trabalho de campo realizado entre 2000 e 2002 na área da Mata Atlântica do Espírito Santo, fez crescer o tamanho do grupo para seis espécies. A espécie está descrita e ilustrada abaixo
Materiais e métodos
As coleções dos herbários BHCB, CEPEC, HB, MBML, R, RB e SP foram consultadas para a identificação e o material-tipo de espécies relacionadas foram comparados com os exemplares desta espécie. Os dados morfológicos foram obtidos através do estudo de espécimes de herbário, bem como do material vivo coletado no campo (2000-2004). A descrição e ilustrações foram baseadas em material o vivo e no estudo do material seco foi utilizado um estereomicroscópio; caracteres morfológicos foram baseados em Harris & Harris (2001) e Hickey e King (2000). Espécimes testemunhos foram pressionados de acordo com Fidalgo & Bononi (1984) e depositados no Herbário do MBML.
A distribuição desta espécie é apresentada com limites municipais e remanescentes de vegetação nativa. O mapa foi feito usando o programa DIVA-GIS, versão 5.2 (Hijmans et al. 2005). A avaliação da conservação foi feita em conformidade com os critérios da IUCN (2001), a extensão da ocorrência (EOO) e da área de ocupação (AOO) foram estimadas usando o programa GeoCAT, o AOO foi definido com base em célula com largura de 5 km (Bachman et al. 2011).
Descrição da espécie
Epidendrum patentifolium Fraga, A.P.Fontana & L.Kollmann.
Esta espécie se assemelha muito ao E. ochrochlorum, E.proligerum e E. parahybunense mas pode ser facilmente distinguida delas por seus pequenos rizomas proligeros, bainhas das folhas curtas e patentes, com a superfície inferior púrpura e pedúnculos curtos.
– Tipo: Brasil, Espírito Santo, Santa Teresa, Nova Lombardia, Reserva Biológica Augusto Ruschi, Prop. Dra. Marlene, antiga estrada, 25 Jul. 2002 (fl.) Vervloet, Bausen& Pizziolo 564 (holo-: MBML).
Epífita, erva rastejante, com até 10 cm de altura. Muitas raízes, 1 mm diam., teretes, filiformes, flexuosas, glabras. Rizoma ascendente, ramificado, curtamente prolígero. Caules 1.3–3.0 × 0.3–0.5 cm, eretos, simples, de 2 a 4 bainhas de folhas, verdes. Folhas patentes, articuladas, bainha na base, 1–3 junto ao ápice do caule, ocasionalmente caducas, lâminas 2.0–5.5 × 0.8–2.3 cm, membranosas, oblongo-lanceoladas até algumas vezes obovada, a base cordata ou ligeiramente cordata, o ápice agudo, margens íntegras, verdes junto a superfície adaxial e púrpura abaxialmente. Inflorescência terminal curta com 3 a 8 flores, até 1.5–2.3 cm de comprimento, spicata, verde, arqueada; brácteas florais inconspícuas 3–5 × 1–2 mm, lanceolada, verdes quando jovem se tornando paleáceas na antese. Flores variando de verdes até amarelas, ressupinadas, produzidas em sucessão, mas permanecendo abertas ao mesmo tempo, glabras; ovário com pedicelo com até 9–19 × 1.5–3 mm, terete, ligeiramente clavado, com margens íntegras, esverdeadas; sépala dorsal 9–11 × 3–4 mm, oblongo-lanceolada, côncava, membranosa, base cuneada, ápice acuminado, margens íntegras, com 5 nervuras, verde até amarelado; sépalas laterais 9–13 × 3–5 mm, livre, ovado-lanceoladas, base cuneata, ápice cuspidato, margens íntegras, com 5 nervuras, variando do verde ao amarelado; pétalas 8–11 × 1.5–2 mm, lanceolada até espatulada, base acuminada, ápice agudo, margens íntegras, 3-nervuras, variando do verde ao amarelado; labelo inteiramente fundido com a coluna, junto à base, a parte livr 3-lobos, 5–8 × 9–13 mm, largo quando aberto, disco provido com um par de calosidades divergentes junto à base, convexo, deflexo, oblongo transversalmente, margens íntegras, fortemente revolutas; lóbulos laterais 5–8 × 4–6 mm, eliptico-arredondados, com margens laterais fortemente revolutas; lobo apical 0.5–1 × 5–7 mm, arredondado, variando de emarginado a apiculado junto ao ápice ligeiramente arqueado e adaxialmente prolongado em lamela dentada e encapuzada; antera 1.5–2 × 1–1.5 mm, ovoide, provida de 4 políneas iguais, bilateralmente achatadas, um pouco obovadas, 0.5–0.6 × 0.3–0.5 mm, variando de verdes a amareladas em direção à base e lilás-púrpura em direção ao ápice. Cápsula não visualizada.. Figs 1& 2.
Distribuição – Endêmica para o Espírito Santo, Brasil e conhecida apenas para duas municipalidades. A espécie foi encontrada na Reserva Biológica Augusto Ruschi e na Estação Biológica Santa Lúcia, a 600-800m, no município de Santa Teresa e na Área de Proteção ambiental de Goiapaba, Açu, a 800m, no município de Fundão (fig. 3).

