Um breve e marcante encontro
Sergio Araujo
Eu estive com o Sr. Jorge Verboonen apenas uma vez, quando de uma visita
ao orquidário Binot. Chegamos, Delfina e eu, ao orquidário
já fora do horário de visitação e achamos
que não seríamos mais recebidos. Por sorte, e um pouco de
insistência nossa, o empregado que nos recebeu resolveu chamar o
Sr. Jorge e, então, fomos recebidos com o maior carinho e atenção
por ele.
Interrompendo seu descanso, ele nos recebeu e nos mostrou todo o orquidário,
falando das plantas, quase que uma a uma, explicando porque esta planta
estava naquele local e não em outro, nos contando um pouco da história
do Binot e ouvindo com atenção verdadeira as dúvidas
que Delfina, iniciante no estudo das orquídeas, lhe colocava e
respondendo a tudo com um entusiasmo comovente.
Eu, que até então observava as orquídeas meio de
longe e tinha uma idéia meio estereotipada sobre as pessoas que
mexiam com orquídeas, fiquei encantado com a gentileza e a atenção
que seu Jorge nos dedicou.
Devo dizer que já estava curioso e intrigado com a paixão
que essa turma demonstrava pelas orquídeas. E vendo seu Jorge,
uma pessoa extremamente gentil e atenciosa também demonstrando
igual paixão por estas plantas, me convenci de que alguma coisa
elas deveriam ter de interessante, e nesta investigação,
comecei também a gostar delas. Sempre tive vontade de reencontrar
seu Jorge para conversar um pouco mais sobre orquídeas, sobre sua
história pessoal, conversar sobre a vida, enfim. Por muitos motivos,
nunca consegui ter esta conversa com ele. Agora, vou ter que adiar um
pouquinho mais este papo.
Obrigado, seu Jorge.
Descanse em paz.
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O Orquidário Binot - compilação (Delfina de
Araujo)
Jorge Verboonen, uma paixão pelas orquídeas por Delfina de Araujo
Jorge Verboonen por Raimundo Mesquita
Jorge Verboonen por Waldemar
Scheliga
Álbum de Memórias
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