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A
Instituição |
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Seus
fundadores Com Guido Pabst, estava, na época de fundação do HB, um grupo de 17 personagens importantes da história recente da botânica do Brasil. Fizeram parte deste grupo de sócio-fundadores: Adda Abrendroth, Adyr Guimarães, Apparício Pereira Duarte (naturalista), Dimitri I. B. Sucre, Edmundo Pereira (naturalista) , Ezechias P. Heringer (agrônomo), Gert Hatschbach (naturalista amador), Graziela M. Barroso (naturalista), Helmut Sick (Zoólogo), Ida de Vattimo Gil (naturalista), Lauro Pereira Travassos (médico), Leon Geraldo Pabst, Liane de Jesus Teixeira (agrônoma), Luyz de Mendonça e Silva (médico), Odette Pereira Travassos (biologista), Rudolpho Abrendroth, Walter Alberto Egler (Agrônomo). |
Seu
nome, seu símbolo, seu patrono Seu nome foi dado em homenagem a Alexandre Curt Brade (1881-1971), que estudou várias famílias e grupos botânicos, como as pteridófitas (samambaias e avencas) e veio a se tornar o patrono da instituição. Arquiteto de formação, desde a infância se interessou pela natureza a partir das excursões que fazia com o seu pai, que era entomologista. Encorajado por ele começou então a distinguir as diferentes espécies de vegetais que encontrava. |
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Assim, dedicava suas horas vagas ao estudo de botânica, freqüentando, aos domingos, um curso de sistemática botânica. Brade possuía um irmão, Alfred Brade, que morava na Costa Rica e possui um orquidário em São José da Costa Rica. Atraído pela descrição que seu irmão fazia da flora tropical e sobretudo da beleza das orquídeas, Brade foi, em l908, para a Costa Rica e juntamente com Alfred explora os arredores de São José e outros locais, incluindo o paraíso das pteridofitas, La Palma. Atraído pela diversidade deste grupo, lá ficou dois anos e meio e colecionou 912 espécimes, representando 500 espécies. Manteve correspondência com vários especialistas europeus que chegaram a descrever 60 espécies novas. E é esta coleção, ou pelo menos parte dela, que deu início, junto com a coleção de orquídeas de Guido Pabst, ao acervo do Herbário Bradeanum. Da Costa Rica, veio para São Paulo, atraído pela flora da Floresta Atlântica e pela intensa atividade no mercado da construção civil na capital. Em l928, passou a exercer um cargo no Museu Nacional do Rio de Janeiro e, com a biblioteca à sua disposição, passou a trabalhar sem ficar na dependência de especialistas para identificar suas coleções. Dedicava seus domingos ao estudo da rica flora dos arredores da cidade do Rio de Janeiro e à pesquisa na Serra dos Órgãos e em Itatiaia, dando assim continuidade aos seus estudos com a flora de altas altitudes, englobando distribuição geográfica e filogenia. Na década de trinta, tornou-se superintendente do Jardim Botânico, exercendo depois outros cargos e em l952, se aposentou. Voltou a São Paulo, onde se dedicou a completar seu trabalho na classificação de Pteridófitas e Melastomataceae, como bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas - CNPq. Brade publicou 86 artigos em vários periódicos científicos e foi reconhecido pela Universidade de Marburg, Alemanha, seu país natal, com o título de Doutor "Honoris Causa", pela importância de seu trabalho com a flora da América do Sul e Central. Faleceu aos 90 anos, em l971. |
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Aos que se espantam com o fato do símbolo do HB ser uma Schizaea pacificans Mart. e não uma orquídea já que Pabst era um orquidólogo, é preciso dizer que esta planta pertence à família das Pteridófita, grupo vegetal ao qual Brade mais se dedicou e é símbolo de paz e amizade entre tribos indígenas no interior do Brasil, segundo a explicação que o botânico Von Martius recebeu de um cacique que lhe trouxe a planta. Daí a razão dele ter escolhido "pacificans" como epíteto específico ou seja, como nome da espécie, quando a descreveu. Com a escolha deste símbolo, os fundadores pretenderam demonstrar sua disposição em colaborar o máximo possível com os botânicos de todo mundo para uma grande obra de interesse comum. |
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Seu
objetivo Seu
acervo |
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Considerado uma das preciosidades do Herbarium Bradeanum, o fichário de Pabst é constituído por 38.961 registros com dados sobre as orquídeas. Todas as informações referentes aos gêneros e espécies da família Orchidaceae que ele colhia, ele transcrevia minuciosamente para estas fichas: fotocópias e originais de trabalhos referentes aos gêneros, como obras originais, redescrições, espécies, chaves de identificação, tipos, fototipos (fotografia do tipo), negativos de fotos, fotos das espécies, perianto, cópia das obras originais, obras princeps, basiônimos, sinônimos, aquarelas de Samuel Salgado e Margarete Mee publicadas no livro Orchidaceae Brasilienses, perianto aplainado, além do número de registro de exsicatas depositadas no Herbarium Bradeanum. Às vezes, de uma mesma espécie, ele tinha várias fichas, com várias informações. Estas fichas serviram de base para o livro Orchidaceae Brasilienses. |
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Exemplos das diversas fichas feitas por Pabst, que variavam conforme o humor e o material disponível para a descrição, mas a preocupação constante era a descrição mais exata possível ![]() Laelia longipes ![]() Cattleya autumnalis atropurpurea |
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![]() Laelia perrini |
![]() Cattleya labiata Ldl. |
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Seus
beneméritos Diretoria
atual Compilação
de dados obtida a partir de pesquisa feita em releases, apresentações e impressos
diversos cedidos pelo Herbarium Bradeanum, no boletim Bradea (Volume I, nº 1,
30.08.l969, volume III, nº 10, de 19.09.80, volume VIII, nº 27, de 16.12.l999,
na publicação "Tipos Nomenclaturais do Herbarium Bradeanum, Angiospermae"
e em entrevistas concedidas pelos membros técnicos da instituição.
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