Material adicional examinado – Brasil: Espírito Santo, Santa Teresa: Nova Lombardia, 5 Aug. 1976 (fl.), n.c. (MBML, spirit); Nova Lombardia, Reserva Biológica Augusto Ruschi, trilha da divisa estrada para João Neiva, 11 Jun. 2002, (fl. in cultivation, 25 Jul. 2003), Vervloet, Bausen & Pizziolo 708 (MBML); Valsugana Velha, Estação Biológica de Santa Lúcia, elev. 550 m, 30 Mar. 2000 (fl.), Kollmann, Fraga & Vervloet 2788 (MBML); ibid., 3 Aug. 2004 (fl.), Kollmann & Bausen 6938 (MBML); Fundão, Goiapaba-Açu, Mata primária arbustiva, lado esquerdo, topo, elev. 800 m, 28 Jun. 2003 (fl.), Fontana & Sarmento 601 (MBML).
Habitat e ecologia – Encontrado crescendo como epífita em remanescentes da Mata Atlântica, entre 600 e 800m.

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Figura 1 – Epidendrum patentifolium:
A, hábito;  B, vista lateral da flor;  C, vista frontal da flor;
D, antera, vista de baixo; E, antera, vista de cima;   F, flor dissecada.
Vervloet et al.
564


Figura 2
A fisionomia da vegeração da localidade tipo Espírito Santo, Brasil e morfologia do Epidendrum patentifolium:
A, vista geral da Mata Atlântica Estação Biológica de Santa Lúcia, Santa Teresa;
B, espécime fertil; C, stem; D, pedúnculo da inflorescência; E, flor vista lateral.
A & E by C.N. Fraga; B–D por L.J.C. Kollmann.


Chave para as espécies prolígeras de Epidendrum originários do Brasil.

1. Flores com labelo simples 2
1’. Flores com labelo de 3 ou 4 lobos 3
2. Pequenos rizomas prolígeros. Caules curtos, menos de 3 cm Epidendrum ecostatum
2’. Longos rizomas prolígeros. Caules 3–10 cm de comprimento Epidendrum obergii
3 Pequenos rizomas prolígeros. Caules curtos, menos de 3 cm. Folhas patentes, oblongo-lanceoladas e membranosas Epidendrum patentifolium
3’. Pequenos rizomas prolígeros. Caules 3–10 cm de comprimento. Folhas eretas to ereto-patentes, eliptíco-oblongas, submembranosas ou coriáceas, verde ou raramente apurpuradas na face inferior. 4
4. Folhas coriáceas, variando do verde até raramente apupuradas na face inferior. Flores com ovário e pedicelo longos, 24–26 mm de comprimento Epidendrum ochrochlorum
4’. Folhas sub-membranosas, verdes na face inferior. Flores com ovário e pedicelo curtos, menos de 9 cm de comprimento 5
5. Inflorescência com 7–12-flores, com brácteas florais mais longas 8–10 mm. Flores perfumadas, ovário e pedicelo com 7–9 mm de comprimento Epidendrum proligerum
5’. Inflorescência com 3–8-flores, com brácteas florais curtas de 3–5 mm. Flores sem perfume, ovário e pedicelo com 5–7 mm de comprimento Epidendrum parahybunense

 

 

Figure 3 – Distribuição do Epidendrum patentifolium (black dots) no estado do Espírito Santo, Brasil.


Chave dos caracteres distribuição geográfica da espécie e seus allies.
Comparação entre Epidendrum patentifolium, E. ochrochlorum, E. proligerum e E. parahybunensis.

Carateres  

Epidendrum
patentifolium

Epidendrum
ochrochlorum

Epidendrum
proligerum

Epidendrum
parahybunense

Rizoma
  proligero curto prolígero longo prolígero longo prolígero longo
Caule

Curto, menos de 3 cm 3–10 cm de comprimento 3–10 cm de comprimento 3–10 cm de comprimento
Folhas
  2.0–5.5 × 0.8–2.3 cm 5–8 × 1.5–2.5 cm 5–8 × 1.5–2 cm 6–13 × 1.5–2.8 cm
Inflorescência
  pedúnculo
1.5–2.3 cm de comprimento
pedúnculo
2.5–3.4 cm de comprimento
pedúnculo
3.5–4.5 cm de comprimento
pedúnculo
6–7 cm de comprimento

Número de flores

3–8 1–3 7–12 3–4
Brácteas florais 3–5 mm de comprimento 3–5 mm de comprimento 8–10 mm de comprimento 3–7 mm
Flores

sem perfume sem perfume perfume sem perfume
Ovário com pedicelo 9–19 mm de comprimento 24–26 mm de comprimento 7–9 mm de comprimento 5–7 mm de comprimento
  Sépala dorsal 9–11 × 3–4 mm 19.6–20.4 × 5.5–6.5 mm 12–13 × 2.7–3.2 mm 14–15.5 × 5–6 mm
Sépalas laterais 9–13 × 3–5 mm 22–23 × 5.4–6.5 mm 12–13 × 2.8–3.2 mm 16.8–17.3 × 7.7–8.3 mm

Pétalas 8–11 × 1.5–2 mm 17–18 × 3.8–4.2 mm 12–12.8 × 1.1–1.8 mm 14–15 × 5–6 mm
Labelo 5–8 × 9–13 mm 8–9 × 14–15 mm 7–8 × 11–12 mm 9.8–10.3 × 17.6–18.3 mm
         

Distribuição geográfica

  Endêmica para áreas de Mata Atlântica no Espírito Santo Amplamente distribuído na Mata Atlântica em áreas que vão desde o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul Amplamente distribuído na Mata Atlântica em áreas que vão desde Pernambuco taté o Rio Grande do Sul Restrita a floresta tropical semidecídua em Minas Gerais


Etimologia
O epíteto específico se refere à posição patente de suas folhas na inserção dos caules.
Avaliação de conservação – Epidendrum patentifolium é restrito a somente três localidades em áreas de Mata Atlântica do Espírito Santo que representam três locais IUCN. As três unidades de conservação representam remanescentes da Mata Atlântica e concentram a conservação de sua biodiversidade (fig. 3). Comparada com outras áreas de Mata Atlântica, a Estação Biológica Santa Lúcia (fig. 2), com seus quase 440 ha de Mata Atlântica, é especialmente rica em diversidade biológica para a região (Mendes & Padovan 2000). A Reserva Biológica Augusto Ruschi representa um fragmento de Mata Atlântica de 4734 ha, com seu relevo de encostas íngremes, pequenas áreas úmidas e afloramentos rochosos de 780–1050 m de altitude, enquanto que a Área de Proteção Ambiental de Goiapaba-Açu engloba um fragmento de Mata Atlântica de 3740 ha que é formada por encostas e afloramentos rochosos a 200–820 m de altitude, ambos ainda pobremente estudados (IPEMA 2005).
A população é representada por poucos indivíduos dispersos, com EOO estimado de 20 km2, AOO estimado de 51,361 km2, com menos de cinco localidades. Apesar de todas as suas populações estarem dentro das unidades de conservação, elas são propensas aos efeitos de eventos estocásticos dentro futuro muito próximo. Portanto, seguindo os conceitos da UCN (IUCN 2001), Epidendrum patentifolium deve ser considerado como vulnerável [VU: D2].

Notas
Epidendrum patentifolium é morfologicamente similar ao E. ochrochlorum, E. proligerum e E. parahybunense, descritos por Barbosa Rodrigues (1877, 1882), mas pode ser facilmente distinguido pelos rizomas prolígeros curtos (vs. rizomas prolígeros longos), com caules curtos de menos de 3 cm de comprimento (vs. 3–10 cm de comprimento), folhas menores, patentes, oblongo-lanceoladas e membranosas (vs. folhas maiores, eretas até ereto-patentes, eliptíco-oblongas e coriáceas no E. ochrochlorum e lanceoladas até agudo-lanceolads, sub-membranosas no E. proligerum e E. parahybunense) e púrpura na face inferior (vs. verde na face inferior, raramente apurpurada no E. ochrochlorum). As flores de todas as espécies neste grupo são muito similares e entre E. patentifolium e E. proligerum e os intervalos se sobrepõem em quase todas as peças florais. No entanto,esta espécie difere do E. proligerum por suas inflorescências de 3–8 flores, com bráctea floral curta de 3–5 mm e flores sem perfume, semelhante ao E. ochrochlorum e E. parahybunense (vs. inflorescências com 7–12 flores, com brácteas florais longas com 8–10 mm e flores perfumadas). Além do mais, os tamanhos da flor no E. ochrochlorum e E. parahybunense, especialmente no comprimento, são sempre menores do que no E. patentifolium e E. ochrochlorum, com o comprimento do ovário com pedúnculo sendo característica de diagnóstico para diferenciar estas espécies (9–19 mm no E. patentifolium e 24–26 mm no E. ochrochlorum vs. 7–9 mm de comprimento no E. proligerum e 5–7 mm de comprimento no E. parahybunense). Características adicionais para diagnóstico são apresentadas na tabela 1.

Agradecimentos
Os autores agradeceram a Helio de Queiroz Boudet Fernandes, Diretor do Museu Biológico Mello Leitão (MLBM) e curador do herbário, pela sua assistência durante o trabalho de campo, em Santa Teresa e a Josiene Rossini pelos desenhos.

Referências
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